O uso de máscaras, tanto em locais abertos quanto fechados, se tornou crucial para prevenir a contaminação pelo novo coronavírus. Com a rápida e extrema necessidade do acessório, logo a indústria e artesãos começaram a criar as suas peças, concorrendo as cirúrgicas, ganhando a cada vez mais adeptos.

Um grupo de pesquisadores da Universidade Duke, no estado norte-americano da Carolina do Norte, fez testes em variados tipos de máscaras para conferir quais são as mais eficazes, ranqueando da melhor para a pior.

O estudo descobriu que usar bandanas no lugar de máscara, por exemplo, acaba sendo bem pior do que não usar nada, e o mesmo vale para as polainas de pescoço, que também cobrem parte do rosto. As máscaras com aberturas e válvulas também não funcionam muito bem, pois deixam o ar passar. Entre as mais eficazes estão as máscaras de algodão, junto às cirúrgicas.

Metodologia

O teste das máscaras foi feito com a ajuda de laser, uma caixa, lentes e um smartphone com câmera. Então, pessoas falaram a mesma frase dentro da caixa sem usar máscara e depois usando uma variedade delas. Com a câmera do celular foi feita a medição do quanto da luz do laser foi obscurecida com a presença das partículas que foram espalhadas dentro da caixa.

O co-autor do estudo, Eric Westman, físico da universidade, diz que se todo mundo usasse máscara seria possível barrar 99% das gotículas antes que elas atingissem outra pessoa. “Na falta de uma vacina ou de um medicamento antiviral, é uma forma comprovada de proteger os outros, assim como você mesmo”, diz o pesquisador.

Ranking

Veja como ficou o ranking, da pior para a melhor, das máscaras mais eficazes:

15°- Lã (Estilo polaina de pescoço);

14º- Nenhuma;

13º- Bandana (Duas camadas);

12º- Tricô;

11º- Algodão 3 (Máscara plissada de duas camadas);

10º- Algodão 1 (Máscara plissada de uma camada);

9º- MaxAT (Máscara de uma camada Maxima AT);

8º- Algodão 4 (Máscara estilo Olson de duas camadas);

7º- N95 com válvula (Máscara N95 com válvula para respiração);

6º- Algodão 2 (Máscara plissada de duas camadas);

5º- Algodão 5 (Máscara plissada de duas camadas);

4º- Faixa (Faixa de polipropileno, material de máscara);

3º- Polipropileno (Máscara de polipropileno de duas camadas);

2º- Cirúrgica (Máscara cirúrgica de três camadas);

1º- N95 (Máscara N95 sem válvula de respiração).


1. Cirúrgica, 2. N95 com válvula, 3. Tricô, 4. Polipropileno, 5. Faixa de polipropileno, 6. MaxAT, 7. Algodão 2, 8. Algodão 4, 9. Algodão 3, 10. Algodão 1, 11. Lã, 12. Bandana, 13. Algodão 5, 14. N95 sem válvula (Reprodução: Duke University)

Mesmo com os resultados satisfatórios do teste com as máscaras, os cientistas afirmam que é preciso de uma investigação muito mais profunda para que o estudo seja usado como referência definitiva.

RECOMENDAÇÕES

  • Uso de máscara cirúrgica e N95: – Pessoas com sintomas; – Pessoas diagnosticadas com COVID-19; – Familiares que prestam cuidados à uma pessoa positiva para o vírus; – Profissionais da saúde. A N95 pode ser utilizada por até 8h seguidas A cirúrgica pode ser utilizada por até 2h seguidas.
  • Utilização de máscaras de pano: – Quando sair de casa, utilize máscara de pano; – Deve cobrir a BOCA e o NARIZ! Sem deixar espaço nas laterais; – Podem ser produzidas em casa, com materiais de baixo custo ou adquiridas no comércio; – Pode ser utilizada por crianças (maiores de 2 anos) e idosos, desde que respeitado ajuste e medidas de higiene; – Se alguém na casa estiver com sinais gripais, a máscara deve ser usada também por todos dentro de casa. Não utilizar máscaras de pano em: – Crianças menores de 2 anos ou que possuam problemas respiratórios; – Pessoas incapacitadas de remover a máscara sem assistência

Se você se encaixa nos seguintes grupos: – Profissionais de saúde atuantes; – Pacientes suspeitos ou confirmados; – Pessoas que cuidam destes pacientes. Deve utilizar máscaras mais eficientes que a de pano!

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