Análise levou em consideração avaliação positiva e negativa

Nesta segunda-feira (10), Luiz Inácio Lula da Silva, 39º presidente do Brasil, completa 100 dias no mais alto cargo do país, pela terceira vez.

Tradição em regimes presidencialistas, os primeiros 100 dias são um período considerado crucial para os chefes de governo, uma vez que, nesse intervalo, os presidentes desfrutam tanto de popularidade quanto de impulso para definir a agenda para os próximos quatro anos e encaminhar mudanças legislativas no Congresso.

Medir o sucesso ou desempenho dos governantes não é uma tarefa fácil, mas nenhuma medida consegue captar melhor o sentimento do público do que a porcentagem de eleitores que aprovam ou rejeitam seu trabalho à frente do governo até aqui.

Para comparar o sentimento dos brasileiros, o JOTA converteu os números aferidos nas pesquisas de opinião em dois índices: positivo e negativo.

Assim, o índice de avaliação positiva representa a soma das taxas de ótimo e bom, enquanto o índice de avaliação negativa é a soma de ruim e péssimo.

A diferença entre os dois índices representa o saldo de aprovação do governo naquele momento. A lógica é simples: se há mais gente que aprova as ações do governo do que aqueles que reprovam, o índice é positivo, caso contrário se torna negativo (abaixo de zero).

Resultado da pesquisa

Com base nesses parâmetros, Lula tem hoje 8,2 pontos percentuais, o índice mais baixo já registrado nesse período de 100 dias por um presidente.

O ex-presidente Jair Bolsonaro vem em segundo, com 10,6 pontos, mas, ao final do primeiro semestre, ele chegou próximo a zero: 2,5 pontos percentuais de saldo de aprovação.

Fernando Collor, que naquele momento já vivia o desgaste popular com o confisco da poupança, exibia um saldo de aprovação de fazer inveja nos dias atuais: 24,5 pontos.

Os demais: Fernando Henrique Cardoso (FHC) tinha 26,2 pontos; Lula, 38 pontos, e, no topo da lista, Dilma Rousseff, com um saldo de 43,9 pontos.

Expectativa sobre Lula

Vale destacar que, no consenso das pesquisas realizadas em dezembro (antes da posse), 50% esperavam que Lula fizesse um governo ótimo ou bom.

O número sinalizava a Lula o menor índice de entusiasmo – ou expectativa positiva em relação ao futuro governo – entre todos os presidentes debutando mandatos: Collor (71%), FHC (70%), Lula (73%), Dilma (71%) e Bolsonaro (56%).

Hoje, Lula soma 39% de avaliação positiva, índice que o coloca apenas dois pontos acima de Bolsonaro, que tinha 37% de aprovação ao final dos primeiros 100 dias.

Desde Collor, todos os presidentes viram seus índices de apoio declinarem nos meses seguintes à posse. A única exceção vem do próprio Lula, que terminou o seu segundo mandato com um saldo de aprovação 2,4 vezes maior do que quando tomou posse: passou de 34 pontos para 82 em dezembro de 2010.

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