O início do ano letivo sempre gera uma preocupação adicional para pais e responsáveis: a lista de material escolar. Em 2024, essa preocupação é ainda mais intensa, de acordo com uma pesquisa realizada pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), que revelou um aumento médio de 8,5% no valor dos itens da lista escolar em comparação com o ano anterior.

O aumento nos preços é resultado de diversos fatores, sendo um deles a inflação brasileira, que acumulou 4,63% em 2023. No entanto, outros elementos também contribuíram para esse aumento, incluindo o aumento nos custos de produção e a valorização do dólar. A Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (Abfiae) explica que o custo de produção de materiais escolares aumentou 7,5% em 2023, principalmente devido ao encarecimento das matérias-primas, como papel e tinta.

Quais itens tiveram maior aumento?

Ademais, a valorização do dólar frente ao real no último ano trouxe um impacto direto nos preços dos produtos importados, que incluem também os artigos escolares. Dessa forma, com isso, os itens que mais dependem de matérias-primas importadas foram os que mais sofreram aumento em seus preços, como é o caso de cadernos, lápis de cor e borrachas.

Os maiores aumentos foram observados nos preços de:

  • Cadernos: alta de 15%
  • Lápis de cor: aumento de 12%
  • Borrachas: incremento de 10%

Isto acaba transformando a época em gastos extras para quem tem filhos na escola por afetar o orçamento doméstico com as temidas despesas com livros e demais materiais. Para os pais, a sensação é que, a cada ano, a lista fica maior, e os preços, mais elevados. Mas, afinal, é possível economizar nas compras? A resposta é sim. Existem várias formas de reduzir essa despesa.

Confira algumas dicas e poupe dinheiro! 

1. Reaproveite o material escolar do ano anterior

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Antes de comprar qualquer coisa, verifique se há algo do ano anterior que possa ser aproveitado, como canetinhas, lápis, cadernos, apontadores, entre outros materiais. Caso tenha mais de um filho, não se esqueça de analisar quais itens o mais novo pode utilizar do irmão mais velho. Você pode, ainda, conversar com pais de alunos de outras séries para ver se há a possibilidade de doação ou troca de livros.

2. Fracione as compras durante o ano

Alguns itens da lista não precisam ser comprados de imediato. O objetivo é diluir o gasto no decorrer do ano ou, pelo menos, desonerar esse início, que já é cheio de contas pesadas, como impostos. Converse com os profissionais da escola e pergunte que materiais serão usados logo no primeiro bimestre. O uniforme pode ficar para depois, se o do ano passado ainda estiver em condições de uso por mais alguns meses.

3. Adquira livros usados

Sebos são uma boa opção para economizar nos livros escolares. Existem também feiras livres que ocorrem no início do ano com o intuito de vender e trocar livros. Pesquise sites de compra/venda on-line para comparar preços. Mas atente-se ao estado de conservação e para a edição, pois alguns livros ficam bem diferentes quando atualizados.

4. Compre no atacado

Muitas vezes, é mais difícil de fazer devido à grande quantidade de itens que devem ser comprados nessa modalidade, mas dividir as compras e as despesas com outros pais gera uma boa economia. Caso ainda não conheça os pais dos colegas do seu filho, junte um grupo de amigas ou pessoas da família e compare as listas, para encontrar itens em comum.

5. Pague à vista e negocie descontos

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Por mais que as livrarias anunciem o valor à vista e a prazo como iguais, sempre há uma margem de negociação, nem que seja o valor descontado pela operadora do cartão. Não tenha vergonha de pechinchar!

6. Preste atenção no que está sendo pedido

Itens de uso comum ou que não serão utilizados diretamente pelo aluno não devem constar na lista. Fazer esse tipo de exigência enquadra a escola em uma prática abusiva e proibida de acordo com a Lei nº. 9.870/99. A escola também não pode exigir materiais escolares de um determinado estabelecimento ou de uma marca específica.

7. Compre material escolar no fim do ano letivo e não no começo

Antecipe-se: em janeiro, os preços vão sempre às alturas. Com tanta gente querendo os mesmos itens, fica difícil encontrar bons preços. Já em novembro e dezembro, as papelarias estão vazias, e os preços, melhores. Utilize uma parte do seu 13º para essa despesa, o que aliviará o orçamento de janeiro.

8. Não leve as crianças para comprar material escolar com você

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Crianças gostam de produtos com os personagens favoritos. Pedagogicamente, eles não têm vantagem sobre itens com preço inferior, sem o personagem da moda. Se a criança não gostar da capa do caderno, uma opção é customizar. Antes de ir às compras, explique a situação financeira da família e negocie com seu filho algumas condições relacionadas a marcas e personagens.

9. Atenha-se à lista

Livrarias são ambientes que incentivam o consumo, cheios de coisas que à primeira vista parecem úteis e indispensáveis. Contudo, mantenha-se focado na lista. E não se esqueça de atualizá-la retirando os materiais que serão reutilizados do ano anterior.

10. Pesquise preços em diferentes lojas

Uma das vantagens da compra com antecedência é a pesquisa de preço. Uma opção a ser levada em conta são as lojas virtuais, que costumam oferecer preços mais vantajosos do que os estabelecimentos físicos. Não se esqueça de verificar o prazo de entrega. Evite ainda comprar em lojas não especializadas, pois os valores praticados tendem a ser maiores.

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