Foi como um passe de mágica, ou, como um teatro já previamente ensaiado. O usuário do transporte coletivo amanheceu já com a novidade visto que alguns veículos de comunicação radiofônica acabaram por divulgar. A passagem dos ônibus urbanos de Marília subiu. A tarifa que custava R$ 3,80 e passará a custar R$ 4,50, conforme publicação no Diário Oficial neste sábado (10).

Em um clima pacífico e tranquilo os motoristas da Grande Marília aceitaram o parcelamento salarial proposto pela empresa e voltaram ao trabalho neste sábado (10). Os ônibus que ficaram sem circular por 4 horas na 5.a feira (8) e não deixaram a garagem da empresa ontem, tornaram a circular normalmente no dia de hoje.

Segundo Josué Mattos, a Assembleia conduzida pelo sindicato da categoria na madrugada apresentou a nova proposta da empresa: quitar os 70% restantes do salário de março em duas parcelas iguais de 35%, sendo a primeira na 2.a feira (12) e a outra dia 23. Os trabalhadores acabaram aceitando, e, tudo volto como antes na terra de Abrantes.

O novo valor começará a ser cobrado nas catracas a partir do dia 30 de abril, já que o decreto assinado pelo prefeito Daniel Alonso entra em vigor somente 15 dias úteis após a sua publicação.

Os motoristas estavam em greve desde a última quinta-feira (8) por terem recebido somente 30% de seus vencimentos. A Grande Marília divide o serviço de transporte coletivo da cidade com a Viação Sorriso, ficando responsável pelo atendimento das linhas que servem bairros da zonas Norte, Leste e parte da Oeste ( JD. Bandeirantes ).

Em nenhum momento, pelo menos até agora, administração exigiu nada das empresas, ou seja, não foi colocada nenhuma imposição no que diz respeito a volta dos carros nas linhas que foram suprimidas, o fim das aglomerações nos horários de pico, a manutenção permanente de álcool gel no interior do ônibus e totens espalhados pelo terminal e a colocação de pelo menos um túnel de higienização.

Com isso, a cidade de Marília passa a ter uma das tarifas de transporte coletivo mais caras do estado de São Paulo de acordo com a quilometragem rodada. Para se ter ideia, a tarifa na capital paulista sai ao custo de R$ 4,40.

É no mínimo estranho a omissão total da administração que diz respeito a um pulso maior de cobrança em favor dos usuários do transporte coletivo que, em boa parte depositaram o voto da esperança no último processo eleitoral. É uma pena assistir uma câmara de vereadores de olhos vendados, onde sequer um vereador se levanta para defender os usuários ou, de forma mais ousada propor uma auditoria no contrato assinado com muita festa em gestões anteriores. ESTRANHO, MUITO ESTRANHO…..

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