A manhã desta terça feira (9), amanhece mais triste na cidade de Marília. De uma forma direta, para todos os funcionários da conceituada empresa Estrutura Metálica Brasil, da extensa lista de amigos e principalmente de uma família muito unida, conhecida por gerar empregos já à mais de meio século. No inicio da noite de ontem, a noticia já invadia as redes sociais e todos de uma forma indignada custaram a acreditar, ligando ou contatando via redes sociais a redação do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA.

Faleceu, vítima da covid-19, Antônio Márcio Ambrósio( Piquinha), filho do ex-prefeito de Marília, o empresário, Antônio Augusto Ambrósio, Tato. Ele estava internado em estado grave na UTI ( Unidade de Terapia Intensiva ) do Hospital Beneficente da Unimar. O irmão gêmeo dele, Antônio Marcos, segue internado na UTI também por covid.

Nossa reportagem, entrou em contato com o pai Antônio A. Ambrósio, que, com voz embargada nos relatou o sofrimento da família; ” Como pode eu aqui com 70 anos contraí esse maldito vírus e venci. Meu filho com apenas 50 anos, infelizmente partiu. Não sei se era hora, mas, temos que respeitar a vontade de Deus. Em tudo há um propósito de Deus”, desabafou.

Piquinha, como era conhecido, sem duvida sempre foi muito querido por todos e além de auxiliar o pai na administração da empresa, desenvolvia outras atividades de empreendedorismo. Ainda bastante chocado, Tato desabafou: “Só peço a todos que orem pelo irmão gêmeo do Márcio. Antônio Marcos Ambrósio que também está na UTI”, concluiu.

Fim da greve na empresa Estruturas Metálicas Brasil – Sindicato  Trabalhadores Indústria Metalúrgica

A Inexorável Dor da Perda de um Filho

Ela, mãe, está sofrendo. Ele, pai, está sofrendo. Acabam de perder um filho para a mais forte de todas as guerras: a inexorável passagem para o outro plano, através de um vírus maldito que ceifa vidas sem dó, nem piedade. Seu filho amado está indo embora! – uma viagem às pressas, inesperada, sem tempo para dizer adeus. Um jovem com todas as alegrias e sonhos da sua idade e do seu tempo.

Seríamos realmente capazes de imaginarmos a dor desses pais? Sentirmos o tamanho desse luto? Demais para ser suportado. Imensamente. Uma dor que não tem nome e dói só de pensar. Falta o ar. Consome o equilíbrio. Falta chão. Sucumbe-se às lágrimas. Uma dor que não seca, mas faz murcharem as forças, rouba os sonhos, dilacera a alma. Interrompe a esperança, invade nossas entranhas e leva uma parte de nós – a vida perde um pouco a suas cores….

Não é fácil aceitarmos a inversão da ordem natural no ciclo da vida. Não estamos nunca prontos, não queremos enterrar um filho. Quando a natureza não cumpre o ciclo como deveria é dolorosamente terrível e assombra.

– uma separação consumada fisicamente, mas que jamais conseguirá romper com os laços… não há substituições, filho é filho e ponto.

Impossível medir a dimensão da dor da perda de um filho. Não conseguimos mensurá-la, é uma dor única, intensa, egoísta e gigante. A perda de um filho é ferida que não cicatriza, é pra toda a vida – essa dor terá momentos que se converterá em saudade, mas nunca será menor. Os pais ficam perdidos na sua dor, um vazio inconsolável, um lamento interminável. Que ninguém se atreva estancar essa sangria no coração de uma mãe e de um pai… O choro é demasiadamente solitário e triste – não se decifra um amor que transborda em lágrimas.

Não encontro consolo. Não há nada que possa arrancar esse tormento que estraçalha o peito dessa família. E nesse momento, não posso e não devo – hoje as lágrimas têm e devem cair. Tem que ser assim.

Hoje a dor é dessa mãe e desse pai. Amanhã ou depois, quem sabe a serenidade venha bater às suas portas.

Hoje, quero manifestar meu sentimento solidário e companheiro, fazer uma prece e desejar que esse jovem encontre muita luz em sua passagem. Que a mãe, o pai, os irmãos e todos os familiares, no devido tempo, encontrem motivos para a difícil superação dessa dor, hoje latente.

Que a resiliência seja. Que encontrem a habilidade de persistirem nos momentos difíceis quando a saudade doer – e ela dói, vai e volta, e continuará a doer… Mas, será preciso continuar, lamentavelmente, essa é uma das mais tristes regras que nos são impostas: – sobrevivermos com a ausência física daqueles que muito significaram à nossa continuidade, à nossa existência. Que o tempo faça o que é dele fazer – leve um dia a dor embora e deixe apenas a saudade terna e mansa.

Como procedimento padrão, por ser sido vítima da Covid-19 não haverá velório, porém, a família fará uma cerimonia simples de despedida na capela do cemitério da saudade às 16Hs.

O JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA, através de sua redação e direção, vem por meio deste, manifestar suas condolências neste momento tão difícil. Que Deus conforte os corações de todos os familiares. Reiteramos aqui, nossos sinceros sentimentos.

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