Poderia ser mais uma ocorrência do conturbado trânsito de Marília, se um detalhe não chamasse a atenção. No histórico do boletim de ocorrências, um homem de 26 anos teria ficado ferido ao ser atropelado por um veículo na noite de ontem, domingo (16) no centro de Marília.

O atropelamento aconteceu na rotatória das ruas Ipiranga e Amazonas enquanto a vítima atravessava a rua. A Polícia Militar foi acionada por volta das 19H30, quando constatou que a vítima, um morador de rua de 26 anos, estava caída no chão, sobre a faixa de pedestre, onde recebia atendimento médico do SAMU.

O médico socorrista notou que a vítima apresentava uma fratura externa na perna direita e prestou os primeiros socorros do homem, diagnosticando que o mesmo teria fraturado a tíbia e fíbula da perna direita. Uma Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros imobilizou a vítima e a conduziu ao pronto socorro do Hospital de Clínicas, onde passou por cirurgia posteriormente e permaneceu internado.

No depoimento a vítima, identificada como R.D.B.E, declarou que estava caminhando e, no cruzamento, resolveu atravessar a rua pela faixa de pedestre, conforme o correto. Segundo ele, momento, observou que vinha um veículo a uma certa distância, mas acreditou que seria possível realizar a travessia e assim o fez. No entanto, o automóvel manteve o ritmo e acabou batendo a parte lateral no mesmo.

Os policiais avistaram o veículo, um Honda Fit, que atropelou o morador de rua que estava estacionado alguns metros à frente, com danos no para-choque dianteiro, na porta do motorista e arranhões no para-lamas, além de estar sem o retrovisor esquerdo.

O motorista se apresentou como A. L. S, de 39 anos, assessor do deputado Vinicius Camarinha. Na sua versão, ele disse que a vítima surgiu do nada, e foi impossível evitar o atropelamento, mas, logo na sequencia estacionou o veículo para prestar o socorro.

Durante a abordagem, os policiais perceberam que o condutor do automóvel apresentava visíveis sinais de embriaguez. A. L. S, foi então, convidado a realizar o teste do bafômetro, porém após ligar e consultar seu advogado, o mesmo se recusou.

Mediante ao fato, os policiais deram a voz de prisão ao motorista, que foi conduzido até a CPJ (Central de Polícia Judiciária). Já no plantão, A. L. S, também se recusou a fazer a coleta de sangue para aferição da alcoolemia e a médica legista foi então acionada para a realizar um exame clínico.

Após a realização do exame, ficou constatado e confirmado o estado de embriaguez. Mediante a comprovação, o condutor alegou que tinha bebido no sábado (15). A delegada de plantão arbitrou fiança de R$ 2 mil, que o mesmo acabou pagando e saindo pela porta da frente da CPJ. O mesmo responderá em liberdade.

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