Com a recomendação para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se preserve antes da cirurgia que ocorre amanhã, sexta-feira (29), a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, é quem vai ao Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (28) para acompanhar a situação da população afetada mais uma vez pelos efeitos de um ciclone extratropical.

A informação foi divulgada nas redes sociais pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, nas redes sociais. “Amanhã cedo, viajo acompanhado de uma comitiva de ministros e da primeira-dama”, disse ele.

Como primeira-dama, Janja tem exercido participação ativa no governo de Lula, como parte do núcleo seleto que tem acesso a ele a portas fechadas e acompanhando-o em viagens internacionais importantes, por exemplo.

Nesta quarta-feira (27), a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados aprovou requerimentos para convidar ministros que possam explicar qual é o papel da primeira-dama Janja da Silva nas viagens oficiais.

Com a cirurgia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sua esposa deve assumir a agenda presidencial. Os deputados querem explicações também sobre essa decisão.

– Peço esclarecimentos sobre as notícias relacionadas à possibilidade e competência da primeira-dama, Janja, em assumir a agenda presidencial – diz o deputado Evair de Melo (PP-ES), autor dos três requerimentos aprovados.

Os documentos convidam para dar os esclarecimentos os ministros Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência da República; Rui Costa, da Casa Civil; e Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.

Saiba por que Alckmin não vai assumir a presidência durante a cirurgia de Lula

O petista passará por cirurgia no quadril nesta sexta-feira (29/9) e a possibilidade da posição de Alckmin chegou a ser discutida

O vice-presidente da república Geraldo Alckmin (PSB) não vai assumir a presidência do Brasil durante cirurgia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na próxima sexta-feira (29/9). Embora a previsão seja de que Lula receba anestesia geral e fique algumas horas inconsciente, Alckmin não vai assumir formalmente o cargo de presidente.

A possibilidade do cargo chegou a ser discutida no Palácio do Planalto, mas pelo entendimento dos auxiliares de Lula, caso ocorra um fato que exija uma providência urgente, o vice estaria automaticamente em condições de tomar decisões.

Segundo o artigo 79 da Constituição, que descreve as funções do vice: “Substituirá o presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o vice-presidente.” A situação seria semelhante a um caso em que o presidente, por exemplo, sofresse um mal-estar que o deixasse inconsciente repentinamente.

Comparação com o último governo

Em janeiro de 2019, Mourão ocupou a Presidência por 48 horas em razão da cirurgia de Bolsonaro. Na ocasião, Bolsonaro foi submetido a procedimento para a retirada da bolsa de colostomia, implantada devido ao procedimento a que foi submetido em setembro depois de ter sofrido uma facada, em um atentado durante ato de campanha eleitoral em Juiz de Fora. Em setembro de 2019, Bolsonaro passou por outra cirurgia e mais uma vez, Mourão assumiu a presidência por quatro dias.

Histórico do Alckmin

À frente da vice-presidência da República e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Alckmin já chegou a ser presidente do Brasil por quase um mês só no primeiro semestre do ano. Pela quantidade de viagens feitas por Lula, Alckmin já passou pelo menos 26 dias como presidente interino.

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