Segundo a Bíblia, a morte de Jesus aconteceu como um sacrifício para a redenção dos pecados e salvação da humanidade. Por isso, a Sexta-Feira Santa é vista como um momento de reflexão, arrependimento e renovação da fé cristã e muitos fieis não trabalham neste dia.

Em 325 d.C, o Concílio de Niceia, presidido pelo Imperador Constantino e organizado pelo Papa Silvestre I, fabricou e consolidou a doutrina da Igreja Católica, como a escolha dos livros sagrados e as datas religiosas.

A palavra é originária do latim Sexta Feria, que significa “sexta feira”, e de mesma acepção existe em galego (sexta feira), mirandês (sexta) e tétum (loron-sesta). A Sexta-Feira Santa é uma data extremamente significativa para os cristãos, pois representa a crucificação e morte de Jesus Cristo, o Filho de Deus. De acordo com a narrativa bíblica, Jesus foi condenado injustamente pelas autoridades romanas e crucificado ao lado de dois criminosos.

O dia antecede o domingo de Páscoa, dia da ressurreição de Jesus Cristo. Conforme a narrativa bíblica, Jesus foi crucificado e morto, mas no terceiro dia ressuscitou, vencendo a morte. 

Para muitos, é uma oportunidade para pensar sobre os ensinamentos de Jesus e seu exemplo de amor, compaixão e sacrifício em favor do próximo. O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, neste dia especial de reflexão, preparou para você com exclusividade a visão diferenciada de cada religião para este dia. Confira ;

Para os Católicos

A Sexta-feira Santa, ou ‘Sexta-feira da Paixão’, é a Sexta-feira antes do Domingo de Páscoa. É a data em que os cristãos lembram o julgamento, paixão, crucificação, morte e sepultura de Jesus Cristo, através de diversos ritos religiosos. É o único dia em que a Igreja Católica não celebra missas em todo o mundo.

Na ocasião, é realizada uma ação litúrgica em memória à entrega de Jesus à humanidade. A chamada Adoração da Santa Cruz é um momento solene e sóbrio em que os fieis recebem a Eucaristia consagrada no dia anterior.

A Igreja se encontra sem flores e o altar sem a tradicional peça que o cobre. Na hora da comunhão, coloca-se as velas e a toalha no altar e retira-se logo após o ato.

A celebração inicia-se em silêncio, sem procissão de entrada. O presidente da celebração se prostra diante do altar e os demais ministros se ajoelham. Os ritos iniciais de costume são suprimidos e faz-se um instante de silêncio e recolhimento antes da oração do dia.

Segundo a tradição cristã, a ressurreição de Cristo aconteceu no domingo seguinte ao dia 14 de Nisã, no calendário hebraico. A mesma tradição refere ser esse o terceiro dia desde a morte. Assim, contando a partir do domingo, e sabendo que o costume judaico, tal como o romano, contava o primeiro e o último dia, chega-se à sexta-feira como dia da morte de Cristo.

A Sexta-feira Santa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo a primeira Sexta-feira de lua cheia após o equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.

Na Igreja Católica, este dia pertence ao Tríduo pascal, o mais importante período do ano litúrgico. A Igreja celebra e contempla a paixão e morte de Cristo, pelo que é o único dia em que não se celebra, em absoluto, a Eucaristia.

Por ser um dia em que se contempla de modo especial Cristo crucificado, as regras litúrgicas prescrevem que neste dia e no seguinte (Sábado Santo) se venere o crucifixo com o gesto da genuflexão, ou seja, de joelhos.

 No entanto, mesmo sem a celebração da missa, tem lugar, no rito romano, uma celebração litúrgica própria deste dia. Tal celebração tem alguma semelhança com a celebração da Eucaristia, na sua estrutura, mas difere essencialmente desta pelo facto de não ter Oração eucarística, a mais importante parte da missa católica.

A celebração da morte do Senhor consiste, resumidamente, na adoração de Cristo crucificado, precedida por uma liturgia da Palavra e seguida pela comunhão eucarística dos participantes.

Para os Espíritas

Para a Doutrina Espírita, não há a chamada Semana Santa, nem tão pouco a Sexta-feira Santa ou o Senhor Morto. A Sexta-feira Santa para o espiritismo é um feriado nacional e uma prática católica.

Os praticantes da doutrina consideram incoerente para eles comemorarem a data em Centros Espíritas ou alterar a programação dos Centros em virtude desse feriado católico.

Então, como é a Sexta-feira Santa no espiritismo?

O Espiritismo encara a Sexta-feira da Paixão como uma sexta-feira normal, como todas as outras, embora reconheça a importância dela para os católicos. Não há celebração alguma para o dia desse feriado.

Os espíritas não adoram o Senhor Morto. Não revivem a tragédia que Jesus foi levado pela precipitação humana. Para eles, Jesus vive e trabalha em prol da Humanidade. Eles acreditam no Cristo Vivo. Seguem os exemplos de Jesus, inclusive o da imortalidade.

Reencarnação

Na doutrina espírita, a morte é consequência do processo de reencarnação, que não tem nenhuma conotação especial a não ser a volta para o mndo espiritual. Portanto, para eles não há necessidade de se relembrar sempre com tristeza a data.

Os espíritas afirmam que Jesus falava a todos, reconhecendo a importância das reencarnações futuras, porque sabia que o povo ainda não poderia suportar sua mensagem.

O espiritismo defende a ressurreição de Cristo, mas a ressurreição do espírito através da reencarnação. O espírito reaparece em um novo corpo físico, sem nunca ter desaparecido. O fenômeno da morte do corpo físico liberta a individualidade pensante que é imortal e que vive e sobrevive ao trespasse do corpo.

A Sexta-feira Santa segundo o espiritismo é uma data em que o Mestre, em sua infinita bondade e misericórdia, se propôs viver, porque nós, espíritos ainda em evolução, não somos capazes de compreender apenas pelo amor.

Seria preciso que Jesus se fizesse homem entre nós, descesse do mais absoluto e elevado plano da Espiritualidade para se fazer humilde carpinteiro entre os homens cruéis e sem compreensão. Ao se fazer humano, o Mestre se fez humilde e piedoso. Dessa forma nos sentimos mais próximos Dele, conforme a doutrina.

Assim, sabemos que Ele esteve aqui, que conviveu com as misérias dos nossos corações viciosos e forjados no erro e mesmo assim, entregou-se ao testemunho de fé, para nos fazer compreender a maior lição de todos os tempos: a morte é apenas uma passagem.

A morte não existe. O que existe é o adeus ao corpo carnal. O espírito é eterno e é ao se desprender da matéria que começa a nossa Verdadeira Vida, nas moradas do Pai Celestial.

Assim, na questão da ressurreição, os espíritas acreditam que Jesus apareceu à Maria de Magdala e aos discípulos com seu corpo espiritual, que eles chamam de perispírito.

A Doutrina Espírita entende que não houve uma ressurreição corporal, física. Jesus de Nazaré não teria precisado quebrar as leis naturais do nosso mundo para firmar o seu conceito de missionário. A sua doutrina de amor e perdão é muito maior que qualquer milagre, até mesmo a ressurreição.

Em seu simbolismo, a Páscoa Cristã, para os espíritas, representa a vitória da vida sobre a morte. O sacrifício pela verdade e pelo amor. Jesus de Nazaré demonstrou que é possível executar homens, mas não se consegue matar as grandes ideias renovadoras, os grandes exemplos de amor ao próximo e de valorização da vida.

Eventos realizados pelos espíritas na Sexta-feira Santa

  • A Sexta-feira Santa no espiritismo é lembrada, mas não há uma atividade especial como as procissões católicas, por exemplo.
  • Os espíritas não adotam ritos, cultos ou formalidades. As atividades dos Centros Espíritas são grupos de estudo, grupos mediúnicos, atendimento fraterno.
  • Assim, durante a Sexta-feira Santa há uma rotina normal nas Casas Espíritas.
  • A intenção do Espiritismo frente a estas datas está no cumprimento dos ensinamentos morais que elas trazem. Para eles, nada adiantaria seguir a risca os rituais ensinados pela igreja se suas atitudes íntimas não são “santas”.
  • A Sexta-feira Santa no espiritismo, assim como a Páscoa, representa uma reflexão mediante a libertação espiritual, sendo um sentido bem mais amplo.
  • Os espíritas veem Jesus como um mestre por excelência, um educador que ensina como agir rumo ao sumo bem. Não seria o derramamento do sangue do Cristo que teria significado, mas toda sua trajetória.
  • A trajetória caracterizada pela Semana Santa para o espiritismo seria a desconstrução das verdades adotadas até aquela data.
  • Jesus inaugura uma nova fase pautada na compreensão de Deus que é Pai, Misericordioso, que acolhe os que sofrem e que não desampara. O próprio Jesus que traz como marca maior o servir e o amar ambos como exercício da humildade.
  • Para a Doutrina Espírita, Jesus desconstrói verdades recolocando em seu lugar outras. Por isto a humanidade não conseguiu suportá-lo.

Espíritas comem carne na Sexta-feira Santa?

Na Doutrina Espírita não há restrição à carne vermelha na Sexta-feira Santa ou em qualquer outra data. Eles consideram essa restrição uma prática de outra religião que eles respeitam, mas não adotam.

Para os Umbandistas

Enquanto isso, a sexta-feira Santa na Umbanda tem outro significado. Os Afro-umbandistas celebram o LOROGUN, que é quando os Orixás entram em guerra com o mal para trazer o pão de cada dia a seus filhos.

Os rituais da Umbanda também acompanham a Quaresma. Na Quarta-feira de cinzas, por exemplo, os Orixás da casa são vestidos e cada filho de santo lhes oferece a sua comida preferida. Os atabaques são lavados e guardados, e só são acordados no Sábado de Aleluia.

O que significa a Sexta-Feira Santa na Umbanda?

Para a Umbanda, a Semana Santa representa a criação do mundo, por isso, durante esse período, os Umbandistas se vestem de branco, principalmente na Sexta-feira Santa. Além da roupa branca, eles se alimentam somente com comidas dessa cor, como a canjica, arroz doce e pães. Esse é o dia em que os Orixás descem do Orún (mundo espiritual), para conhecer a grande criação de Olorum (Grande Criador, Divino, Deus criador de tudo).

Na noite de quinta para Sexta-feira da Paixão, os seguidores da Umbanda se protegem com seus contra-eguns. Eguns são espíritos que ainda não adquiriram um grau de consciência e muitas vezes ainda nem sabem que desencarnaram, e podem se tornar obsessores. Por exemplo, alguns se ligam a alguém encarnado para vivenciar seus vícios como álcool, droga ou sexo. Outros, por não quererem se afastar de um ente como esposa ou filho, sugam toda energia da pessoa, e ela fica como um vampiro zumbi, totalmente apática. O que acontece é que, nesta noite, Iansã está em guerra, e não pode afastar os eguns que estão rondando por aí.

A cerimônia da Umbanda

Na Sexta-feira Santa na Umbanda são oferecidos pratos a Oxalá, pedindo paz e prosperidade para o Terreiro e seus filhos seguidores.

A cerimônia de Fechamento do Corpo é feita na Sexta-Feira Santa na Umbanda, pois é um dia de grandeza energética do planeta. Nessa cerimônia, os guias espirituais se utilizam do magnetismo de ervas e alguns cristais, imantação solar e lunar e pemba (giz especial, fabricado com o pó extraído dos Montes Brancos Kimbanda e a água que corre no Rio Divino U-Síl) para fechar o corpo.

A pemba serve para riscar pontos nas pessoas e no chão, criando elos com o plano espiritual que emana vibrações, fluídos e energias diretamente no ponto riscado. Cada ponto tem seu próprio significado, mas só a Entidade que riscou o conhece.

Quanto à imantação nos centros de força, ela impede a ação de espíritos manipuladores de energia (eguns). Quando a entidade magnetiza o centro de força do médium, cria em volta dele um escudo que o protege, sempre respeitando a lei da sintonia, pois o médium continua com as conexões e afinidades que ele mesmo cria através de seu campo mental. Porém, o médium deve estar consciente de que, mesmo com o ”corpo fechado”, não está livre das sintonias que ele mesmo atrai, mas, se souber utilizar a carga energética adicionada aos chacras, com a imantação solar e lunar, ele pode dinamizar sua energia em um potencial incrível.

O objetivo do fechamento de corpo é deixar o médium preparado para todo tipo de trabalho. Milhões de espíritos são atraídos para tratamento, muitos deles sofrem, principalmente com a influência do vampirismo. Quando o médium passa por esse tratamento e está preparado, não absorve as energias desses espíritos durante os trabalhos de “descarrego”, protegendo o seu campo energético.

Para os Maçons

Ao contrário dos que muitos dizem, a maçonaria não é uma religião é sim uma associação que busca o aperfeiçoamento intelectual e social do homem e que realiza o seu intento dentro de uma estrutura que organiza em ritos, este são divididos escalonadamente em graus. São simbólicos ou filosóficos.

A visão de maior significado é que; para aqueles que levam suas vidas pelos caminhos de fé, amor e compaixão que Jesus nos mostrou, a Sexta-feira Santa. Foi neste dia que Jesus morreu, mas também é o dia em que fica marcado como o de Seu maior feito, o de Se deixar ser crucificado para nos salvar por toda a eternidade. Este gesto é único e não pode passar sem que nós façamos uma reflexão sobre seu significado e, por consequência, sobre nossas próprias atitudes.

Logo após, eles já visualizam a celebração da Páscoa que na tradição cristã ocorre no primeiro domingo após a Sexta-Feira da Paixão. São descartadas aqui, as interpretações profanas e comerciais desta celebração. Em uma concepção religiosa e simbólica, a designação mais adequada é Domingo da Ressurreição.

Segundo eles, a oração católica do Credo sintetiza este momento: “Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

A ritualística cristã do Domingo da Ressurreição representa o poder do Filho de Deus em ressurgir, ressuscitar ou retornar da morte à vida. Mas, os Maçons, também, não são filhos de Deus?

Sim, mas não com uma evolução necessária para se vencer a morte, mas com a disposição de combater, em vida, o que leva a ela. Não tratam apenas da inevitável extinção biológica, mas, da moral, da ética, dos bons costumes, enfim, da vida e do viver, que podem ter seu tempo reduzido se perdermos a consciência de que somos o resultado de nossas ações e pensamentos.

Segundo o livro “RITO ESCOCÊS RETIFICADO – MAÇONARIA CRISTÔ cujo autor é o Irmão Ricardo de Souza Uchôa, está claro, que nenhum Maçom vai ressuscitar, mas pelo seu relato eles tem a obrigação diária de renascer. 

O RENASCER MAÇÔNICO É O GERMINAR-SE A CADA INICIAÇÃO, É O RENOVAR SEUS VOTOS DIANTE DA AMADA, É REJUVENECER PARA ACOMPANHAR SEUS FILHOS, É REAPARECER À DISPOSIÇÃO DA LOJA, É NASCER DE NOVO COMO IRMÃO PARA SEUS IRMÃOS E, PRINCIPALMENTE, CORRIGIR-SE PARA SER PROTAGONISTA DE MUDANÇAS NA SOCIEDADE. 

Para os Evangélicos

A Sexta-feira Santa para os evangélicos é apenas mais um feriado do ano, onde aproveitam para pregar o evangelho de Cristo. Ao contrário do que ocorre entre os católicos, a Igreja Evangélica não altera sua programação devido ao período de Páscoa, nem estabelece um cronograma específico para a Semana Santa.

No entendimento dos protestantes, é necessário que o sentido da pascal seja debatido constantemente entre os cristãos. Esse é um dos motivos de eles não enfatizarem a Sexta-feira Santa.

Sexta-feira Santa para os evangélicos

Segundo os pastores, as práticas da Sexta-feira Santa realizada pelos católicos não trazem benefício espiritual, pois para obtenção do mesmo é necessário oração jejum e caridade todos dos dias.

No entendimento da Igreja Evangélica, o sentido bíblico da Páscoa vem sendo desvirtuado pela mídia e por grande parte da população cristã, sendo rica em simbologias pagãs. Entre as simbologias pagãs citadas pelos evangélicos estão o coelhinho da Páscoa e os ovos de chocolate.

O ovo e o coelho são símbolos que vieram dos antigos povos, como os egípcios e os persas. Nessas culturas, os ovos eram tingidos e dados aos amigos. Já os chineses usavam os ovos nas festas de renovação da natureza.

Para a Igreja Evangélica, esses símbolos pagãos tiram o verdadeiro sentido da Páscoa que é o sacrifício de Jesus Cristo. Outro ponto levantado pelos evangélicos para não celebrarem a Páscoa é que a comemoração realizada nos dias de hoje não se assemelha à Páscoa bíblica.

Para eles, a verdadeira Páscoa foi consumada quando Cristo foi crucificado na cruz. Portanto, não teria mais sentido a sua comemoração. A Sexta-feira da Santa segundo os evangélicos é uma celebração cultural.

Outro fator que leva os evangélicos a não celebrarem a Sexta-feira da Paixão é a incerteza sobre a data da morte e ressurreição de Cristo, já que o calendário usado na época era bem diferente do nosso calendário atual.

Eventos evangélicos na Sexta-feira Santa

Durante a Semana Santa, as celebrações evangélicas acontecem normalmente, não alterando suas rotinas. Conforme os pastores, a vida e o ministério de Jesus Cristo é relembrando constantemente, inclusive nesta semana.

As mensagens nos cultos costumam ser temáticas, enfatizando o ministério de Jesus Cristo. Também é celebrado o memorial da Ceia do Senhor. Esse é um período em que a Igreja Evangélica se utiliza para explicar às pessoas o verdadeiro significado da morte e ressurreição de Cristo, que deve trazer alegria e esperança a todos.

A Ceia do Senhor é celebrada mensalmente na Igreja Evangélica. Normalmente, ela ocorre no primeiro sábado ou no primeiro domingo de cada mês. Na celebração é representada a grande festa da vida, a esperança concreta para a salvação da humanidade perdida em seus pecados.

Na Sexta-feira da Paixão em si, feriado nacional, normalmente não há celebrações nas igrejas evangélicas. Os fiéis são liberados para aproveitar o feriado. Assim, eles costumam viajar, ficar com seus familiares e ter uma aproximação maior com o Senhor. É uma data em que há retiros de jovens, assim como os que são realizados no período de Carnaval.

Evangélicos comem carne na Sexta-feira Santa?

Na Sexta-feira Santa não é comum os católicos comerem carne vermelha. Mas para os evangélicos isso não faz parte da palavra de Deus. Para eles, o ato é uma cultura religiosa, inventada pelas pessoas.

Conforme os pastores, não há nada escrito na Bíblia que impeça de comer carne. O jejum é considerado algo muito pessoal. Assim, eles praticam o jejum bíblico que é atemporal. O jejum, segundo os evangélicos, traz consigo propósitos específicos e não ligados à tradição.

Para os membros da Igreja Evangélica, não é proibido comer nada. Segundo os pastores, o que prejudica o homem não é o que entra pela boca, mas sim o que sai dela. No entanto, os evangélicos não condenam os membros que só comem peixe no dia.

Páscoa Judaica

A Sexta-feira da Paixão para os evangélicos é uma tradição judaica. Assim, a Igreja Evangélica acredita que os protestantes não devem viver de acordo com a tradição judaica, já que para eles o cristianismo marca o tempo da graça.

Segundo os pastores, a própria Bíblia critica a tradição seguida pelos judeus. A Páscoa era celebrada pelos judeus no deserto, depois virou tradição. Para os evangélicos, não foram os cristãos que mataram Jesus, foi a tradição judaica. Jesus foi morto porque ultrapassou os limites dessa tradição.

A Igreja Evangélica ainda prega que a verdadeira Páscoa representa a passagem bíblica onde Moisés tira o povo de Deus da terra do Egito. No entanto, quando Jesus veio à terra, ele acabou com a tradição, substituindo a Páscoa pela Santa Ceia.

Sintetizando

Vivemos tempos difíceis, por isso precisamos, mais do que nunca, estar ligados em Deus. Independente da placa de igreja ou denominação religiosa vemos hoje a falta de amor, solidariedade e empatia entre as pessoas. “A empatia é a força mais poderosamente perturbadora do mundo, só fica atrás do amor.” A frase é da professora canadense Anita Nowak, que pesquisa esse sentimento.

Sem empatia, sobra intolerância, bullying, violência. Sem gastar um segundo imaginando como o outro se sente, de onde vem, em qual contexto foi criado, ao que foi exposto, sem se lembrar que cada um tem sua história e sem tentar entender como é estar na pele do outro, surgem os crimes de ódio, as discussões acaloradas nas redes sociais, o fim de amizades de uma vida toda. É preciso ter empatia para aprender que não existe verdade absoluta, que tudo depende do ponto de vista.

Em nosso ponto de vista, não adianta não comer carne vermelha neste dia e destilar olhos de sangue (ódio) pelo próximo, principalmente por questões políticas, ideológicas e partidárias. Não adiante fazer discurso de amor, quando o que domina o coração é o desejo odioso contra o próximo. Este dia serve para isto, reflexão sobre o que estamos plantando para um futuro não tão distante.

Que essa Sextafeira Santa você renove sua fé, sua esperança e transborde sua vida de amor. É Sextafeira Santa, tire um tempo para refletir e agradecer, pois foi pela morte de Cristo na cruz que Deus tornou possível que sejamos perdoados e trazidos de volta a um relacionamento com Ele.

DIRETO DO PLANTÃO DE NOTÍCIAS

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