Levantamento do SITE Poder 360, com base em dados do Instituto Verificador de Comunicação (IVC), apontou uma queda média de 16,1% na circulação da versão impressa de 15 dos principais jornais do Brasil em 2022. A tiragem média diária dessas publicações somou 394.130 exemplares no final do ano passado.

Para efeito de comparação, em 2018 a tiragem total chegou a 843.231. Os números de 2022 equivalem a apenas cerca de 47% do total de quatro anos atrás. O levantamento analisou dados de circulação e tiragem dos jornais O Globo, Estadão, Super Notícias, Folha de S.Paulo, Zero Hora, Extra, Meia Hora, Valor Econômico, Estado de Minas, Correio Braziliense, O Tempo, A Tarde, Diário do Pará, O Popular e O Povo.

Das 15 publicações analisadas, 14 tiveram queda de circulação da versão impressa em 2022, em comparação a 2021. Os piores resultados foram de Super Notícia (que passou a circular em apenas um dia da semana), com uma queda de 37,5%; Folha de S.Paulo, que caiu 27,4%; e O Popular, que reduziu sua tiragem impressa em 26%.
O único jornal que viu a circulação de sua versão impressa crescer foi o Meia Hora, com um aumento de quase 15%.

Assinaturas digitais crescem

O Poder360 também analisou a situação das assinaturas digitais de 12 veículos em 2022. O número de assinantes digitais avançou quase 3% no ano passado, chegando a um total 1.115.895. Apesar do resultado positivo, esse avanço é o menor registrado desde 2018. As publicações que tiveram as maiores quedas são Extra (-69,1%), Correio Braziliense (-12,3%) e O Popular (-10,6%)

Assinaturas digitais crescem, mas ritmo é o menor desde 2018

O número de assinantes digitais de 12 tradicionais jornais brasileiros avançou 2,9% em 2022, atingindo 1.115.895. Os dados são do IVC (Instituto Verificador de Comunicação) e compilados pelo Poder360.

Apesar de ser um resultado positivo, foi o menor avanço desde 2018. O ano de 2022 se torna ainda mais dramático para os jornais tradicionais, pois a circulação impressa teve forte recuo, como vem sendo tendência já há mais de uma década.

Uma trajetória diferente em 2022 foi a do jornal mineiro O Tempo, que teve 42,1% de crescimento em seus assinantes digitais. Foi seguido pelo gaúcho Zero Hora, que registrou alta de 24,1%. O Super Notícia fecha o top 3, com avanço de 11,7%. As publicações que tiveram as maiores quedas foram Extra (-69,1%), Correio Braziliense (-12,3%) e O Popular (-10,6%).

Bruno Souza Leal, professor de jornalismo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), diz que o jornalismo brasileiro conversa “muito pouco com parte significativa da população do país”, que se informa “por meio de outros circuitos”, como redes sociais, fóruns e aplicativos de mensagem.

“As empresas jornalísticas seguem a reboque das transformações e avanços que se dão no mundo digital, sendo pouco ousadas nos seus movimentos de adequação às transformações em curso”, afirma Souza Leal.

Os 3 veículos de melhor desempenho na circulação digital se mantiveram em seus postos em 1 ano: O Globo, Folha e Estadão. Porém, dessa lista, só O Globo avançou (1,5%). Folha e Estadão perderam assinantes digitais. Dentre os 12 veículos selecionados pelo Poder360, o resultado foi positivo para metade (6).

O Poder360 optou por incluir 5 veículos de comunicação desde a última divulgação anual do levantamento, em 2021. Por esse motivo, o número total de 2015 a 2021 difere do que foi divulgado anteriormente. As versões digitais dos jornais O Povo, Meia Hora e Diário do Pará não são auditadas pelo IVC. Por isso, os 3 só aparecem no infográfico de circulação impressa.

Além da falta de capilaridade, o modelo de negócios está em crise. Souza Leal dá como exemplo de alternativa o New York Times. O professor afirma que o jornal norte-americano usa uma fórmula de “subsidiar o bom jornalismo através do oferecimento de conteúdo que atrai o público”, oferecendo serviços sobre culinária, jogos e dicas de saúde e bem-estar.

“Essas seções que não são jornalismos são as que mais atraem assinantes. E os assinantes constituem a maioria da receita do ‘NYT’, não mais a publicidade”, disse. Segundo ele, é a inversão da lógica do modelo de negócios que vigorava no século passado. E esse aproveitamento, de acordo com ele, alimenta o jornalismo: “O ‘NYT’ se gaba de não ter reduzido sua Redação e de continuar produzindo jornalismo de boa qualidade”, afirmou. Para o jornalista, o negócio não se sustentaria se não fossem os serviços não jornalísticos –que têm cada vez mais importância na receita da publicação nova-iorquina…

Carlos Eduardo Lins da Silva, professor e pesquisador do Insper, avalia que a diversificação de receitas é uma das soluções para impulsionar o mercado jornalístico, mas também defende que os veículos tenham “presença mais estável” nas várias faixas sociais. “Uma maior capilaridade, ou seja, uma presença mais estável em determinadas faixas sociais, é fator decisivo para a sobrevivência das mídias, pondo em questão o jargão ‘mídia voltada para as classes A e B’. Não há uma solução óbvia nem previsível e será a história que dirá quais caminhos e estratégias adotados serão eficazes”, declara Lins da Silva.

VALORES: VALOR ECONÔMICO É O + CARO

O Poder360 compilou os valores de assinaturas dos jornais em 30 de janeiro de 2023. No on-line, o Valor Econômico, do Grupo Globo, encabeça a lista dos mais caros: R$ 19,90 nos 6 primeiros meses e R$ 60,90 a partir do 7º. O Extra, do mesmo grupo de comunicação, vem em 2º: R$ 0,99 nos 3 primeiros meses e sobe para R$ 29,90 a partir do 4º mês de assinatura. O combo digital + impresso custa R$ 79,90, mas é atualizado para R$ 134,90 no 7º mês.

METODOLOGIA DO IVC…

O IVC realiza a auditoria de empresas, de forma independente, que atendem procedimentos especificados nas normas técnicas do instituto. Para auditar o impresso, o IVC usa as métricas de circulação das publicações. No digital, considera documentos impressos e eletrônicos que comprovam a existência da edição, além de dados cadastrais de assinantes. A entidade é mantida por meio de mensalidades pagas por empresas associadas.

NOSSA OPINIÃO

Diante desta importante pesquisa, fica evidenciado na realidade a queda na autenticidade do jornalismo. O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, desde o início da pandemia, agiu de forma cirúrgica e após minuciosas pesquisas de mercado, principalmente no continente europeu e intensas reuniões de nosso conselho editorial, implantamos de forma pioneira, O PRIMEIRO JORNAL DIGITALIZADO DO INTERIOR PAULISTA.

A tecnologia utilizada é a PDF-FLIPBOCK que possibilita ao leitor folhear cada página na tela do seu celular como se estivesse a manusear o JORNAL IMPRESSO. Paralelo a isto, disponibilizamos em nosso SITE, a versão impressa para quem deseja imprimir alguma matéria de interesse.

Mais importante que tudo isso, é oferecer um JORNALISMO DE QUALIDADE E COM CONTEÚDO DIFERENCIADO, sem menosprezar os concorrentes, que na realidade são grandes companheiros de jornada. Na realidade, o que realmente faz a diferença é o atual momento do point das redes sociais que estimula uma competição que está gradualmente matando o jornalismo.

Se prestarmos atenção, a maioria hoje ao detectar uma informação, primeiro se preocupa em postar primeiro desesperados atrás dos likes, depois se houver algo errado, correm atrás do que realmente é verdade. Se houver erros, corrige depois. Acabou aquele tempo em que se checava uma informação em duas ou três fontes e até mais. BOM, PARA NÓS NÃO. AQUI CHECAMOS TUDO ANTES DE POSTAR. A verdade dos fatos, acima de tudo, até mesmo dos números no analítico do Google. NOSSO FOCO É A CREDIBILIDADE.

Paralelo a isto, está a perda da identidade própria de cada um. Hoje é normal encontrar veículos de comunicação com mega estrutura bancadas pelo dinheiro público em troca do silêncio e da omissão ou da divulgação de notícias que interessam a este ou aquele grupo político. Às vezes são informações que mais se identificam como nota oficial, descaracterizando totalmente o talento de cada jornalista. Outros, são reféns de migalhas para a própria sobrevivência, sem se preocupar com o conteúdo de seu SITE ou impresso.

Infelizmente, o resultado está aí. O jornal impresso está despecando já há anos, porém, não se trata de um processo de migração para o digital, mas sim, de uma nova geração seletiva de leitores que sabe discernir o joio do trigo. O eleitor de hoje, busca informação de verdade e não noticias manipuladas, prova é dos números também no jornalismo digital.

Quanto a isto, somos gratos você leitor(a) que reconhece o nosso empenho, a nossa dedicação, transparência, imparcialidade e acima de tudo a prática de um jornalismo sério, sem sensacionalismo, mas em busca de uma verdade, custe o custar, pese a quem tiver que pesar. No atual momento em que vivemos, ESTE TIPO DE JORNALISMO INDEPENDENTE, é perseguido, trapaceado e bloqueado, mas mesmo assim, seguimos na trincheira, firmes e fortes, pois nosso COMPROMISSO É COM VOCÊ LEITOR (A), pelo menos até o dia em que ainda tivermos voz, digo, teclado.

DIRETO DA REDAÇÃO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.