Um policial militar lotado no 19º BPM (Batalhão da Polícia Militar) matou oito pessoas, seis da própria família, e cometeu suicídio entre a noite desta quinta-feira, 14, e a madrugada desta sexta-feira, 15, nas cidades de Toledo e Céu Azul (região Oeste). De acordo com o Coronel Hudson Leôncio Teixeira, Comandante-Geral da Polícia Militar do Paraná (PMPR), a motivação do crime seria o fato de que Fabiano Junior Garcia, o assassino, não teria aceitado o fim do relacionamento com sua esposa, Kassiele Moreira.

Fabiano enviou um áudio por mensagem explicando os crimes cometidos em duas cidades paranaenses. Ela matou a própria esposa, os três filhos, sua mãe e seu irmão, além de dois pedestres. Os crimes ocorreram entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta.

Na gravação de voz, que circula nas redes sociais e teve seu conteúdo confirmado pela PMPR, o homem de 37 anos diz: “Família, me desculpa, me desculpa, me desculpa, mas eu não ia conseguir viver sem a Kassiele. Me desculpa. Ela já não estava suportando muito o jeito que eu lidava com ela, não estava mais suportando se eu ia dar atenção pra ela ou não. E ela deixou a entender que não fazia questão de continuar comigo. Então, se é assim, como eu me dediquei toda a minha vida pra ela e eu dediquei de todo coração mesmo, eu desisti de pensar em qualquer outra pessoa, de pensar em pular a cerca ou qualquer coisa, pra poder dar atenção, dar valor pra ela, eu entrei em um momento de depressão, entrei nesse maldito desse jogo, para mim maior válvula de escape para a depressão e me distanciei dela. E ela se acostumou com isso. E daí agora ela disse que tanto faz, então se pra ela tanto faz, ela não quis mais ficar comigo, ela falou que possivelmente ia separar, não iria ficar comigo do jeito que eu sou, que eu sou com as coisas do meu jeito e tal, então se é assim, eu já estava querendo fazer isso mesmo, porque eu já não consigo conviver com a situação da minha mãe lá com o problema lá, eu vivo financeiramente f*”, disse Fabiano no áudio, enviado ao grupo da família no WhatsApp.

O policial matou a tiros seus três filhos, Amanda, Kamili e Miguel, e a eposa, Kassiele. As outras vítimas são a mãe e o irmão do PM e dois pedestres que apenas passavam pelo local no mesmo momento em que o policial militar passava por ali, sem ter qualquer relação de parentesco com ele. No áudio, Fabiano ainda diz que agiu daquela forma para “não deixar peso para ninguém”.

Em nota, a Polícia Militar do Paraná disse estar “consternada” e que “lamenta profundamente o ocorrido”. Um inquérito policial militar foi aberto para apurar os fatos, sendo que Fabiano havia trabalhado normalmente na quinta-feira, deixando o serviço por volta das 19 horas, e que às 23 horas ligou para o cunhado, iniciando em seguida a série de crimes.

Pelo que se sabe até aqui, o PM primeiro matou a esposa e a filha Amanda, dentro de casa. Depois, seguiu para a casa de sua própria mãe, Irene, onde a matou a facadas e, com arma de fogo, matou o irmão Claudiomiro. Nas proximidades do imóvei, dois pedestres foram mortos: Kaio Felipe Siqueira da Silva, de 17 anos, e Luiz Carlos Becker.

Na sequência, Fabiano ainda foi para a cidade de Céu Azul, onde matou a tiros os seus outros dois filhos, Miguel e Kamili, que estava na casa de tios. Por fim, ele voltou para a casa onde morava com a esposa, mas não chegou a sair do carro, cometendo suicídio.

Câmera de segurança flaga assassinato de adolescente

Uma câmera de segurança flagou o momento em que o adolescente foi morto por um policial militar Fabiano García. As imagens mostram o jovem Kaio Silva, de 17 anos, se aproximando do veículo e sendo baleado em seguida. Após atirar contra o jovem, o policial vai embora.

A motivação do ataque contra o rapaz ainda é investigada. Segundo o boletim de ocorrência, Kaio não tinha passagens, mas era conhecido do meio policial. A arma utilizada pelo assassino era da Polícia Militar. Já o carro usado pelo agente foi apreendido e era particular. O policial não tinha registros de problemas psicológicos, segundo a PMPR.

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