Menos de uma semana depois de deixar o Republicanos, o senador Flávio Bolsonaro acaba de comunicar que se filiou ao Patriota. Ele divulgou uma foto ao lado do presidente do partido, Adilson Barroso, exibindo sua ficha de filiação.

Na quarta-feira da semana passada, o gabinete de Flávio divulgou nota informando que Flávio aguardava uma definição do pai, o presidente Jair Bolsonaro, “sobre qual será a nova sigla a qual eles devem se filiar”. O presidente está sem partido desde que saiu do PSL, em novembro de 2019.

“Participei diretamente de sua refundação, em 2018, desde a elaboração de seu Estatuto, com previsão inédita de ser o 1ª partido de direita do Brasil, até a escolha do nome ‘Patriota’. Que Deus nos abençoe nessa nova jornada!”, escreveu Flávio no Twitter , no início da tarde desta segunda-feira.

Ex-Partido Ecológico Nacional, a legenda mudou de nome para abrigar o então deputado federal Jair Bolsonaro na disputa pela Presidência em 2018. Sob articulação do advogado Gustavo Bebianno, morto no ano passado, Bolsonaro acabou indo para o PSL de Luciano Bivar, no começo daquele ano.

Após se desfiliar do Republicanos, o senador Flávio Bolsonaro participou nesta segunda-feira, dia 31, de uma convenção do Patriota já como “líder do partido”. Em seu discurso, ele ainda sinalizou que o presidente Jair Bolsonaro deve se filiar à sigla para disputar as eleições de 2022. “Eu quero fazer esse convite a todos para juntos construirmos o maior partido do Brasil depois de 2022. Temos tudo para isso, basta deixar as vaidades de lado”, disse ele, acrescentando que “agora, com Jair Bolsonaro na presidência da República, eu não tenho dúvida que a gente possa construir um partido maior ainda que o PSL”, finalizou.

Desentendimento

O Patriota se dispõe a correr o risco ao abrir as portas para o chefe do Executivo, o que tem provocado desentendimento entre alguns filiados. O presidente e o vice-presidente do partido, Adilson Barroso e Ovasco Resende, respectivamente, tinham opiniões distintas sobre convidar Bolsonaro para fazer parte do quadro da legenda.

Barroso defende a filiação do mandatário e diz que, com Bolsonaro, o Patriota será “grande”. Na convenção desta segunda, ele reclamou que se dependesse de Resende, o presidente da República “não vinha nem se desse o mundo para ele”.

“Mas graças a Deus, ele vem hoje para o partido por causa da amizade sem pedir uma bala. Aqui no Patriota ele confia em mim e não quer nada de nós”, destacou o presidente do partido.

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