A radiodifusão em Marília volta a ser manchete nos principais veículos de comunicação do país e, mais uma vez por um motivo que entristece a todos os seus ouvintes preocupando também a todos os seus funcionários.
No inicio da tarde de quarta feira passada ( 17 ) fiscais da Anatel ( Agência Nacional de Telecomunicações ) lacraram oficialmente os transmissores da Rádio Clube de Marília ( nome fantasia de 950 AM ), que operava de forma irregular na transmissão de sua programação.
A denuncia partiu do Jornalista e Radialista Fábio Conti que já foi funcionário da empresa e hoje trabalha como assessor de imprensa do prefeito Daniel Alonso. Segundo os documentos apresentados e registrados na Divisão de Fiscalização de Posturas, estaria havendo interferência em aparelhos telefônicos nas proximidades do teatro municipal justamente pela possível instalação de sistema irradiante da emissora instalado irregularmente.
O Jornalista aponta ainda em sua denuncia que a Rádio 950, tem como sócio o ex-deputado Abelardo Camarinha (PSB), e que foi despejada de seu antigo endereço de transmissão recentemente por ordem expedida pela 5ª vara civil de Marília.
Esta é a terceira emissora de rádio lacrada pela Anatel na cidade e que tem o controle administrativo do grupo politico do ex- deputado. Em 2016, também por irregularidades foram lacradas as rádios Diário FM e Dirceu AM, emissoras históricas da radiodifusão nacional e que revelaram grandes nomes para os grandes centros.
A programação da emissora está sendo transmitida via internet, onde não há por enquanto uma exigência jurídica que venha a proibir. Nossa Reportagem tentou um contato com a administração por reiteradas vezes, mas, infelizmente não conseguimos exito. Obtivemos acesso a um dos funcionários que se limitou a responder que “é uma questão técnica, cabendo somente a direção da emissora se pronunciar sobre o assunto”.
Convém esclarecer que, a citada ação de despejo se refere ao sistema de transmissão e não ao estúdio, porém, o prédio dos estúdios está em leilão para pagamento de dividas trabalhistas na justiça, mas eles ainda não foram despejados. Houve ainda um pedido de falência da emissora solicitado por uma cidadã que ingressou com uma ação de danos morais.
Pela sua independência editorial, e, por não ser vinculado a nenhum grupo politico seja de oposição ou de situação, e, por não receber verba pública que incentive a publicar matérias tendenciosas ou se calar diante de fatos que devem ser levados ao conhecido da população, o Jornal do Ônibus de Marília deixa o espaço aberto para as manifestações dos envolvidos em seu livre direito de expressão e, como prática de um jornalismo sério e sem tendencias partidárias que visam apenas seus próprios interesses em detrimento da população como um todo.
Por sua vez, lastimamos o silêncio de mais uma emissora de rádio na cidade operando em condições normais, em um mercado cada vez mais escasso para os excelentes profissionais existentes e o pior, a maioria ficando com pendencias trabalhistas a receber como no caso da C.M.N ( Central Marília Noticias ).