Integrantes da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (Cipa) do
Hospital Beneficente Unimar (HBU) fizeram uma capacitação sobre o uso
dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a proibição do uso de
adornos (anéis, alianças correntes, pulseiras e outros objetos). Essas ações
estimulam e conscientizam sobre a assistência segura e o controle de
disseminação de patógenos.

De acordo com a presidente da Cipa, Bruna Rezek, o uso de adornos e
outros acessórios é proibido, porque eles podem ser agentes contaminantes
do espaço hospitalar. “Eles podem acumular resíduos do meio ambiente e
um local para proliferação de virus ou bactérias. Por isso é importante não
usar estes materiais no hospital”, destacou.

Bruna explicou ainda que a atividade seguiu a Norma Regulamentadora
(NR) nº 32, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que estabelece
diretrizes de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em serviços
de saúde. “O grupo adentrou as diversas alas do HBU, conscientizando os
funcionários sobre os temas, com panfletos educativos”, explicou.

Além disso, a ação contou com a participação de três alunos do curso
técnico de enfermagem da Universidade de Marília (Unimar), fazendo a
dinâmica “Encontre o erro”. “Nessa atividade, eles usaram adornos e
calçados inadequados e os funcionários apontavam as fragilidades. Com
isso, foi possível promover discussões orientadas sobre os temas
abordados”, destacou Bruna.

A enfermeira do HBU, Mayra André Coube Menezes, ressaltou que a
proposta da Cipa foi muito bem aceita, já que foi algo divertido e simples,
mas que promoveu uma reflexão entre os profissionais. “Por meio do
‘Encontre o erro’, foi possível relembrar o que diz a NR 32 de forma
descontraída”, apontou.

Ela explicou também que o conhecimento sobre as normas garante a
construção de um ambiente seguro, onde todos os envolvidos (profissionais
e usuários) são beneficiados.

O que é a Cipa

A Cipa surgiu a partir da Revolução Industrial, na Inglaterra, na segunda
metade do século 18. A evolução das máquinas e os constantes acidentes de
trabalho exigiram que fossem formadas comissões de trabalhadores que
pudessem apresentar sugestões para reduzir ou eliminar estas ocorrências.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou, em 1921,
instrução para a criação de comitês de segurança para indústrias que
tivessem em seus quadros funcionais pelos menos 25 funcionários.
No Brasil as comissões foram implantadas a partir do Artigo 82 do
Decreto-Lei 7.036, de 10 de novembro de 1944. As comissões são
formadas por representantes dos trabalhadores e da própria empresa, com a finalidade de realizar ações preventivas.

A responsável pelo núcleo de humanização do HBU, prof. Dra. Maria
Elizabeth da Silva Hernandes Corrêa, aponta que a atuação dos “cipeiros” é
muito importante na estrutura das empresas. “Cabe ao grupo orientar os
colegas, identificar os pontos de risco, propor melhorias e fazer as
capacitações sobre os cuidados para evitar as ocorrências, sejam de
acidentes pontuais ou mesmo as doenças laborais”, ressaltou.

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