Medicamento da mesma farmacêutica do Ozempic promete ajudar no controle do peso e no emagrecimento

Um medicamento muito semelhante ao Ozempic, o Wegovy chegará em agosto ao mercado brasileiro. Ele foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em janeiro do ano passado.

A medicação foi desenvolvida para auxiliar no tratamento de diabetes, uma vez que o princípio ativo do Wegovy, a semaglutida, é capaz de reduzir o açúcar no sangue em adultos com o tipo 2 da doença. Contudo, após estudos clínicos, o remédio ganhou uma nova utilidade: ele tem sido utilizado e prescrito por médicos para auxiliar no controle e na perda de peso dos pacientes.

O médico endocrinologista e metabologista e presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Levimar Araújo, explica que a grande diferença entre o Ozempic e o Wegovy é a dosagem da Semaglutida. “Eles são o mesmo medicamento, não tem diferença no princípio ativo, os dois são a Semaglutida. Ela é um peptídeo parecido com o hormônio chamado GLP-1 que nós produzimos”, esclarece.

Como a Semaglutida ajuda na perda de peso?

Inicialmente criada para o controle da diabetes, a Semaglutida atua no corpo humano de forma a retardar esvaziamento do estômago e aumentar a saciedade das pessoas – o que favorece o emagrecimento. “Um pouquinho que pessoa come, já a deixa satisfeita […] então a pessoa ela come menos porque ela fica saciada, além de um discreto efeito também no centro da saciedade do cérebro”, pontua Araújo.

Com a chegada de novos medicamentos a tendência é o Ozempic e o Wegovy ficar mais barato?

Levimar pontua, que por mais que hajam propostas para que esses medicamentos sejam disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ainda não há nenhuma medida aprovada. Ambos, Ozempic e Wegovy são produzidos pela mesma empresa farmacêutica, a Novo Nordisk, o que dificulta a concorrência entre os medicamentos e, consequentemente, a redução dos preços.

Quais as contraindicações aos medicamentos que possuem a Semaglutida?

“Esses medicamentos são contraindicados em pessoas que possuem problemas intestinais graves, doenças intestinais e pessoas que tiveram câncer medular de tireoide”, adverte. Araújo também enfatiza que as pessoas interessadas em tomar o medicamento devem procurar um profissional que tenha formação em endocrinologia e, além disso, antes de tomar a medicação os pacientes devem passar por exames.

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