Setor de tecnologia cortou quase 38 mil vagas de trabalho nos últimos meses

A Alphabet, dona do Google e do YouTube, anunciou nesta sexta-feira, 20, um plano para a demissão de 12 mil funcionários. O número representa uma redução de 6% no quadro de funcionários. É o maior corte na história, segundo informações da agência de notícias France-Presse.

A companhia afirmou que os cortes vão ocorrer em todas as unidades e regiões em que a Alphabet atua, mas algumas áreas, como recrutamento e projetos não essenciais, serão mais afetadas.

“Nos últimos dois anos, vimos um período de crescimento dramático. Para conseguir acompanhar esse movimento, fizemos contratações que não condizem com a realidade econômica atual”, disse o diretor-presidente, Sundar Pichai, em carta aos funcionários.

As principais empresas de tecnologia tiveram um crescimento acentuado na pandemia. Agora, as companhias enfrentam a desaceleração da economia mundial.

No início da semana, a Microsoft havia anunciado o corte de 10 mil funcionários. Nos últimos meses, outras grandes empresas, como Amazon e Meta, também demitiram. No total, são quase 38 mil cortes, segundo a plataforma Layoffs.fyi, que monitora as demissões do setor globalmente. Em média, foram 2 mil por dia.

O número é bem superior ao de janeiro de 2022, quando as empresas de tecnologia demitiram 755 colaboradores, ou seja, 25 por dia.

Em conjunto, as big techs perderam quase US$ 5 trilhões em valor de mercado, no ano passado. O montante equivale a quase três vezes o Produto Interno Bruno (PIB) do Brasil em 2021 ou quase seis vezes o capital da Bolsa de Valores brasileira.

Em dezembro de 2021, Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Tesla, Meta e Netflix valiam aproximadamente US$ 11,3 trilhões. Já em dezembro do ano passado, as companhias somavam pouco mais de US$ de 6,6 trilhões em valor de mercado.

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