A população bauruense já está comemorando a quebra de um dos maiores tabus da cidade sem limites. Pelo menos é o que consta após as declarações da prefeita Suéllen Rosim, que administra o município com mais de 350 mil habitantes, tendo herdado inúmeros problemas de gestões anteriores.

O problema é crônico e causa prejuízos incalculáveis. Basta uma chuva de média intensidade para que a população ligue rapidamente o sinal de alerta e perigo para a popular avenida Nações Unidas, uma das mais conhecidas do município. As enchentes e enxurradas atingem a região há anos e causam estragos no asfalto e calçadas, atrapalham o trânsito, danificam automóveis e causam até mesmo a morte de quem por ali se arrisca em perigosas tormentas quando as mesmas se tornam torrenciais.

Para que o mariliense tem uma noção do que ocorre, basta se recordar de cenas quase semelhantes, embora em uma proporção bem menor, que acontecem, por exemplo, na avenida João Ramalho, Rua Durval de Menezes, avenida Benedito Alves Delfino e tantas outras.

É uma herança maldita da época de crescimento desordenado, em que os administradores somente se preocupavam com a impermeabilização do solo através da pavimentação asfáltica, sem se preocupar com o escoamento das águas com a implantação das galerias pluviais. Eram os chamados governos populistas.

Pela falta de um planejamento urbano, principalmente no que concerne a preocupação ambiental, o importante era pintar a terra de preto. No entanto, a resolução para tal problema já é bem mais complicada; a pressa no desenvolvimento das cidades brasileiras, durante as últimas etapas da industrialização nacional, levou diversos municípios a crescerem de forma insustentável e com deficiências na estrutura urbana, como é o caso não só de Bauru, mas de Marília e tantas outras.

O resultado é o que acontece em dia de chuvas fortes. A diferença é que em Bauru a prefeita Suéllen Rosim teve literalmente peito para enfrentar a situação e em alguns trechos realizar obras que não aparecem e segundo as raposas velhas da política, não dão voto. Mas, afinal o que é importante?

Em suas redes sociais, Suéllen comentou; “Em pleno 2023 Bauru trata 5% do esgoto. Quando assumi a prefeitura em 2021, assumi também a responsabilidade de propor uma solução definitiva para terminarmos as obras da Estação de Tratamento de Esgoto que começou em 2015. E é isso que estamos fazendo! Foram 2 anos de muita luta e dedicação para reparação dos entraves que envolviam essa obra. Depois de muitos passos pela busca da solução, hoje mais uma ação foi feita, apresentação da modelagem da concessão da estação”, concluiu.

Nossa reportagem obteve acesso à minuta do projeto de lei que nos próximos dias estará sendo enviado para análise e posterior autorização da casa legislativa. O projeto prevê:

☑️ Término e operação da ETE, 100%
☑️ Implantação do Emissário na Transposição do Rio Bauru;
☑️ Ampliação da ETE Tibiriçá;
☑️ Modernização da ETE Candeia;
☑️ Expansão dos Emissários, Rede Coletora e suas conexões;
☑️ Implantação da Sub Estação de energia elétrica ETE Vargem Limpa;
☑️ Implantação do sistema de drenagem na Av. Nações Unidas;

Já está comprovado que a causa das enchentes e enxurradas dos centros urbanos está, principalmente, na impermeabilização abusiva do solo, que impossibilita a infiltração das águas das chuvas e aumenta a velocidade de escoamento superficial. Como estamos na semana do meio ambiente, uma das soluções para a questão pode estar na elaboração e prática de um projeto que vise a arborização planejada.

Chuva volta a causar estragos na Avenida Nações Unidas e outros pontos de  Bauru | Bauru e Marília | G1

Com a impermeabilização abusiva do solo, não há outra saída para a água da chuva a não ser escorrer com força suficiente para danificar calçadas e asfalto, além de aumentar o volume de água e propiciar enchentes. Porém, este problema parece estar com os dias contados em Bauru. Suéllen Rosim complementou;

“Um investimento de quase R$1 bilhão de reais, que irá resolver grandes problemas históricos de Bauru. TRATAMENTO DE ESGOTO e COMBATE ÀS ENCHENTES DAS NAÇÕES UNIDAS. Um projeto que vai exigir um esforço da nossa gestão e dos vereadores. Nosso governo tem enfrentado com seriedade visando trazer soluções que façam a nossa cidade entrar nos trilhos do desenvolvimento. Deus nos abençoe, sigo atualizando vocês sobre cada ação que envolva esse processo e trazendo mais detalhes do projeto”, concluiu.

Avenida Nações Unidas: Um histórico de problemas que se arrasta há décadas.

Apesar de outras regiões em Bauru também apresentarem cenários de inundações, alagamentos e enchentes (principalmente no centro da cidade), o foco indiscutível das calamidades é a Avenida Nações Unidas, que atravessa boa parte do município. Dos quase 8 quilômetros de extensão, cerca de 4,5 quilômetros têm risco severo de inundações, alagamentos e enxurradas.

Foi nessa avenida em que aconteceram os maiores danos à cidade nas inundações recentes. Por conter às suas margens o Parque Vitória Régia (onde há um lago) e atravessar o canal do Rio Bauru, além de estar em meio a um solo muito impermeabilizado e a uma região pouco arborizada, na avenida ocorrem com frequência inundações, alagamentos e fortes enxurradas. ISTO PODE ESTAR COM O DIAS CONTADOS.

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