A cantora Céline Dion, de 56 anos, diagnosticada com uma doença rara e incurável, admitiu em seu novo documentário, I Am Céline Dion, que estreou no último dia 25, que está perdendo a habilidade de andar devido a sua condição.

Em 2022, a cantora foi diagnosticada com Síndrome da Pessoa Rígida, doença incurável e raríssima que a afastou dos palcos. Sua última aparição pública aconteceu no dia 17 de junho, na première de seu documentário I Am: Céline Dion, em Nova York. Celine estava acompanhada de seu filho mais velho e recebeu convidados.

A icônica estrela canadense aparece no documentário chorando, ao contar como também não consegue mais usar a voz após a condição ter piorado tanto a ponto de ela ficar paralisada.

“Ano passado, cheguei ao ponto em que não conseguia andar, estava perdendo muito o equilíbrio, era difícil andar, muita dor. Ainda não consigo usar minha voz. Sinto muita falta da música, mas também das pessoas, sinto falta delas”, disse ela, chorando.

Em entrevista ao E! News na pré-estreia do documentário, que será transmitido pela Amazon Prime Video, Céline agradeceu aos fãs pelo apoio e incentivo, insistindo que eles a ajudaram enormemente.

Com doença rara e incurável, Céline Dion vai com o filho a première de seu documentário.

Ela acrescentou que sentia que os fãs “mereciam saber” sobre sua condição. “Não se trata de escolher o que você tem, é lidar com o que está acontecendo. Espero que isso lhes dê asas e força para alcançar e falar com as pessoas e dizer que vale a pena. Todos nós valemos a pena, e eu sou grata.”, disse ela.

Documentário I Am Céline Dion

O documentário ‘I Am Céline Dion’ em português, ‘Eu Sou: Celine Dion’, já está disponível no Prime Video. O documentário é dirigido porIrene Taylor, cineasta conhecida por seu trabalho em ‘Sonata ao Luar – Surdez em Três Movimentos’ e irá contar sobre a vida e a carreira da artista canadense, além de abordar abertamente sua luta contra a Síndrome da Pessoa Rígida, doença rara que a aflige desde 2022.

Em um dos momentos do documentário, Céline aparece chorando ao contar como sua voz sai quando ela tenta cantar e diz que precisou enganar o público em shows de Las Vegas algumas vezes.

“Às vezes eu apontava o microfone para a plateia e deixava que eles cantassem. Havia momentos em que eu enganava, batia no microfone e fingia que era culpa dele. Seguia o conselho da mamãe: eu não recuava. Às vezes tínhamos que parar o show, ‘mudança de figurino’, e eu não voltava mais. Agora a mentira é pesada demais”, divide a artista vencedora de cinco Grammys.

Céline explica no documentário que a síndrome da pessoa rara torna difícil para que ela ande ou cante. “Não posso fazer o que quero. Não posso sair. Estou presa”, reclama. Segundo a cantora, seus pulmões funcionam normalmente, mas o entorno deles é rígido e, por isso, ela não consegue mais alcançar as notas que alcançava nos tempos áureos.

No trailer, Céline chora, revela seu medo de compartilhar o diagnóstico com o público e a saudade visceral do palco, e avisa: “Não irei parar”. Com cenas de arquivo de shows e de gravações em estúdio, o trailer mostra a potência vocal de Céline, que já vendeu mais de 250 milhões de discos no mundo inteiro.

Em áudio, uma operadora do 911, o número de telefone de emergência nos Estados Unidos, perguntando “Qual é a sua emergência?”, dando a entender que em algum momento Céline precisou ser socorrida. “Fui diagnostica com uma condição neurológica muito rara. Antes eu não estava pronta para falar, mas agora estou”, ainda diz ela na prévia do documentário.

O que é a síndrome da pessoa rígida (SPR)

A síndrome da pessoa rígida produz rigidez muscular e repetidos episódios de espasmos musculares dolorosos. Os espasmos podem envolver todo o corpo ou apenas uma região, e ocorrer sem qualquer causa definida ou ser provocados por determinadas situações.

Os espasmos podem ser dolorosos e ir e vir, e podem piorar com o tempo. A rigidez geralmente afeta os músculos do tronco, mas também pode afetar braços e pernas. A SPR ocorre mais em mulheres que homens e, com o tempo, as pessoas podem desenvolver posturas curvadas. Os reflexos também diminuem.

Caso não seja tratada, a síndrome pode progredir, causando dificuldades de locomoção e ter um impacto significativo no desempenho de tarefas do dia a dia. Pode também evoluir para o desenvolvimento de complicações graves.

Diagnosticada no fim de 2022, Céline tem testado vários tratamentos para aliviar a doença que ainda não tem cura. Segundo a família, ela continua sentindo muita dor e tem dificuldades para se locomover.

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