Crime Bárbaro que Chocou a Região Caminha para Desfecho com Prisão do Jovem de 23 Anos

A Polícia Civil prendeu, no início da noite de ontem, quinta-feira (18), o homem suspeito de assassinar a família de Olímpia, encontrada com sinais de execução em um canavial. O triplo homicídio foi descoberto pela polícia no dia 1º de janeiro em Votuporanga. O casal e a filha desapareceram em 28 de dezembro do ano passado.

Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o suspeito foi preso preventivamente por 30 dias. Ele foi encontrado em Valentim Gentil (SP) e foi encaminhado ao Plantão Policial de Votuporanga.

O delegado titular da DIG, Dr. Thiago Madlum, revelou que, apesar das negativas do suspeito quanto à sua participação nos assassinatos, as evidências reunidas pela equipe de investigação são consideradas robustas. Essa convicção levou o delegado a solicitar à justiça a prisão temporária do jovem por 30 dias.

O detido, morador de Votuporanga, aguarda atualmente na central de flagrantes da Polícia Civil da cidade para prestar depoimento ao delegado responsável pelo caso. A Delegacia Seccional de Polícia planeja uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, na qual serão fornecidos detalhes cruciais sobre a prisão do suspeito, figura central ligada ao brutal assassinato da família em Votuporanga. A população espera esclarecimentos sobre os motivos por trás desse crime bárbaro que abalou a região.

Relembre o caso

A família foi vítima de uma emboscada, segundo a Polícia Civil. Yara imprensa, o delegado de Olímpia, Marcelo Pupo, informou que uma testemunha disse que Anderson Marinho, de 35 anos, levava maconha para entregar aos suspeitos do crime, quando foi assassinado junto da esposa, Mirele Tofalete, de 32, e a filha, Izabelly, de 15.

A polícia, no entanto, suspeita que as mulheres não tinham ligação com o tráfico. Os corpos das três vítimas tinham marcas de tiros e estavam em estado de decomposição, em uma estrada de terra que passa pelo canavial.

A testemunha que prestou depoimento, ainda conforme o delegado, é investigada por envolvimento com tráfico de drogas e estava de “saidinha”. Anderson, por sua vez, tinha passagens por tráfico, registradas em 2015.

O veículo da família foi encontrado no canavial e apresentava marcas de tiros. O homem estava caído fora do carro, enquanto mãe e filha foram encontradas dentro do automóvel. Munições intactas e cartuchos deflagrados, todos de calibre 9 milímetros, foram encontrados no local.

Antes de a família desaparecer, foi identificada uma ligação para o 190, número de emergência da PM, do celular da adolescente, mas a ligação não foi concluída. Durante a investigação, a polícia também constatou que o homem havia sido ameaçado de morte antes do crime.

Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML). Conforme apurado, não foi realizado velório, mas os enterros ocorreram no dia 2 de janeiro, no Cemitério Jardim Parque das Primaveras, em Olímpia.

Desaparecimento

Carro da família de Olímpia (SP) que desapareceu foi visto pela última vez em Mirassol (SP) — Foto: Arquivo Pessoal

Pai, mãe e filha saíram de Olímpia para almoçar em São José do Rio Preto e comemorar o aniversário da mulher no dia 28 de dezembro. Desde então, familiares não conseguiram entrar em contato com as vítimas e fizeram buscas pela região.

No dia seguinte, 29 de dezembro, parentes registraram um boletim de ocorrência por desaparecimento na Polícia Civil de Olímpia e o caso passou a ser investigado.

Pai, mãe e filha desapareceram após viagem para comemorar aniversário — Foto: Arquivo Pessoal

Pai, mãe e filha desapareceram após viagem para comemorar aniversário — Foto: Arquivo Pessoal

A imprensa, a irmã de Anderson contou, no dia 31, véspera de ano novo, que o carro da família tinha sido visto pela última vez após passar por um radar que fica no perímetro de Mirassol, cidade que não estava nos planos da viagem.

“Eu tinha conversado com ele no dia anterior. Ele só falou que iria sair para comemorar o aniversário da esposa em um almoço em São José do Rio Preto. A última conversa estava tudo normal, tudo certo. Ele não tinha planejado nada além disso”, disse Geise Adrieli Marinho Ribeiro.

Ainda no domingo, familiares receberam a informação de que o celular de Anderson teria dado sinal em Votuporanga, cidade a 139 quilômetros de Olímpia e 83 quilômetros de São José do Rio Preto, local da celebração do aniversário. Foi na cidade que os corpos foram encontrados, após um morador passar pelo canavial e acionar a polícia.

DIRETO DO PLANTÃO POLICIAL

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