O assunto do editorial deste mês é preocupante. No feriado prolongando que passou (9-10-11 de julho ), visitamos pessoalmente algumas unidades de saúde e voltamos no primeiro dia útil. A situação é lamentável e a sensação é de que as soluções para a saúde do mariliense são buscadas apenas no sufoco, quando a situação já se tornou insustentável.

O caos na saúde pública de Marília estava anunciado, previsto e escancarado, mas não houve nenhuma reação para evitar que as falhas continuassem. O fechamento das UBS’s, transformando-as em PSF com manutenção apenas de um médico generalista representa a grave consequência de uma crise administrativa por falta sensibilidade e displicência de proporção ainda maior, com responsabilidade direta do poder público. Problemas arrastam-se e estão se avolumando como uma população perdidas, principalmente gestantes e mães atrás de pediatras.

A realidade hoje é um caos total onde as unidades de saúde estão subutilizadas por falhas de gerenciamento e falta de investimentos, enquanto outras estão sobrecarregadas. A “bomba” ia estourar e, novamente, a população sofre os efeitos mais graves. A lição das falhas ocorridas no combate ao Covid-19 não foram suficientes. A falta de planejamento com discursos maquiados são uma constante de desgoverno que joga a saúde municipal na literalmente na UTI. E o povo que se exploda.

Na teoria, Marília conta com três grandes hospitais para atendimento na rede pública, mas a Santa Casa aparece como referência das mais diversas especialidades, principalmente relacionada a pacientes que sofreram traumas. Com aumento dos acidentes de trânsito, a superlotação torna-se inevitável. O Hospital da Clínicas é mal aproveitado e, acaba funcionando como “postão regional”. Na realidade é muito usado como palanque político com uma grande quantidade de comissionados. A lista é grande. Começa, então, o repetido “jogo de empurra” sobre a deficiência nos postos de saúde que acaba causando esse reflexo. A solução debatida pelas autoridades, sempre, é aperfeiçoar a regulação dos pacientes, mas os resultados demoram a aparecer na prática.

Conseguir leitos, principalmente em Unidade de Terapia Intensiva, continua sendo martírio para quem precisa ser atendido com urgência. Agendar cirurgia é outro drama, pois a fila é enorme. Na emergência, não dá para esperar o governo promover reuniões para aperfeiçoar gestão. E, mesmo assim, a fiscalização da aplicação do dinheiro continua insuficiente e sem acompanhamento.

A saúde pública não é tratada com o devido comprometimento e seriedade. Marília recebe a demanda de pacientes de 62 cidades de toda nossa região, pois os municípios não contam com estrutura adequada para atendimentos mais complexos. Mesmo assim, é castigada pela herança da péssima administração de Daniel Alonso que prometeu a saúde de primeiro mundo em sua campanha eleitoral. “Em alto em bom som dizia a todos, que se faltasse médico contraria, se faltasse remédio, compraria”. Simples balela.

E olha que estamos em pleno ano eleitoral e a grande promessa é a construção de um hospital da mulher que segue o mesmo discurso da vinda da AME+ que hoje já nem tocam no assunto. Saudade de um tempo que tínhamos pessoas mais humanas e especialistas no trato como o paciente e usuário do SUS, como por exemplo; Drº José Ênio Servilha Duarte. Temos 52 unidades de saúde e o grande destaque regional é a cidade de Vera Cruz, considerada a 5ª melhor cidade em atendimento em saúde no Brasil. Sem menosprezar  o município vizinho, ISTO É UMA VERGONHA. O que é feito com os milhões que Marília recebe ?

Temos duas faculdades e logo chegará um terceira, mas a referencia em oftalmologia é Herculândia. Temos toda a infraestrutura e recursos para isto, mas o SAMU chegou a estar nas mãos para ser gerenciado e coordenado por Chavantes. Daqui a pouco irão entregar tudo. Qual é a planejamento do SISTEMA DE PODER ?

É preciso mais organização, para evitar que a saúde pública enfrente um colapso constante devido a falta de comprometimento e gerenciamento humanizado. Com razão, a população tem apenas a certeza de que enfrentará dificuldade ao depender do SUS seja qual for a unidade saúde. Parece até proposital, deixando como única alternativa o lascado pai de família sacrificar o dinheiro da comida para pagar um plano de saúde, a espera de UM SALVADOR QUE APARECERÁ EM 2024. E prestem atenção, pois será PURA COINCIDÊNCIA. Falei e tenho dito, com muito CAFÉ NO BULE para prosear até lá. QUEM ESTÁ LIMPO PODE PUXAR A CADEIRA E TOMAR COMIGO, QUEM TÁ SUJO… SIMPLESMENTE SE QUEIMA.

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