PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do voto impresso, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), pode ser barrada hoje em Brasília

O deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA) afirmou, em entrevista nesta sexta-feira (16), que não há mais tempo para implementar o voto impresso para as eleições de 2022.

A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do voto impresso, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), pode ser barrada ainda hoje (16) em Brasília. Uma reunião extraordinária foi convocada por deputados contrários à medida. O deputado Hildo é o autor do requerimento que permitiu esse encontro.

Questionado sobre o motivo da convocação na véspera do recesso parlamentar, Hildo disse que o assunto deve ser resolvido o mais rápido possível.

“O voto impresso significa aquisição de novos equipamentos, alterar o orçamento vigente, gastar mais de R$ 2 bilhões. Mas para isso é necessária muita mudança. Não adianta só votar na mudança, alterar a Constituição Federal e colocar uma regra que não será cumprida. Então, tem que ter tempo suficiente, que eu vejo que não há, para adquirir parte das urnas que não podem receber acoplamento, assim como também não tem como comprar mais de 500 mil impressores que estejam com tudo aquilo que é necessário para guardar sigilo do voto”, esclareceu o deputado.

Segundo o deputado, não há como mudar a ideia: “Não tem tempo para implementar. Não tem quem me diga o contrário, porque de fato o tempo já é exíguo.”

Hildo disse ainda que há pelo menos 34 deputados e deputadas que entendem que não tem mais tempo para implantar voto impresso para o próximo ano. “Podemos até trabalhar para que esse voto impresso venha nas eleições municipais de 2024.”

Comissão da Câmara adia para agosto votação da PEC do voto impresso

 (crédito: Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados - 7/6/16)

Como politica é como uma nuvem, muda a qualquer vento e momento, no final desta tarde, no exato momento que concluíamos esta matéria, o deputado Paulo Martins (PSC-PR), presidente da comissão especial da Câmara encarregada de analisar a PEC 135/2019, que institui o voto impresso, anunciou, o adiamento da votação da matéria, de hoje para a próxima reunião ordinária do colegiado, que vai ocorrer em agosto, após o recesso parlamentar.

Martins atendeu ao pedido do relator, Filipe Barros (PSL-PR), que disse que precisaria fazer alterações no seu parecer. O desfecho da reunião representou uma vitória para os defensores do voto impresso, que temiam uma derrota na comissão no dia de hoje.

A decisão do presidente do colegiado foi alvo de protestos de representantes dos partidos de oposição, que queriam votar a PEC, certos de que a matéria seria derrubada.

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