E quando afirmamos que em Marília o processo ´e lento ou praticamente não acontece, acabamos por ser criticados pelos famosos baba ovos da atual administração de Marília. A cidade nunca esteve tão abandonada como nos dias hoje. Fica difícil elencar algo que esteja funcionando perfeitamente, principalmente pelos lados da limpeza pública. Por um outro lado, outras cidades procuram formas alternativas para a manutenção.

A Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP) informou na última sexta-feira (4) que os presos do regime semiaberto do sistema prisional, contratados por meio do Programa de Alocação de Mão de Obra da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap), voltaram às atividades em Álvares Machado e Presidente Prudente.

A Companhia Prudentina de Desenvolvimento (Prudenco), responsável pela manutenção da limpeza pública de Presidente Prudente, emprega atualmente 45 reeducandos do Centro de Ressocialização Gláucio Reinaldo Mendes Pereira e outros 30 da Penitenciária Wellington Rodrigo Segura, ambos do município.

A mesma penitenciária fornece ainda 17 detentos para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semea) de Presidente Prudente, onde auxiliam no plantio de mudas, jardinagem e arborização da cidade.

Histórico

Os trabalhos haviam sido interrompidos em março de 2020, no início da pandemia de Covid-19, e agora estão sendo retomados gradativamente. No Estado, mais de 1,2 mil presos voltaram aos seus postos de trabalho em tarefas de zeladoria, que contribuem para a manutenção e preservação de equipamentos públicos.

São atividades como manutenção de praças e vias, plantio e cuidado de mudas, manutenção e limpeza predial, entre outros. “A principal proposta do Programa de Alocação de Mão de Obra da Funap é proporcionar postos de trabalho às pessoas privadas de liberdade. Essa é uma iniciativa que gera benefícios diversos para todas as partes envolvidas”, explicou Henrique Pereira de Souza Neto, diretor-executivo da Funap.

Programa de Alocação de Mão de Obra é retomado em Álvares Machado e Presidente Prudente — Foto: SAP

Segundo a SAP, firmando contratos para a contratação da mão de obra dos reeducandos os municípios contribuem para o processo de ressocialização dos apenados da região, viabilizando uma oportunidade de geração de renda, de retorno gradual ao convívio social, permitindo o desenvolvimento de uma rotina de trabalho e possibilitando também a remição de pena do reeducando.

Os presos que são contratados recebem remuneração mensal, transporte, refeição, uniforme e treinamento para desempenhar as atividades estabelecidas. “No caso das prefeituras e secretarias municipais, esse benefício é ainda maior, pois o reeducando que vai trabalhar nas atividades contratadas é, muitas vezes, um morador daquela mesma região. Isso aumenta ainda mais o compromisso dele e a integração com a sociedade”, concluiu Neto.

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