Aqui não existe nada de novo, apenas um farol na mente de nossos administradores que precisam de conscientizar da importância da vontade politica para se fazer alguma coisa. Quando citamos que não há nada de novo, somos transportados ao ano de 2007 quando o extinto CAMOM (Conselho das Associações de Moradores de Marília ) detectando as dificuldades da farmácia municipal de Marília, começou a esboçar um projeto de hortas comunitárias em terrenos baldios existentes nos bairros de nossa cidade para o plantio de plantas medicinais e também claro, de hortaliças.

Antes, precisamos nos remeter ao ano de 2003, quando foi criado em Marília a Farmácia de Manipulação FitoSaúde, uma unidade da Secretaria Municipal de Saúde de Marília, que oferecia apoio para a demanda de produtos farmacêuticos da rede pública. na época com a produção de quatro produtos, todos fitoterápicos. Tudo se iniciou com uma importante Parceria entre o Consulado Japonês no Brasil e a Prefeitura de Marília.

A Farmácia chegou a atender quase 15 mil prescrições (receitas médicas) por mês. O medicamento mais produzido era o omeprazol 20 mg, com 160 mil cápsulas por mês. As pomadas para assaduras também se destacam, com 2,5 mil por mês. A FitoSaúde também já chegou a garantir a produção de mais de mil frascos de xarope de própolis, guaco e mel, ajudando a suprir estoque e reduzir custos com medicamentos na rede municipal de saúde, ou seja; em uma época de doenças respiratórias graves e pandemias, caso estivesse em pleno vapor teria sido de crucial importância para casos mais leves.

Ocorre que, com o passar dos anos, Farmácia Municipal que chegou a ser uma solução, está praticamente fechada e inviabilizada onde uma das principais justificativas é a FALTA DE INSUMOS. Uma produção que chegou a ultrapassar a casa de 42 itens, entre medicamentos fitoterápicos e alopáticos. Equipe que já contou com dois farmacêuticos, três auxiliares de escrita, um auxiliar de serviços gerais e três estagiários. E hoje, como está ????

Mais uma vez, A MARILIA CENTENÁRIA entre em cena e novamente focando o CENTENÁRIO DE MARÍLIA (2029 ), onde a grande pergunta que fica é : “ ESTA É A CIDADE QUE QUEREMOS ?

No último dia 30 de março, a sempre unida comunidade do Jardim Julieta anunciou um belíssimo trabalho denominado  Projeto Social “Sangue Bom – Terrão da Quebrada”.

“Tínhamos uma imensa área ociosa em nosso bairro, ocupada pelo mato alto e descartes clandestinos de lixo. Sofríamos com doenças respiratórias e constantemente encontrávamos escorpiões em nossas casas. Assim, passamos a entender que a população tinha parcela de culpa nesta situação, pelo fato de jogar lixo indevidamente nesta área, e para piorar, ateavam fogo nestes materiais. Agora, estamos organizando nossa horta comunitária que será voltada para a sustentabilidade, onde plantaremos sem uso de agrotóxicos, utilizando a compostagem, e toda produção será trocada por óleo de cozinha usado ou materiais de reciclagem, de forma a trabalharmos a educação ambiental dos moradores da nossa região, incentivando-os a colaborar com os cuidados ambientais.” afirmou Thiago Felipe de Campos, coordenador do Projeto Social.

A ilustração do que já está acontecendo e que chegou a despertar um apoio parcial de algumas secretarias é o exemplo do que é possível fazer em toda a cidade. O PROJETO HORTA SOLIDÁRIA contempla as 4 regiões da cidade, mas, com envolvimento das entidades comunitárias e igrejas para a produção não só de hortaliças, mas, também de plantas medicinais para serem utilizadas em nossa farmácia municipal. TEMOS UM TESOURO NA MÃO, mas, os governantes preferem participar de licitações, comprar ao invés de produzir boa parte dos medicamentos populares e com isso deixar a população até sem remédios.

É inadmissível chegar em uma farmácia e não encontrar DIPIRONA, OMEPRAZOL e outros que poderiam estar em plena produção em NOSSA FITO-SAÚDE, que parece estar na UTI. Necessitamos de uma ação mais ousada da gestão que se diz expertise para com uma simples iniciativa amenizar ao mesmo tempo, as reclamações com terrenos baldios, falta de medicamentos populares, a fome e a geração de emprego e renda.

O PROJETO HORTA SOLIDÁRIA  idealizado pelo CAMOM  e agora atualizado e lapidado pela MARILIA CENTENÁRIA , não só transforma terrenos públicos e particulares em hortas comunitárias, mas, também visa melhorar a precária situação dos habitantes das áreas periféricas através de projetos sustentáveis de agricultura urbana, baseados em processos de produção orgânica.

Indo mais além, apresentar uma metodologia para a construção de estufas agrícolas mais baratas do que o método tradicional que utiliza materiais nobres e mais caros como alumínio e ferro galvanizado. A utilização de materiais alternativos permite baixar em até 50% os custos e os resultados continuam excelentes. Sem preocupação com o clima, as estufas garantem a safra o ano todo, independente das estações e das variações climáticas. Com as estufas e as técnicas de produção de cultivos protegidos fica assegurada a renda dos participantes do projeto. Por um outro lado, o paisagismo da cidade muda radicalmente de forma positiva.

Hortas criadas em terrenos ociosos de SP colhem 6 t de alimentos todo mês.

Apenas a título de informação, a Zona Leste da cidade de São Paulo, uma região muito populosa e com grande vulnerabilidade social, foi escolhida como sede de um projeto que leva o campo para a cidade e busca melhorar a situação dos habitantes por meio de ações sustentáveis de agricultura urbana.

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Criada em 2004, a ONG ‘Cidades Sem Fome’ tem como objetivo desenvolver projetos de agricultura sustentável em áreas urbanas e rurais. A ideia é levar a autossuficiência financeira e de gestão para a população vulnerável por meio de projetos dentro da própria organização.

Hoje a ONG mantém 37 hortas escolares para a produção de alimentos, criando uma interface entre alunos, professores e comunidades do entorno para criar vínculos ambientais com os jovens. O projeto Hortas Escolares permite que os alunos desenvolvam oficinas práticas de plantio em hortas e vivenciem os trabalhos.

Eles aprendem a cultivar os alimentos, conhecem a matemática envolvida no plantio e nas colheitas, a biologia das plantas e do solo e o valor nutritivo dos alimentos. Todos os legumes e verduras plantados nas escolas são colhidos para alimentação das próprias crianças, que podem levá-los para casa.

Cidades sem fome - Divulgação - Divulgação

Desde a criação, a ONG já implantou 33 hortas urbanas, gerou 451 empregos diretos e cerca de 22.600 alunos de escolas públicas foram beneficiados com o projeto Horta Escolar. Todos os meses, 6 toneladas de verduras e legumes são colhidos nas hortas. Além disso, 48 cursos de capacitação profissional foram organizados pelo projeto Cidades Sem Fome.

Quase mil pessoas já participaram e foram capacitadas em técnicas de produção de alimentos orgânicos em áreas urbanas e receberam também instruções para buscar meios para a comercialização de seus produtos.

Para nós, é um desperdício ter uma estrutura como a FITO-SAÚDE praticamente abandonada sem qualquer iniciativa da administração municipal. Mapeamento toda a cidade é possível um PROJETO MARAVILHOSO com a implantação de pelos menos 15 hortas experimentais pela cidade em uma primeira etapa, aumentando gradativamente. OS RESULTADOS à médio prazo serão inquestionáveis. PROJETO HORTA SOLIDÁRIA, o que falta é vontade política para fazer. AO INVES DE ARREGAÇAR AS MANGAS, se faz necessário colocar a MÃO NA MASSA, ou melhor, NA TERRA.

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