Um novo argumento de aliados do ex-juiz: além do TCU, seja Lula ou Bolsonaro presidente ele será perseguido e por um outro lado, lideranças do PSDB defendem que o governador João Doria seja candidato a senador por São Paulo, caso não se viabilize ao Palácio do Planalto

Além do péssimo desempenho nas pesquisas eleitorais, da falta de apoio em seu próprio partido e da dificuldade de juntar aliados e alavancar recursos, foi apresentada a Sergio Moro, do Podemos, mais uma razão para abandonar sua candidatura à Presidência da República.

Moro foi aconselhado por aliados a abandonar sua natimorta candidatura e garantir um mandato eleitoral como deputado federal para ter assegurado o foro privilegiado. A ofensiva do Tribunal de Contas da União (TCU), e agora da Procuradoria Geral da República (PGR), sobre seu trabalho prestado a Alvarez & Marsal é um dos argumentos.

Seja num eventual governo Lula ou num novo mandato de Jair Bolsonaro, a observação feita a Moro é que ele estará correndo riscos. Os dois favoritos a vencer o pleito são desafetos pesados de Moro.

Tucanos já falam em “saída honrosa” para Doria no Senado

Incomodadas com o fraco desempenho do governador paulista nas pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto até agora, lideranças do PSDB já discutem, nos bastidores, sugerir uma “saída honrosa” para João Dória nas eleições deste ano.

Uma das possibilidades debatidas seria sugerir ao tucano que dispute o Senado por São Paulo na chapa de Rodrigo Garcia (PSDB). Atual vice-governador, Garcia assumirá o Palácio dos Bandeirantes em abril e disputará reeleição ao governo paulista.

Lideranças do PSDB ouvidos pela coluna argumentam que, caso não se viabilize ao Planalto, a candidatura ao Senado poderia ser usada por Doria para justificar a seu eleitorado o fato de ter deixado o cargo de governador em abril para disputar as eleições.

Em evento do mercado financeiro na terça-feira (22/1), o governador admitiu publicamente desistir da candidatura a presidente para apoiar outro nome fora da polarização entre Jair Bolsonaro e Lula que se mostre mais viável.

Apesar da fala, aliados dizem que Doria manterá a candidatura à Presidência e sustentam que ele se mostrará viável nos próximos meses. Lembram que, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, em 2016, ele largou com 1% nas pesquisas e venceu a eleição.

Após a publicação da informação, o presidente estadual do PSDB em São Paulo, Marco Vinholi, enviou uma nota à coluan, dizendo que Doria será o candidato tucano nas eleições deste ano. “O governador João Doria é o pré-candidato do PSDB à Presidência da República e será seu representante nas urnas. Ponto superado, definido nas prévias partidárias”, disse.

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