LAMENTÁVEL. Esta é a palavra para definir uma ocorrência ocorrida no último dia 10, (quarta-feira), quando uma criança de APENAS 11 ANOS, atentou contra sua própria vida ingerindo 15 cápsulas de uma medicação psicotrópica por estar sofrendo bullying há algum tempo na escola SESI de Marília.

Antes de mais nada, O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, se antecipa a esclarecer que a divulgação desta matéria se desvincula de qualquer interesse sensacionalista ou político. Ao tomarmos ciência do caso, focamos em primeiro lugar a dar um atendimento e direcionamento a família.

Posteriormente, buscamos todos os canais e meios para tentar solucionar o caso. Basta checar a data da ocorrência e o dia da publicação desta matéria. O objetivo da divulgação é exclusivamente para conscientizar a sociedade sobre os riscos deste mal dos últimos tempos chamado BULLYING, que vitimiza crianças, adolescentes e até adultos não só em escolas, mas no comércio, repartições públicas e outros locais. ESSE MAL PRECISA SER COMBATIDO SEVERAMENTE.

Voltando ao caso, a menor de 11 ANOS, I.H.E.R.P, após entrar em um processo de pré-coma devido à sonolência, efeito da carga de medicação tomada de uma só vez, sofreu uma lavagem gástrica e ficou internada para observação, recuperação e acompanhamento. NÃO FOI A ÓBITO POR MILAGRE DE DEUS.

Como tudo aconteceu

Deboches, humilhações, preconceito, rejeição e piadinhas de mal gosto que resultaram em lágrimas, destruição da autoestima e automutilação, culminando com um ato de desespero que quase lhe custou a vida.

A menor, além das marcas pelo corpo, demonstra danos emocionais sem precedentes por momentos que teria sido obrigada a passar e suportar calada, conforme os laudos que chegaram as nossas mãos. Um silêncio ensurdecedor que ocorria sem qualquer observação.

I.H.E.R.P, tem APENAS 11 ANOS e a situação e os motivos dos deboches e do bullying, contrastam com a admiração do cantor Eduardo Costa que em sua apresentação em Marília se encantou pelos traços da menor, comentando sobre sua rara beleza com um futuro promissor pela frente, principalmente na área das passarelas e do meio artístico. Confira os momentos;

As palavras de encantamento e estímulo para a pequena Isa, por pouco não se foram terra abaixo. Um laudo comprova que a mesma ingeriu cerca de 15 cápsulas de uma medicação psicotrópica, por estar cansada de sofrer bullying na escola. Para acrescentar solicita urgente acompanhamento psicológico e psiquiátrico, na qual a família não tem condições de custear.

Ao tomar conhecimento do fato, nossa reportagem se deslocou até a unidade hospitalar e conversou com a mãe, Juliana Eleutério, que bastante emocionada e em prantos relatou o que tinha ocorrido com riqueza de detalhes;

JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA; Juliana, o que realmente aconteceu?

JULIANA (MÃE): O fato aconteceu na última quarta-feira, mas minha filha vem sofrendo bullying faz tempo, não é de agora. O fato também ocorre com meu outro filho que é autista, porém o coordenador Márcio tem acompanhado mais de perto. Minha filha não aguentando mais tomou mais ou menos uns 15 comprimidos de uma medicação na qual faço uso. Logo depois ela começou a passar mal e procurou o pai dela relatando que estava passando mal, com tremedeira e o coração batendo acelerado.

JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA; Qual a medicação que ela teria ingerido?

JULIANA (MÃE): Fluoxetina.

JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA: E o que aconteceu na sequência?

JULIANA (MÃE): Nós percebemos que realmente ela não estava bem e corremos levando direto na Prontomed. No caminho ela ainda conseguiu balbuciar umas palavras dizendo que desejava acabar com essa dor e que não aguentava mais tanto sofrimento e humilhação. Chorando, ela relatou que as crianças ficavam zoando ela, por ser magra, ter um problema no pé e pela sudorese intensa devido à alergia que ela tem. As crianças têm nojo de pegar na mão dela. É muito constrangedor…

JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA: Antes disso ela não apresentava nenhum sinal do que estava acontecendo?

JULIANA (MÃE): Bom, no dia 15 de junho ela apresentou um monte de cortes nos braços. Eu fui em uma reunião de classe do meu filho e comentei o caso com o coordenador Márcio sobre o caso de minha filha e ele ficou de averiguar e entrar em contato com a coordenadora do setor para me retornar, mas ninguém me ligou e nem retornou. Logo chegou as férias e amorteceu o assunto. Ocorre que esses dias ela perguntou quantos dias faltava para acabar as férias e eu mencionei uns 20 dias. Ela me respondeu que não via a hora disso tudo acabar, porque não aguentava mais a escola e nem os alunos. Eu respondi para ter calma, que no retorno das aulas estaria procurando a coordenadora para dar um jeito na situação. EU NÃO IMAGINAVA QUE A SITUAÇÃO ESTIVESSE TÃO GRAVE ASSIM.

JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA: Ela nunca apresentou nenhuma atitude que despertasse a sua atenção?

JULIANA (MÃE): Eu comecei a perceber que toda sexta-feira, ela passava mal, referindo, forte dor de cabeça e faltava na escola. Só depois fiquei sabendo que neste dia há aula na piscina e os alunos tinham nojo de entrar na piscina quando ela entrava, devido à alergia que ela tem e às vezes saem umas bolinhas que não é nada contagioso.

JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA: Você tem conhecimento das campanhas de conscientização e combate ao bullying promovidos pelo SESI ao longo dos anos?

JULIANA (MÃE): Sim. Não vou negar. Existe, sim, campanhas com cartazes desde o 1º ano, no entanto, isto continua acontecendo em larga escala sem maiores providências por parte da direção. Para você ter uma ideia, minha outra filha de 21 anos passou pelo mesmo problema. E mais, estou entregando a vocês diversos áudios e print’s de diversas mães relatando o mesmo problema e com as mesmas reclamações. Não é só comigo e não foi só com minha filha. Só que ela não aguentou mais. Cada criança reage de uma maneira. Ainda bem, por Deus que ela não se foi, não sei o que seria de mim…

JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA: Como você analisa a situação?

JULIANA (MÃE): Eu acho assim; a direção da escola deveria se reunir com todos os pais para discutir o assunto de forma específica. Colocar policiamento ou seguranças no interior da escola, dando orientações e repreendendo quando fosse necessário. Isso é doloroso demais para uma criança e deixa sequelas para toda a vida.

JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA: Qual o estado da sua filha agora?

JULIANA (MÃE): Ela sente dores abdominais ainda. Picos de tremedeira e está profundamente tristonha. O pior é que eu não sei quando isso vai passar. Qual será sequela? Então que isto sirva de alerta para todos os pais, por esta razão chamei a reportagem. Isto não pode continuar e não é só com minha filha, mas todas as crianças, eu falo por todas.

A defesa do caso

Nossa reportagem também manteve contato com o escritório de advocacia que se sensibilizou com o caso e se propôs a defender os interesses da mãe e principalmente da criança. Dra. Alessandra Damasceno e Dra. Lais Rocha estarão à frente do caso e futuramente estarão falando a respeito do assunto, após a averiguação dos fatos.

“É um caso grave envolvendo uma criança e merece toda a nossa atenção e preocupação. Há meses o fato vinha ocorrendo, a família sofrendo e não houve nenhuma providência da escola, mesmo tendo sido comunicada a respeito do assunto. A menina não aguentou a pressão e tentou o suicídio da forma como aconteceu. Esperamos que o fato não ocorra com outras crianças, porque hoje o Brasil é o segundo pais em casos de bullying no mundo e então se torna uma matéria bem séria, que tem que ser vista e analisada com muita dedicação e peculiaridade, pois estamos falando de crianças e esta e a nossa preocupação no momento” finalizou Dra. Alessandra Damasceno.

O outro lado

Dentro da tradicional imparcialidade do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, procuramos também ouvir a direção, coordenação e secretaria escolar para um pronunciamento oficial pelo lado da instituição de ensino que ao longo dos anos sempre prestou relevantes serviços nas mais diversas áreas na cidade de Marília. Em resposta, a assessoria de imprensa divulgou a seguinte nota;

NOTA OFICIAL
O Sesi-SP repudia qualquer tipo de violência e dispõe de uma série de programas de conscientização e prevenção de bullying. A escola possui uma supervisão de psicologia com profissionais preparados para atuar nesses casos. A gestão escolar recebe formação específica para mediar conflitos dentro da escola, assim como os inspetores, tem formação sobre comunicação não violenta. As competências socioemocionais são trabalhadas dentro do currículo e os casos registrados são monitorados de perto por uma equipe especializada. 
Em relação ao lamentável episódio, assim que o Sesi-SP tomou conhecimento, entrou em contato com a família convidando-a para uma reunião. Não há histórico declarado de bullying na vida escolar da aluna, bem como não há registro de busca por atendimento psicológico por parte da estudante ou de sua família.
O Sesi-SP se solidariza com a família e está pronto para prestar todo tipo de apoio que esteja ao alcance da comunidade escolar.

Bullying

Bullying é uma prática sistemática e constante de agressões e intimidações cometidas por uma pessoa ou grupo contra um indivíduo, causando danos, principalmente, a suas vítimas.

Bullying é uma prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e psicológica, tais como intimidação, humilhação, xingamentos e agressão física, de uma pessoa ou grupo contra um indivíduo. A prática do bullying geralmente acontece no ambiente escolar e pode provocar danos psicológicos sérios em suas vítimas.

O que é bullying?

A palavra bullying tem origem na língua inglesa e contém o radical bully, que significa valentão. O sufixo -ing (acrescido ao prefixo bully-) denota continuidade, constância, o que nos ajuda a entender com maior precisão o significado do termo referido.

Tal prática é caracterizada por constantes agressões, que podem ser de ordem físicaverbal e psicológica (geralmente ocorrem as três juntas), em que um indivíduo ou um grupo humilha, xinga, expõe e agride um outro indivíduo. Só podemos chamar de bullying o comportamento sistemático e constante, de modo que episódios isolados de agressão física ou verbal não são caracterizados dessa forma. Classificamos como bullying um comportamento desenvolvido por crianças e adolescentes, sendo que, entre os adultos, a prática similar a isso é chamada de assédio moral.

O bullying acontece de diversas maneiras: pode ser expresso por apelidos vexatórios e sistematicamente utilizados, pela perseguição à vítima, pela humilhação da vítima diante de um público, pela exposição da vítima por suas características físicas ou psicológicas, chegando, em muitos casos, a agressões físicas que podem provocar lesões corporais.

Cleo Fante, estudiosa do assunto, afirma, em matéria publicada na revista Super Interessante, que, até a década de 1970, a sociedade não via o bullying como um problema, mas como uma fase normal do desenvolvimento infantil|. Infelizmente, algumas pessoas ainda mantêm a mentalidade retrógrada de encarar o bullying como uma brincadeira ou um comportamento social normal, em que uns são dominados por serem mais fracos e outros são dominantes por serem mais fortes. Esse comportamento negligente de algumas famílias e, às vezes, até de profissionais da educação pode provocar na vítima a sensação de impotência e a crença de que o erro está nela, que não consegue defender-se sozinha.

As crianças e adolescentes que praticam o bullying procuram alvos fáceis, normalmente crianças menores e sem comportamento agressivo. Não podemos simplesmente julgar e condenar esse tipo de comportamento quando se trata de menores de idade, pois geralmente ele se revela em pessoas que passam por problemas emocionais e psicológicos que, muitas vezes, originam-se no ambiente familiar.

Bullying escolar

O ambiente em que os casos de bullying mais se manifestam é a escola, e há uma razão sociológica para isso: a escola é o ambiente em que as crianças e os adolescentes passam grande parte do seu dia e convivem diariamente uns com os outros.

Como ocorre na sociedade extraescolar, o ambiente escolar comporta a formação de grupos sociais e, muitas vezes, cria, entre os estudantes, situações de hierarquia com base na força ou na aceitação que um indivíduo tem do grupo. Isso não isenta outros ambientes da prática do bullying, como o condomínio ou a vizinhança.

Na comunidade escolar em que grupos dominantes cristalizam-se como padrões de aceitação, os grupos que não se enquadram nesses padrões acabam excluídos e podem conter vítimas de bullying. Normalmente, os padrões estabelecidos nas relações sociais escolares, sobretudo entre adolescentes, são formados com base nas características físicas e no grau de popularidade e aceitação que os indivíduos têm dentro do grupo.

Aquelas pessoas consideradas mais populares ou “descoladas” tornam-se a referência para o comportamento social, e aqueles que não se enquadram nesse padrão são considerados “estranhos” ao grupo. Daí surge o comportamento humilhante e vexatório por parte dos que se consideram normais ou populares contra os que eles mesmos consideram estranhos por não se enquadrarem nos parâmetros estabelecidos.

Além da violência psicológica, o bullying pode chegar à violência física, em que alguns indivíduos agridem suas vítimas, normalmente crianças ou adolescentes menores e mais indefesos. Em todos os casos, cabe aos profissionais da educação coibir qualquer prática violenta que ocorra dentro do ambiente escolar.

Alguns casos emblemáticos e extremos fazem-nos refletir sobre o papel da escola em relação à prática do bullying. Mencionaremos aqui ao menos três casos em que essa prática pode entrar como um elemento causador de atos extremos de violência em ambientes escolares.

Devemos lembrar que as associações possíveis entre o bullying e os casos podem apresentar, às vezes, contradições, visto que tal prática é uma forma de violência sistemática e recorrente. Ainda assim, algum tipo de ato violento contra os jovens que praticaram as ações extremadas e criminosas pode ter ocorrido.

Consequências do bullying

O bullying pode trazer diversas consequências em suas vítimas. Normalmente, as agressões e a exclusão do grupo levam o indivíduo que sofre a um quadro de isolamento social. Devido aos maus tratos e ao sentimento de não pertencimento ao grupo, a vítima vê-se como alguém estranho, diferente e que não pertence àquele local. A partir daí, inicia-se um quadro de isolamento que a faz querer sair daquele lugar para escapar de seus problemas.

Ao não conseguir escapar e não encontrar apoio entre os amigos (muitas vezes as vítimas não conseguem desenvolver laços afetivos no seu ambiente social por conta das agressões) e os familiares (normalmente elas não comentam o que se passa com a família por medo), o quadro de isolamento começa a causar danos psicológicos que podem levar à depressão, ao transtorno de ansiedade, à síndrome do pânico e a outros distúrbios psiquiátricos, além de gerar traumas que acompanharão a vítima por toda a sua vida se não tratados adequadamente.

Algumas vítimas do bullying que desenvolvem distúrbios psiquiátricos ou que se encontram momentaneamente abaladas psicologicamente podem procurar válvulas de escape, como as drogas e o álcool, na fase em que as agressões estão ocorrendo ou na fase adulta para lidar com os traumas deixados. Também pode acontecer de o indivíduo desenvolver um comportamento violento e repetir as agressões que sofreu com outras pessoas. Nos casos extremos, a vítima encontra no suicídio a única saída momentânea para lidar com o seu sofrimento.

Como identificar o alvo do bullying

As vítimas mais comuns do bullying são pessoas que não se enquadram no padrão aceito como normal para a sociedade, que é repetido e intensificado dentro do universo adolescente. Características físicas, sociais e comportamentais são levadas em conta para produzir as agressões, que podem dar-se por conta da etnia, do peso, da altura, da condição socioeconômica, da orientação sexual, de problemas de fala e dicção, pela dificuldade de aprendizagem etc.

É necessário que as famílias e os profissionais da educação estejam atentos ao comportamento das crianças e dos adolescentes para que identifiquem as possíveis vítimas de bullying. Se a criança ou adolescente começar a apresentar um quadro de isolamento, introspecção e agressividade, os familiares devem investigar para saber a causa. Se os profissionais da educação perceberem as agressões, devem agir de maneira a encerrar a prática do bullying sem expor a vítima e oferecer a ela apoio emocional.

Como solucionar esse problema social?

Os melhores meios de combate ao bullying são a conscientização e o diálogo. Conversas dos pais e das mães com seus filhos e filhas, campanhas de conscientização nas escolas e diálogo dos profissionais da educação com os estudantes são as melhores formas para acabar com essa prática.

Quando identificado o bullying, é necessário que se converse com as vítimas para oferecê-las apoio emocional, e também com os agressores, a fim de descobrir o motivo das agressões e conscientizá-los dos danos que eles podem causar ao outro.

A família dos agressores também deve agir para que o quadro de agressão não se repita e, em hipótese alguma, deve-se utilizar da violência para coibir a prática do bullying, pois o efeito pode ser oposto ao desejado. Ciomara Schneider, psicanalista de crianças e adolescentes, afirma que os pais devem estar atentos aos jovens e sempre manter o diálogo e a comunicação com eles para evitar que ocorra qualquer tipo de situação de agressão sistemática.

Lei sobre o bullying escolar

A fim de coibir a prática do bullying, que se tornou um problema do cotidiano escolar, a Lei 13.185, de 6 de novembro de 2015, foi sancionada e entrou em vigor em fevereiro de 2016.

Essa lei institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bullying), que preza pela conscientização e pelo diálogo para acabar com a prática do bullying, criando campanhas, oferecendo apoio às famílias e evitando punições aos agressores, pois a lei entende que a conscientização é o meio mais efetivo para acabar com as agressões.

A lei estabelece o que é bullying (práticas recorrentes de perseguição, intimidação, ridicularização e agressões físicas ou verbais em ambientes físicos ou virtuais) e impõe uma série de medidas, que, além das campanhas de conscientização, visam criar uma complexa rede de apoio que envolve o poder público (por meio do Ministério da Educação e das secretarias estaduais e municipais de educação), a classe docente, os gestores escolares e as famílias.

Essa rede visa capacitar os agentes da educação e os pais para lidarem com o assunto, além de oferecer apoio psicológico, educativo e judicial aos jovens que praticam e sofrem bullying, em conjunto com as suas famílias. O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA acompanha o caso.

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