Eles já estão nas ruas e como sempre, fazem uso do óleo de péroba na face e se apresentam com promessas milagrosas e mirabolantes. A eleição de 2024 será uma das mais decisivas da história da cidade, pois definirá os rumos do município no pós-festa de seu centenário.

Há cinco anos, o portal de notícias do Jornal do Ônibus de Marília publicava pela primeira vez a página MARÍLIA CENTENÁRIA, que desde o início se propõe a ser um convite a quem queira junto conosco pensar a cidade. Motivada pela revisão do Plano Diretor, que acompanhamos desde o início das atividades, em 2006, decidi dedicar trabalho e estudos para tratar do planejamento urbano da capital nacional dos radares, focando na festa dos 100 anos.

O Plano Diretor foi tema da primeira publicação, mas para comunicar que o processo seria suspenso, e não se sabia por quanto tempo. Já em março de 2020 chegou a pandemia de Covid-19 e carregado de incertezas que levariam meses para serem compreendidas. A revisão, que o governo anterior previa encerrar no mesmo ano, ainda hoje está em andamento com a produção e lapidação final do pau-mandado do sistema especulativo e imobiliário.

O modo como nos relacionamos com as cidades, que esteve em pauta durante todo este período de crise sanitária, colocou ainda mais em evidência a importância de acompanharmos a elaboração das políticas públicas locais. A coluna manteve este propósito e, compreendendo o espaço que o planejamento urbano conquistou na agenda global, ampliou os temas de cobertura para abrigar conteúdos relacionados à proteção da natureza, gestão dos resíduos (lixo), mudanças climáticas e outros temas que abordamos aqui rotineiramente, sempre pensando na relação destes assuntos com a cidade.

Buscamos fazer valer a máxima “pensar global, agir local” – ou noticiar, que é o papel do jornalismo. E é também papel da mídia recuperar a confiança do público, abalada nos anos recentes especialmente pelas ondas de desinformação disseminadas nas redes sociais.

Experiências ao redor do mundo indicam a cobertura local (bairros, territórios específicos, cidades e regiões) como caminho a ser seguido rumo ao objetivo citado. Ao terem contato direto com quem produz a notícia sobre os assuntos que lhe afetam, as pessoas passam a compreender a engrenagem da comunicação e compartilham desse entendimento com as suas comunidades.

Prestes a ingressar no seu quinto ano, a coluna Marília Centenária (página 16) cumpre com o seu propósito inicial de ser o espaço de mídia dedicado a acompanhar a revisão do Plano Diretor. E reforça estar aberta para todas as vozes e todos os interesses no debate sobre as cidades.

Tudo se justifica pelo seguinte motivo. A gestão continua com a visão e mente de cidade pequena. O município vem crescendo, o dinheiro para gastar vem se avolumando, mas a falta de capacidade administrativa faz com que as obras e realizações não aconteçam. A cidade continua com praticamente as mesmas vias de 30 anos atrás, sem atrativos e retrocedendo na saúde, segurança, limpeza, obras, mobilidade e outros.

ONDE ESTÁ A CIDADE QUE QUEREMOS? Estamos há pouco mais de 5 anos das comemorações do centenário da cidade e as eleições de 2024 irão eleger os 17 vereadores responsáveis por auxiliar na discussão de um projeto muito amplo de uma cidade inclusiva, inteligente e desenvolvimentista. Pior que isto, será entrega o bastão para o prefeito eleito que irá manusear cerca de 10 bilhões de reais e preparar a festa centenária.

Nesta hora, se faz necessário entrar em campo, todas as forças vivas da cidade e que estão realmente preocupadas com o atual cenário que se desenha. Pseudo candidatos já estão disputando espaços em festas, comemorações, formaturas, festas e shows, buscando conquistar o eleitorado, como pessoas simpáticas, realizadoras e capazes de administrar uma das maiores máquinas de arrecadação do estado de São Paulo.

Compete a você, eleitor, liderança não corrompível, presidentes de entidades que não se dobrem a cooptação e líderes religiosos que reflitam sobre o atual momento. O que estamos colhendo hoje na cidade, nada mais é do que consequências do voto, onde o efeito dura quatro anos.

Uma cidade sem planejamento estratégico e entregue ao capital especulativo e imobiliário. Um município com pendências e denúncias diárias no transporte coletivo, que falta água na torneira, que oferta um atendimento de saúde precário nos postos de saúde, que não possui opções de turismo, CLAMA URGENTEMENTE pela união de seu povo. Se faz necessário passar e repassar a peneira nos candidatos que se apresentam. O RACIOCÍNIO É LÓGICO; É NECESSÁRIO DAR UM BASTA NOS POLITICOS QUE NÃO APROVAMOS E DESEJAMOS, PARA CONSTRUIR A CIDADE QUE QUEREMOS.

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