Fica cada vez mais evidenciado que a cidade de Marília infelizmente não possuí poder de expressão e liderança política. É preciso ficar claro, que obter recursos para entidades e hospitais é algo que já consta no orçamento estadual, bastando apenas a transferência ou alocação.
As grandes conquistas são notadas quando algo fora do script ocorre, como por exemplo: o fato utópico da encampação da Famema para uma das universidades estaduais, o retorno do comando do batalhão da policia militar para nossa cidade, a implantação de uma unidade do BAEP, a tão aguardada e necessária unidade da AME+ e tantas outros exemplos.
As grandes conquistas comemoradas apenas por aqueles que possuem o acesso ao chave do cofre, são as três praças de pedágio que serão inauguradas nos próximos dias, sacrificando ainda mais o trabalhador que se desloca de sua cidade de origem para trabalhar em Marília.
A desfaçatez se consolida com o novo ato político do governador João Dória que está adotando uma nova estratégia de ação transformando “algumas cidades polo” como regiões metropolitanas. Fique tranquilo caro mariliense, porque para variar, nossa cidade mais uma vez não será contemplada, quer dizer, será mas, com o premio de consolação daquilo que o governo chama de “aglomerado urbano”, tipo, segunda divisão.
Estava programado recentemente a visita do excelentíssimo a nossa cidade, mas, por razões ainda não explicadas, o mesmo cancelou a agenda de Marília, mas, esteve em Araçatuba concedendo o titulo para a cidade que fica na região noroeste do estado.
Araçatuba seria a sede da aglomeração por sediar serviços como a Justiça Federal, Advocacia Geral da União, Defensoria Pública, Procuradorias Estadual e Federal, Diretoria Regional de Saúde, Diretoria Regional de Ensino, Divisão Regional do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Unidade Regional Secretaria da Fazenda, IBAMA, Cetesb (Companhia Ambiental do Estado), CPI-10 (Comando de Policiamento do Interior) e Polícia Federal, entre outros órgãos.
O estudo da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) identificou também novas regiões próximas à A.U. Araçatuba e que serão apresentadas em futuras audiências, como a região de Andradina e Penápolis.
Fato é que, o governador João Doria assinou nesta sexta-feira, 18 de junho de 2021, projeto de lei que autoriza a criação da região metropolitana de Piracicaba, no interior paulista.
O PL agora seguirá para a Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
Pela proposta, serão 25 municípios a integrar a região: Águas de São Pedro, Analândia, Araras, Capivari, Charqueada, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Elias Fausto, Ipeúna, Iracemápolis, Laranjal Paulista, Leme, Limeira, Mombuca, Piracicaba, Pirassununga, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Cruz da Conceição, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro.
Com a criação da região metropolitana de Piracicaba, será possível, por exemplo, criar políticas públicas mais integradas em áreas como saúde, educação, transportes e cultura. Na área de transportes, por exemplo, a gestão seria unificada.
Se a mudança ocorresse hoje, por se tratar de região metropolitana, a ligação entre estes municípios passaria a ser de responsabilidade da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), como ocorre com a regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas, Baixada Santista, Sorocaba e Vale do Paraíba/Litoral Norte.
Entretanto, a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) aprovou em outubro de 2020, a lei 17.293/20, fruto do Projeto de Lei – PL 529, de autoria da equipe de Doria, que autoriza o fim de empresas e autarquias públicas, dentre as quais, a EMTU.
A proposta é que as atribuições da EMTU, submetida à Secretaria dos Transportes Metropolitanos, passem para a Artesp (Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados de Transportes), que, por sua vez, integra a Secretaria de Governo, comandada pelo vice-governador, Rodrigo Garcia, apontado como possível candidato ao Governo do Estado em 2022, caso Doria vença as prévias no PSDB para disputar a Presidência da República.
Em 14 de maio de 2021, o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, anunciou oficialmente sua saída do DEM para o PSDB, mesmo partido de Doria. Garcia estava há 27 anos no DEM.
No mesmo mês de aprovação pela Alesp do projeto que autoriza a extinção da EMTU, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, pasta que perderia a gestão das linhas de ônibus, disse que a transição para a Artesp deve durar até três anos.
