Após um ano dos atos às sedes dos Três Poderes, em Brasília, manifestantes favoráveis ao 8 de janeiro exigem o fim das prisões de Patriotas que participaram da ação

Em oposição aos eventos pró-democracia, marcados pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva, cerca de 10 manifestantes ergueram faixas no Eixo Monumental, no lado oposto da pista que leva ao Quartel-General do Exército (QG), que estava bloqueado para a entrada de civis. 

As faixas exigiam o fim das prisões de manifestantes que participaram do ataque e acusavam as Forças Armadas de implantarem um campo de concentração no país. Alguns motoristas que passaram pela via buzinaram para os manifestantes. 

O comerciante Ronaldo Índio, 56 anos, contou que ficou acampado no QG por 60 dias. “Estou aqui, livre, lutando pelos nossos patriotas, incluindo os presos políticos que participaram do 8 de janeiro”, reforçou. 

8 de janeiro

Cerca de 3 mil participaram das invasões nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, há um ano, provocando um prejuízo material calculado em mais de R$ 20 milhões. Há um questionamento sobre infiltrados que teriam iniciado a depredação e atos de vandalismo, antes da invasão, mas as imagens foram apagadas.

Ex-ministro de Lula e Dilma, Aldo Rebelo nega tentativa de golpe no 8/1: ‘Fantasia’

Narrativa de ruptura institucional é alimentada por interesses políticos, diz ele.

Ex-ministro em diferentes pastas durante os governos Lula e Dilma, do PT, Aldo Rebelo negou, em entrevista ao Poder 360, que os acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023 tenham sido uma tentativa de golpe.

A afirmação, segundo ele, trata-se de uma ‘fantasia’ que ‘faz bem à polarização’. O político disse que imputar aos ‘baderneiros’ uma tentativa de golpe “é uma desmoralização da instituição do golpe de Estado”.

“Faz bem à polarização atribuir ao antigo governo a tentativa de dar um golpe. Criou-se uma fantasia para legitimar esse sentimento que tem norteado a política nos últimos anos. É óbvio que aquela baderna foi um ato irresponsável e precisa de punição exemplar para os envolvidos. Mas atribuir uma tentativa de golpe a aquele bando de baderneiros é uma desmoralização da instituição do golpe de Estado”, afirmou.

O que houve na Praça dos Três Poderes foi semelhante à invasão da Câmara dos Deputados por um movimento dissidente do MST, o MLST, em 2006, sustentou.

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