Na última sexta-feira, 2 de agosto de 2024, um grupo composto por 29 ex-chefes de Estado apelaram aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Colômbia, Gustavo Petro, para que reconheçam a vitória do candidato opositor, Edmundo González Urrutia, nas eleições da Venezuela.

Em uma carta divulgada pela Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA), os ex-líderes denunciaram as limitações impostas pelas autoridades eleitorais venezuelanas durante o processo que culminou na reeleição de Nicolás Maduro para um novo mandato de cinco anos.

Edmundo González Urrutia e a Crise Eleitoral na Venezuela

Os ex-dirigentes da IDEA enfatizaram que a única ação viável é reconhecer o status de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela. Esta posição é baseada na verificação pelos órgãos técnicos eleitorais internacionais, que apontaram irregularidades no processo eleitoral conduzido pelo regime de Maduro.

O Que Está Por Trás da Crise Eleitoral na Venezuela?

A situação na Venezuela vai além de uma mera disputa eleitoral. Os ex-presidentes destacaram que se trata de uma flagrante violação da ordem constitucional, marcada por repressão e violência contra manifestantes pró-democracia. Eles condenaram a repressão brutal que resultou em mortos, feridos, presos e desaparecidos, comprometendo a soberania do povo venezuelano.

Brasil, Colômbia e México: Abstenção e Controvérsias

Em meio à crise, o Brasil, a Colômbia e o México se abstiveram de votar em uma resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA) que exigia transparência no processo eleitoral venezuelano. Estes países também emitiram uma nota conjunta equiparando a ditadura de Nicolás Maduro às manifestações pró-democracia, apontando para a necessidade de solucionar as controvérsias de forma institucional.

Quem São os Signatários da Carta?

Entre os signatários da carta estão figuras políticas de peso, como a ex-presidente do Panamá Mireya Moscoso e o ex-presidente da Bolívia Jorge Tuto Quiroga, ambos impedidos de participar como observadores eleitorais na Venezuela. Outros nomes incluem:

  • Mario Abdo, Federico Franco, e Juan Carlos Wasmosy (Paraguai)
  • José María Aznar e Mariano Rajoy (Espanha)
  • Nicolás Ardito Barletta e Ernesto Pérez Balladares (Panamá)
  • Felipe Calderón e Vicente Fox (México)
  • Iván Duque, Andrés Pastrana e Álvaro Uribe (Colômbia)

Controvérsias e Tentativas de Negociação

Segundo fontes como o jornal O Globo, os chanceleres do Brasil, Mauro Vieira, da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, e do México, Alicia Bárcena, consideram viajar a Caracas para negociar um acordo. No entanto, esta tentativa de negociação exclui a líder oposicionista María Corina Machado, aumentando as tensões.

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