A procura por máscaras cirúrgicas descartáveis e álcool em gel tem sido maior que a oferta de produtos nas farmácias e supermercados de Marília, nos últimos dias, por causa do coronavírus.

Em alguns comércios os produtos estão em falta há alguns dias e em outras os produtos são vendidos rapidamente e as prateleiras ficam vazias no mesmo dia.

O JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA entrou em contato com seis farmácias localizadas em diferentes pontos da cidade, mas a maioria na região central onde ficam as maiores lojas e em duas delas ainda é possível encontrar máscaras porém, em poucas quantidades, no entanto, o álcool gel não é encontrado em lugar nenhum.

O gerente de uma farmácia na Avenida Sampaio Vidal chegou a declarar que irá chegar mais, porém, com os preços lá em cima. Nossa reportagem entrou em contato com o coordenador geral do PROCON de Marília, Guilherme Moraes, o órgão está como sempre disponibilizando linhas para o que o consumidor possa efetuar as denuncias em caso de cobrança abusiva por parte de alguns estabelecimentos.

Nossa reportagem realizou uma pesquisa a questão de dois meses atrás quando o surto do COVID-19 ainda não havia desembarcado no Pais, e tampouco em nossa cidade. Na ocasião o frasco de 500 ml do álcool gel custava em média de R$ 6,85 á R$ 9,20 reais. Hoje, ele pode ser encontrado até no valor de R$ 25,00 reais. É preciso pesquisar e, em caso de cobrança abusiva, realmente denunciar.. Confira abaixo, a receita caseira que preparamos para você ;

Introdução:

Em razão do avanço e do surgimento de novas e devastadoras doenças, torna-se necessário que em todos os estabelecimentos públicos e privados, como pontos comerciais, estabelecimentos de serviços de saúde e de tráfegos (como aeroportos e rodoviárias), esteja disponível o álcool em gel, que é antisséptico e que se mostra bastante eficiente no combate dessas doenças. Apesar de não proteger contra novas contaminações, ele mata as bactérias já existentes nas mãos.

Isso é tão importante que até mesmo no Diário Oficial da União de Nº 205, de terça-feira, 26 de outubro de 2010, foi publicada a Resolução de nº 42, de 25 de outubro de 2010, que torna obrigatória a disponibilização de preparação alcoólica para fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país.

Portanto, muitas vezes esse produto se torna escasso nas prateleiras das farmácias e dos supermercados, ou seu preço se torna muito elevado. Assim, um modo alternativo de conseguir esse produto é fazê-lo em casa.

O professor de Química poderá também fazê-lo em sala de aula, ou de preferência em algum laboratório de Ciências que estiver disponível na instituição de ensino, juntamente com os alunos. Isso pode ser feito para transmitir vários conteúdos, um deles é o “grupo orgânico dos álcoois”.

Materiais e Reagentes:

  • Álcool etílico 96° GL – 70%;
  • Carbopol 676 – 0,720%;
  • Trietanolamina – 0,700%;
  • Água (quanto for necessário) – 100% (ou glicerina, que é usada somente para dar mais suavidade para as mãos, pois ela agride menos a pele);
  • Uma tigela de vidro (pode ser um béquer grande);
  • Um medidor de volume;
  • Colheres medidoras;
  • Batedor de ovo;
  • Um coador (ou peneira de malha fina);
  • Um funil;
  • Um recipiente de plástico para guardar o produto final;
  • Opcional: colorante vegetal e essência de aroma de sua preferência.

Inicialmente meça 65 mL de álcool etílico e 25 mL água (para que o álcool em gel adquira a intensidade de 70°GL (70%)) e coloque-os em uma tigela de vidro.

Utilizando o coador, peneire o carbopol sobre a tigela contendo o álcool e a água. Isso é necessário para retirar os grumos e pulverizá-lo completamente. É importante que se faça de modo bem lento e ao mesmo tempo deve-se bater o líquido do recipiente com um batedor de ovo.

Esquema dos passos da receita do álcool em gel.

Adicione algumas gotas de trietanolamina, agitando suavemente. Nesse momento note a textura do gel. Se estiver muito líquido, acrescente mais trietanolamina. Porém, se estiver muito grosso, você pode adicionar mais álcool e misturar o tempo todo com o batedor, até adquirir a consistência desejada.

Se você quiser que o álcool em gel tenha algum aroma ou cor de seu agrado é só acrescentar ao final do processo o colorante vegetal e a essência de aroma da sua preferência.

Com o funil, passe o álcool em gel pronto para o recipiente de plástico em que deseja guardá-lo e procure deixá-lo em local fresco para que o álcool não evapore.

Conclusão:

É importante se conscientizar sobre a importância de lavar as mãos corretamente e de levar consigo sempre o álcool em gel para que a completa higienização de suas mãos seja feita sempre que necessário; diminuindo, assim, a incidência de transmissão de vírus, fungos e bactérias.

IMPORTANTE

Estamos a confiar na Internet e, com o alerta social que está a ocorrer, existem muitas concepções erradas, receitas caseiras que não têm eficácia comprovada. A disseminação de tudo isso pode levar as pessoas a confiar em algo que realmente não tem eficácia comprovada contra o vírus ou que pode até ser prejudicial para a pele”, alerta os dermatologistas.

Segundo um informe da BBC divulgado agora pela manhã, a falta de álcool em gel e ingredientes necessários para produzi-lo, está a fazer com que surjam produtos com menor concentração de álcool ou fórmulas que não são eficazes. Portanto, até os comercializados podem estar adulterados em sua concentração com menos álcool que o exigido.

E Almirón alerta: “comecei a ver receitas e fórmulas, por exemplo, de óleos, combinações de ervas com misturas estranhas, cuja eficácia é altamente duvidosa”. 

Organizações sanitárias como os Centros de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos enfatizam que, para ser desinfetante, o gel deve conter uma concentração de pelo menos 60% de álcool.

Ruíz de Almirón ressalta que, se queremos usar álcool em gel, devemos procurar aqueles que já foram aprovados pelas agências reguladoras.

O especialista aponta ainda para a circulação online de uma receita que a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou no seu site “para a elaboração de formulações recomendadas para desinfecção das mãos”. Contudo, Almirón avisa, que essas são formulações especificamente direcionadas a profissionais de saúde em locais onde há acesso a produtos desinfetantes para as mãos.

a melhor maneira de se proteger contra o coronavírus é lavar as mãos com água e sabão com frequência, por pelo menos 20 segundos.

O uso de álcool em gel, refere, só deve ser uma opção quando sabão e água não estiverem disponíveis.

“Uma das características do coronavírus é que é um vírus que possui uma camada lipídica e, portanto, é relativamente sensível aos desinfetantes comuns”, salienta. “Então, basta lavar as mãos com água e sabão”. 


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