Uma fazenda de Campinas (SP) foi ocupada por cerca de 200 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na manhã desta segunda-feira (15).

A Prefeitura informou que o Grupo de Contenção a Ocupações Irregulares da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab) esteve no local para evitar a ação do movimento com o apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar.

Com escudos, os guardas formaram uma linha para forçar a retirada dos manifestantes. Os agentes entraram na fazenda e andaram em bloco até a rodovia.

Parte das famílias deixou o local em carros e outros saíram a pé. Eles ocuparam a Estrada da Servidão em frente à entrada da fazenda com pertences e faixas

O que diz a Prefeitura?

O grupo de contenção da Sehab foi até o local e deu um prazo para que os ocupantes deixassem a área. “Como não houve acordo com os ocupantes, foi necessária a intervenção da força policial para garantir a aplicação da legislação e consequente desocupação da área. Eles foram informados de que a invasão de propriedade é crime”, pontuou em nota.

O órgão informou que a contenção foi feita com base no decreto 16.920/2010, que trata de Controle de Novas Ocupações, Parcelamentos Clandestinos e Danos Ambientais no Município. O proprietário da fazenda foi notificado “e está ciente de que deve adotar as medidas administrativas para evitar ocupação irregular da área”.

No início da tarde, a pasta disse que “até o momento a administração municipal não foi acionada pelo proprietário da área para inclusão da fazenda como área urbana. A rua Ivan de Abreu Azevedo, endereço da Fazenda Santa Mariana, está na Zona de Expansão Urbana do município conforme a Lei Complementar n°207/2018”.

Em SP não vamos permitir invasões de terra, avisa Tarcísio

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse à CNN, na tarde desta segunda-feira (15), que o estado não vai permitir invasões de terra. “Não vamos permitir invasões em SP”, afirmou.

Em São Paulo, houve invasão em duas cidades: Agudos e Campinas. O governador informou que elas já foram desmobilizadas. “Temos sido rápidos nestas desmobilizações”, disse Tarcísio.

As invasões fazem parte do Abril Vermelho, onda de ações do MST pelo país.

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