O ex-presidente Jair Bolsonaro classificou nesta terça-feira, 29, como um erro ter dado uma medalha de “imbrochável” para o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), que foi candidato à prefeitura de São Paulo.
Na visão do ex-chefe de Poder Executivo, naquele momento Marçal ganhou notoriedade e começou a obter maior espaço entre os eleitores bolsonaristas.
“Como começou a onda Marçal? Há três meses ele queria falar comigo, eu conversei com ele. Só ele e mais ninguém. Até dei uma medalha para ele, onde eu errei. Ele saiu de lá e duas horas depois estava no jornal O Estado de S. Paulo que eu ia apoiá-lo e não o Nunes”, disse Bolsonaro em entrevista coletiva realizada há pouco no Senado.
Como mostramos mais cedo, Jair Bolsonaro esteve no Senado para discutir com a bancada do PL qual será o posicionamento do grupo em relação ao PL da Anistia, que será alvo de uma comissão especial na Câmara.
Durante a conversa com jornalistas, Bolsonaro também foi questionado se ele aceitaria uma filiação de Marçal ao PL. O ex-presidente foi taxativo: “Se depender de mim, não”.
A medalha de imbrochável
Em junho, antes do início do processo eleitoral, Pablo Marçal esteve em Brasília para discutir sua candidatura com líderes políticos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante o encontro, Marçal afirmou que Bolsonaro não iria apoiar a candidatura de Ricardo Nunes (MDB) à reeleição. Na ocasião, o empresário e coach foi agraciado com uma medalha de “ïmbrochável” pelo ex-presidente.
Dois dias depois, o ex-presidente deu para Ricardo Nunes (MDB) a sua própria medalha de ‘imbrochável’.
“Eu não tenho nada a falar no tocante a Pablo Marçal. Esteve conversando comigo por aproximadamente uma hora. E saindo dali apareceu uma matéria no ‘Estado de S.Paulo’ dizendo que eu não apoiaria o Ricardo Nunes. No dia seguinte, liguei para o ‘Estado de S.Paulo’ dizendo que houve algum equívoco. Alguém se equivocou neste percurso aí e eu estava fechado com o Ricardo Nunes. Continuo fechado com ele”, disse, na época, Bolsonaro.
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