Se ele existiu de verdade é uma incógnita, mas fato é que com mais de 600 anos, o fora da lei corajoso e benfeitor ainda inspira superproduções cinematográficas, porém em Marília, a versão Nárnia Alonsista mudou o enredo da estória.

COINCIDENTEMENTE, em um bosque particular junto à mansão Kirklees, em Dewsbury, no condado britânico de Yorkshire, os visitantes deparam com um monumento alquebrado: protegida por um cercadinho de ferro, a lápide contém um epitáfio de causar taquicardia nos interessados:

“Aqui, sob esta pedra,/ Jaz Robert, barão de Huntingtun/ Nenhum arqueiro foi tão bom quanto ele/ Chamavam-no de Robin Hood/ Fora da lei como ele e seus homens/ A Inglaterra jamais verá outra vez”

A fama do bandido benfeitor prospera desde meados do século 14, a partir de poemas, baladas e contos. Robin promovia uma campanha de roubos espetaculares a viajantes na floresta de Sherwood, em Nottingham (no condado vizinho a Yorkshire), e repartia o butim com os mais pobres, desafiando a autoridade do príncipe e depois rei João I (um dos mais controversos monarcas ingleses, que comandou a nação entre 1199 e 1216) e a do tirânico xerife local.

Mas os turistas que fotografam o túmulo do arqueiro (gravado em inglês arcaico e datado de 1247) só podem estar certos de levar para casa o suvenir e uma suposição. A lápide foi erguida no século 18, baseada no marco construído no ponto onde teria caído a última flecha disparada pelo herói agonizante, vítima da traição da prima, madre superiora do antigo convento de Kirklees. SEMPRE TEM UMA TRAIÇÃO….

A NOVA VERSÃO: Em Marília o conto ou estória teve o seu enredo e principal jargão invertido

Como todos já sabem, ou melhor, a maioria da classe política, mesmo porque o povo sempre é o último a saber e diante de tantas aberrações acabou desanimando e se desinteressando pelo acontece, UMA NOVA AVENIDA para, digamos, solucionar o problema de mobilidade urbana da zona leste será construída em breve, logo após o bosque, iniciando-se na confluência da avenida Santa Helena com contemplada rua Manoel Freire.

Já está sacramentando e a abertura dos envelopes que ocorrerá daqui a 9 dias, ou seja; no dia 8 de novembro, com um orçado estimado em R$ 2.546.571,10 pela Prefeitura Municipal. QUE FIQUE BEM CLARO, NÃO EXISTE DINHEIRO PÚBLICO, E SIM DINHEIRO DO POVO ADMINISTRADO PELA PREFEITURA. PORTANTO, A POPULAÇÃO VAI PAGAR A CONTA.

O processo de contratação de serviço de obra pública foi aberto no último dia 6 de outubro, onde mediante licitação, uma concorrência pública para o serviço, a prefeitura contratará uma empresa para a realização dos serviços.

A contratada ficará responsável pela urbanização desta que ficará localizada na segunda lateral do bosque municipal, entre a já movimentada Rua Santa Helena e a Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes. Por incrível que pareça, em nenhum momento foi realizado uma discussão para amenizar ou reduzir os gastos com, por exemplo, a realização de uma PPP (Parceria Pública Privada).

Em nenhum momento, a omissa câmara municipal de Marília, através de sua tropa de choque composta de 9 vereadores e 2 vereadores, questionou os gastos a serem realizados, pelo fato de BENEFICIAR DIRETAMENTE UM EMPREENDIMENTO LANÇADO RECENTEMENTE LOGO AO LADO POR DUAS EMPRESAS DE GRANDE PORTE QUE PODERIAM PERFEITAMENTE BANCAR A OBRA EM FUNÇÃO DOS LUCROS OBTIDOS com os benefícios ora recebidos de forma coincidente.

O que é uma Parceria Público Privada

Parceria Público-Privada (PPP) é uma modalidade de contrato de parceria entre o poder público a iniciativa privada para prover a execução ou gestão de obras e serviços de interesse da população nos setores de telecomunicações, energia e inovação, transporte, educação, saneamento, entre outros. Neste tipo de contratação a empresa fica responsável por investir, financiar e explorar o serviço.

Para quem viaja para a Europa, poderá constatar que a maioria das obras são realizadas através deste tipo de parceria. No Brasil, muitas cidades já praticam tal modalidade, como, por exemplo, em Bauru e outras que procuram enxugar gastos, mas buscar investimentos em obras de benefício comum entre os munícipes. Em Marília algumas parcerias são realizadas, porém, de pequeno porte, apenas para “passar um pano” na carreta furacão que passa logo atrás e como sempre, favorecendo os magnatas do sistema.

O VALE TUDO: Entrada do bosque municipal também será mudada após 50 anos com novo portal bancado pelo povo

NO PACOTE DE BONDADES, cabe tudo na carreta furacão do nosso herói da cidade de Nárnia, inclusive A MUDANÇA DA ENTRADA DO BOSQUE MUNICIPAL PARA A NOVA AVENIDA, coincidentemente EM FRENTE AO NOVO EMPREENDIMENTO.

Com a medida, uma nova entrada, UM NOVO PORTAL e mais despesas no lombo do contribuinte mariliense que aos poucos vê a administração de Daniel Alonso e Cicero do Ceasa, na contramão do herói citado no início da matéria.

Robin Hood tirava dos ricos para dar aos pobres. EM NOSSA NÁRNIA acontece o contrário. OS POBRES PAGAM AS CONTAS DOS RICOS. É a verdadeira administração eleita para favorecer somente os poderosos.

O Bosque de Marília nasceu de uma reserva florestal do município comprada em 1942, usada e explorada pela Prefeitura até 1974, quando, sob interferência da administração municipal, foram abertas alamedas, construídas instalações e viveiros de animais, transformando o local no conhecido “Bosque Municipal Rangel Pietraróia”, área de lazer e cultura para todos, administrado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

ROMPENDO ACORDOS? : Entidade localizada ao lado poderá perder concessão ou ser forçada a mudar de lugar?

O último questionamento fica para uma conhecida entidade de Marília administrada por amantes da orquidofilia. A PALAVRA do gestor mais uma vez será colocada em cheque, visto que em 2018 o mesmo assinou um contrato de concessão a ASSOCIAÇÃO DOS ORQUIDÓFILOS DE MARÍLIA POR UM CONTRATO DE 10 ANOS, OU SEJA; ATÉ 2028.

O grande questionamento fica no ar. Será que os mesmos, que por sinal, realizam anualmente a feira nacional de orquídeas no Espaço Cultural, serão mantidos no local? CONFIRA ABAIXO O DECRETO;

Como se vê, mais uma vez, diante do silêncio de 11 edilidades, as coisas acontecem em Marília COMO SE NADA ESTIVESSE ACONTECENDO. Não somos e não queremos posar como paladinos da justiça e do gerenciamento público, porém UM POUQUINHO DE RESPONSABILIDADE COM O DINHEIRO DO POVO SE FAZ NECESSÁRIO.

NADA CONTRA OS PODEROSOS QUE AO LONGO DO TEMPO CONQUISTARAM SUAS RIQUEZAS, MAS VAMOS PENSAR UM POUCO NESTE POVO QUE SEMPRE ACABA PAGANDO A CONTA, mas não tem o devido retorno na hora de buscar uma unidade de saúde, de transitar por ruas esburacadas, de precisar do transporte público, dentre outros. A ÚNICA COISA QUE O MARILIENSE HOJE DESFRUTA É DE PAGAR IMPOSTOS E PRINCIPALMENTE, CONVIVER COM A INDÚSTRIA DE MULTAS.

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