Como já comentamos aqui por reiteradas vezes, o sistema é poderosíssimo e age em diversas frentes, sempre com a batuta mestre para orquestrar o que é interessante para o funcionamento das engrenagens. O povo é um mero detalhe e acaba pagando a conta. Tudo isto pela omissão em acompanhar as movimentações da politicalha da cidade e suas decisões na hora do voto.

Uma das classes mais afetadas é justamente a dos trabalhadores que dependem do transporte coletivo para se deslocar de suas residências até o local de trabalho, em muitas vezes, chegando a cruzar a cidade logo nas primeiras horas da manhã, com a mochila de marmita nas costas.

Pois bem, mais uma vez um novo teatro começa a ser ensaiado para o reajuste das tarifas do transporte coletivo que poderá ultrapassar a casa dos R$ 5,00 reais. Se colocarmos na ponta do lápis, caso seja concedido, apenas para a passagem de ida e volta, o trabalhador desembolsará e terá contribuído com R$ 260 reais do seu salário direto para as empresas concessionárias, que por sinal são de outras cidades, mas que arrecadam muito por aqui. ISTO CORRESPONDERÁ A QUASE 20% DO SALÁRIO MÍNIMO.

Fonte segura do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, nos informou que a movimentação estaria prestes a se iniciar nos mesmos moldes de anos anteriores, ou seja; a mesma estratégia. Os trabalhadores merecidamente solicitam aumento, a empresa alegaria não ter condições e a única alternativa seria reajustar as tarifas para conceder o aumento. Porém, a negociação tomou novos rumos.

O passo seguinte que todos já decoraram seria; uma greve seria deflagrada prejudicando a população e automaticamente, “comovendo” o prefeito municipal que sensibilizado concederia o aumento com o aval de um tal de SAF, que, aliás, nos dias de hoje deveria mudar a sua composição, colocando usuários do transporte coletivo com poder de votação e deliberação segundo o que eles testemunham no dia a dia. ALÔ VEREADORES…

Segundo o que nos foi repassado, os funcionários estariam reivindicando um aumento de 8,83% através de sua entidade representativa. Como sempre as empresas Grande Marília e Sorriso de Marília estariam se negando a conceder o aumento alegando queda de movimento, aumento nos custos e blá, blá, blá. Encontraram então uma contraproposta.

EXCLUSIVO: Assembleia de funcionários já ocorreu aceitando proposta das empresas e reunião com o SAF já está agendada.

Nossa reportagem se movimentou e manteve um contato com um dos representantes do sindicato que representa a categoria dos funcionários, onde nos foi informado que no dia de ontem, terça-feira (11) ocorreu uma assembleia, onde a empresa teria apresentado uma contra-proposta de 4,5% de reajuste acrescido da volta do programa de participação nos lucros da empresa, que foram suspensos desde o início da pandemia. Na assembleia a proposta foi aceita e descartada a greve.

Uma outra fonte ligada ao SAF (Sistema Auxiliar de Fiscalização do Transporte Coletivo), nos garantiu que está agendada para a próxima terça-feira (18), uma reunião entre os membros do referido sistema e representantes das empresas, quando na oportunidade estarão apresentando uma nova planilha de custos, inclusive com o reajuste concedido aos funcionários. Como de praxe, seguirá para as mãos do prefeito Daniel Alonso. TUDO COMO ANTES NO QUARTEL DE ABRANTES.

Sempre é bom relembrar que a pouco mais de seis meses estas mesmas empresas foram muito bem recompensadas por todo e qualquer prejuízo ocorrido em virtude da pandemia. Em 16 de novembro de 2002 foi aprovada uma proposta pela Câmara dos Vereadores em sessão extraordinária autorizando a Prefeitura de Marília a abrir um crédito adicional especial no orçamento vigente, no valor de R$ 5.217.538,87, para as referidas concessionárias responsáveis pelo transporte público na cidade.

A quantia milionária foi repassada para as duas empresas que operam o serviço – Sorriso e Grande Marília – para cobrir prejuízos que teriam sido adquiridos durante a pandemia da Covid-19.

É importante pontuar que o Projeto de Lei 125/2022, que autorizou a abertura do crédito, foi referente à Emenda Constitucional nº 123/2022, que criou o Auxílio Emergencial à Gratuidade das Pessoas Idosas no Transporte Público Coletivo Urbano, com recurso federal. A quantia milionária foi repassada para as duas empresas que operam o serviço – Sorriso e Grande Marília – para cobrir prejuízos que teriam sido adquiridos durante a pandemia da Covid-19.

Em Marília, não existe subsídio municipal para o transporte coletivo. Nossa reportagem conseguiu apurar que cerca de 35% dos passageiros do transporte público não pagam tarifa devido à idade.

Não podemos esquecer também que as duas empresas já receberam uma premiação da prefeitura municipal com a redução no índice da carga tributária de impostos que recai sobre a prestação de serviços. Um lembrete; o contrato com as empresas que prestam serviço na cidade termina em 2026.

TEMPOS DIFÍCEIS: Muitas cidades, compreendendo o atual momento da conjuntura econômica, se recusaram a aumentar a tarifa do transporte coletivo neste ano.

SEM REAJUSTES EM MOGI DAS CRUZES

Prefeitos que articulam candidaturas à reeleição em 2024 em capitais e cidades de médio e grande porte, buscam atenuar o desgaste político gerado por discussões sobre reajuste das passagens de ônibus. Com isto, diversas administrações proibiram qualquer tipo de reajuste nas tarifas de transporte coletivo. Confira algumas delas.

Em Mogi das Cruzes, por exemplo, o valor da passagem de ônibus não terá aumento nos próximos dois anos. A medida foi anunciada em 11/01 pelo prefeito Caio Cunha, que decidiu implantar o Plano Municipal de Modicidade Tarifária, inédito no município, para que a variação dos custos não penalize os passageiros. Com isso, o município terá a mesma tarifa por três anos, já que a última correção ocorreu em 2022.

Em fevereiro deste ano, a prefeitura de São José dos Pinhais informou que vai manter os valores das tarifas do transporte coletivo sem reajuste neste ano. A medida foi oficializada através da Portaria n.º 32, de 15 de fevereiro de 2023, confirmando o valor de R$ 4,75, utilizando o Cartão VEM, para a tarifa das passagens de ônibus para o período de fevereiro/2023 a janeiro/2024.

Não muito distante, em maio deste ano, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca anunciou, que a tarifa de ônibus de Curitiba, também não teria reajuste até o fim de 2024. A tarifa é tradicionalmente reajustada em março de cada ano, com base na variação dos custos do transporte coletivo.

TARIFA CARA: Se faz necessário rever as metodologias utilizadas para se conceder o aumento.

Em uma rápida pesquisa é possível constatar que o preço da tarifa de transporte coletivo em Marília é uma dos mais caras em comparação com cidades do mesmo porte e até em comparativo com algumas capitais ou estâncias turísticas.

Sempre é bom relembrar para não passar desapercido que o contrato com as atuais empresas que prestam serviço na cidade, como já mencionamos, termina em 2026. Portanto, ficará a cargo do próximo prefeito.

Mas como os atuais prefeitos já definiram a quantidade de vereadores que passa de 13 para 17, o reajuste de salário, onde cada vereador, que atualmente recebe R$ 6,7 mil, passará a receber R$ 11,3 mil a partir da próxima eleição, não custa nada regulamentar as regras do novo contrato de concessão do transporte coletivo, inclusive com regras a serem criados para se autorizar os aumentos, não só se baseando em planilhas, mas em índices como foi utilizado recentemente no cálculo do IPTU.

Outro detalhe importante é o cálculo sobre os quilômetros rodados também em comparativo com outros municípios que, aliás, deveria ser CHECADO PELOS SENHORES VEREADORES. E por falar nestas edilidades….

FALTA PULSO: Vereadores se omitem, quando deveriam ser muito mais incisivos na questão com a criação de leis disciplinando os serviços.

Falta pulso para os senhores vereadores em criar leis e dispositivos que permitissem uma maior fiscalização por parte deles próprios e automaticamente maior garantia para o usuário do transporte coletivo, como, por exemplo;

  • Criação de uma lei impedindo qualquer que seja a empresa de transporte coletivo em alterar o itinerário ou percurso de linha sem a permissão e autorização da câmara municipal de Marília após o aval de um conselho de usuários do transporte coletivo.
  • Criação do conselho de usuários do transporte coletivo composto por pessoas que fazem uso do transporte coletivo, que comprovem residir na cidade e que comprovem o uso diário. Composição independeria de integrar ou não entidades, sindicato ou igrejas com critério de escolhas feito por cotas regionais mediante processo eleitoral e com mandato não renovável e voluntário de dois anos.
  • Criação de um dispositivo no contrato de concessão de uma avaliação realizada semestralmente pela câmara, o mencionado conselho e o saf sobre a qualidade dos serviços prestados com brecha para revogação do contrato em caso de se constatar irregularidades na prestação de serviços.
  • Revisão das linhas existentes até um ano antes da concessão das atuais empresas com os respectivos horários existentes na ocasião e a cobrança das justificativas da supressão das mesmas e a diminuição dos horários que ocorreram em todas as linhas.
  • Revisão dos novos bairros implantados na cidade e que não foram poucos com a contemplação de linhas para seus respectivos moradores e a limitação de um prazo máximo de 25 minutos de intervalo entre os horários a serem disponibilizados.
  • Requerimento de urgência no dispositivo que consta no plano diretor para a criação dos terminais intermodais, dos corredores inteligentes de ônibus por vias alternativas que diminuam o percurso pelas ruas já apertadas no trânsito em área central da cidade.
  • Criação do TARIFA ZERO aos finais de semana e feriados para estimular o comércio, o entretenimento e o turismo.
  • Implantação da tarifa social para trabalhadores com carteira assinada.
  • Implantação de passe livre para os estudantes mediante cadastro de frequência escolar.
  • Obrigatoriedade das empresas na implantação de coberturas em pontos de ônibus seguindo novos padrões já adotados em outras cidades, assim como manutenção obrigatória em ruas utilizadas para o percurso dos ônibus.
A VERGONHA DO TRANSPORTE PÚBLICO EM BH | GEOGENTE

Enfim senhores e senhores, principalmente usuários do transporte coletivo de Marília. O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, É HOJE O VEÍCULO DE IMPRENSA mais perseguido e odiado pela classe política da cidade, mas jamais vai abdicar do seu direito não só de informar, mas principalmente de opinar e sugerir, não pensando em governantes ou sistema, e sim na população que mantém toda a maquina administrativa. Está mais do que na hora de pensar um pouco neste povo sofrido de nossa cidade. Falei e tenho dito, AQUI O CHICOTE ESTRALA E TEM MUUITO CAFÉ NO BULE.

DIRETO DA REDAÇÃO.

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