Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal, onde o bolsonarismo é forte, são consideradas opções preferenciais para o lançamento de sua candidatura a senador

A notícia pegou a todos de surpresa no final da tarde ontem, domingo (16) e está repercutindo nas redes sociais nesta segunda-feira. Para alarmar ainda mais, sua esposa Michelle, que seria o plano “B”, também declarou não estar disposta a concorrer no pleito eleitoral de 2026.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse a aliados com que se reuniu nos últimos dias que seu plano político é o de se lançar candidato a senador em 2026. Com isso, ele vê a possibilidade de liderar um bloco numeroso na Casa, formado por parlamentares identificados com ele.

Mato Grosso, Rondônia e Distrito Federal, onde o bolsonarismo é forte, são consideradas opções preferenciais para o lançamento de sua candidatura a senador, que, segundo Bolsonaro, poderia fechar seu ciclo parlamentar, já que ele teve mandatos como vereador e deputado federal.

Ele exclui o Rio de Janeiro, onde construiu sua carreira política, por causa do filho Flávio Bolsonaro (PL), que deve tentar a eleição. São Paulo, por sua vez, pode ver uma tentativa de outro filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), lançar seu nome ao Senado. Além deles, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) também pode buscar uma cadeira na Casa.

Em caso de vitórias do grupo, Bolsonaro projeta liderar um bloco no Senado com os três familiares e também aliados próximos que já estão lá, como Damares Alves (Republicanos-DF), Rogério Marinho (PL-RN), Jorge Seif (PL-SC) e Marcos Pontes (PL-SP).

O projeto só poderá ser colocado em marcha caso Bolsonaro chegue a 2026 em condições jurídicas de disputa. Atualmente, 16 ações de investigação que podem torná-lo inelegível.

Michelle diz que, no momento, não pretende ser candidata

Ex-primeira-dama declarou que, atualmente, não trabalha com a hipótese de concorrer a cargo público

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou neste domingo (16), em seu perfil no Instagram, que atualmente não tem pretensões de ser candidata a um cargo público. A declaração foi feita por ela ao responder um seguidor que a indagou sobre o assunto nos stories de sua página.

– Podia, né [me candidatar]? Mas não trabalho com essa hipótese para o momento – resumiu.

Desde o início deste ano, o nome de Michelle passou a ser cogitado como parte de uma possível futura candidatura, até mesmo pelo próprio presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. A ex-primeira-dama, inclusive, foi escolhida para presidir o PL Mulher, braço do partido voltado ao desenvolvimento de políticas para as mulheres.

– Se Bolsonaro não quiser ser candidato, nós temos também a Michelle. Ela se revelou no lançamento de [campanha de] Bolsonaro [em 2022]. Foi uma surpresa para todos – disse Valdemar em janeiro.

Ao voltar ao Brasil, no último dia 30 de março, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a comentar a possibilidade de Michelle ser candidata. Questionado sobre o tema em uma entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro afirmou que a própria Michelle já havia adiantado não ter o desejo de concorrer ao cargo.

– Alguém lançou o nome dela, ela já falou que não quer saber de cargo no Executivo. Até porque, ela não tem a vivência. Até para você ser prefeito, não é fácil. Eu vejo muitos prefeitos que, quando terminam o mandato, apesar de terem feito um bom trabalho, se arrependem, dado o número de processos que respondem, em especial por improbidade administrativa – resumiu.

CONSEQUÊNCIA: Carlos anuncia que deixará de administrar redes de Bolsonaro

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) anunciou, neste domingo (16), que deixará de administrar os perfis do ex-presidente Jair Bolsonaro e (PL) nas redes sociais. Em uma série de postagens feitas em seu perfil no Twitter, o parlamentar disse que pretende entrar em um “novo ciclo de vida com foco pessoal”.


– Após mais de uma década à frente e ter criado as redes sociais de Jair Bolsonaro, informo que muito em breve chegará o fim deste ciclo de vida voluntariado. Pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é exceção aqui – escreveu.

Com um tom de desabafo, Carlos reclamou por “ser tratado de modo que nem um rato mereceria” e disse que a decisão não foi tomada de maneira impulsiva, mas de forma justa e “olhando pra frente em uma nova fase de vida”.

Não acredito mais no que me trouxe até aqui, mas torço para que tudo dê certo para todos! – completou.

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