Segundo denúncia do Ministério Público, Nelsinho comandou esquema de fraude para desvio de mais de R$ 200 mil da prefeitura.

A casa voltou a cair pelos lados do homem forte do ex prefeito Mário Bulgarelli ( 2005 à 2011 ). Foi preso nesta quarta-feira (16) Nelson Virgílio Grancieri, o popular Nelsinho ex-chefe de gabinete e ex-secretário municipal da Fazenda de Marília.

Ele ocupou os cargos durante a gestão de Mário Bulgarelli e foi detido dentro da sua própria casa, uma mansão no bairro Vila Romana, na zona leste da cidade.

Apenas para recordar, anteriormente e ainda na gestão de Mário Bulgareli, ele havia sido preso pela Polícia Federal e ficou 14 dias detido na Cadeia de Garça, por envolvimento no caso que foi conhecido como mensareli do governo referido prefeito.

A denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) afirma que, entre janeiro e agosto de 2011, Nelson comandou um esquema de fraude para desvio de mais de R$ 200 mil da prefeitura.

A condenação de primeira instância no Fórum de Marília se deu na 3.a Vara Criminal, mas foi agravada após recurso do Ministério Público (MP) à 16.a Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo. O acórdão teria sido publicado em 2018 e desde então Nelsinho seria procurado para cumprimento da pena, mas nunca foi localizado nos endereços de Marília e outras cidades.

Segundo consta, ele foi acusado devido a concessão de autorizações para pagamento de cerca de 3 mil faturas emitidas por oficina mecânica da cidade, onde foram constatadas mais de 240 peças automotivas não utilizadas pela administração nem encontradas no estoque, bem como serviços. No total, teriam sido pagos mais de R$ 2,369 milhões.

O caso está relacionado as notas frias com gastos na oficina mecânica São Carlos, que época funcionava na Zona Sul de Marília. O dono da oficina, Reinaldo Fernandes e o então secretário municipal de Serviços Urbanos, e ex-vereador José Expedito Carolino, o popular Capacete também foram condenados pelas fraudes de mais de R$ 2 milhões com o esquema que foi amplamente divulgado pela imprensa regional.

A soma das penas, por crimes da Lei de Licitações, soma cerca de 7 anos no regime semiaberto. Pelo rito normal, o mesmo deverá após passar pela audiência de custódia se submeter a exame de corpo de delito, sendo encaminhado posteriormente à Penitenciária de Marília.

Nelsinho, como é conhecido, deve passar a noite desta quarta na carceragem da Central de Polícia Judiciária (CPJ) da cidade. A audiência de custódia ocorrerá nesta quinta-feira (17).

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