A automobilística Volkswagen comunicou na terça-feira (27) comunicou a suspensão da produção em fábricas do Brasil. Em meio ao programa de incentivo ao setor do governo federal para compra de carros com desconto, a montadora justificou a paralisação por conta da “estagnação do mercado.”

A empresa, em contato com o G1, não confirmou se a pausa nas atividades tem relação com o programa de fomento à indústria.

Fábricas da Volkswagen param a produção

Segundo a Volkswagen, algumas fábricas entraram com turno em layoff (modelo de suspensão temporária de trabalho), como a de São José dos Pinhais, Paraná, e a de Taubaté, São Paulo. A produção de ambas foi interrompida por esta semana (de 26 a 30 de junho), em esquema de banco de horas.

Segundo a companhia, a fábrica no Paraná está com um turno de produção em layoff desde 5 de junho, com duração prevista entre dois e cinco meses, e outro turno estará parado de 26 a 30 de junho, em regime de banco de horas. A unidade de São José dos Pinhais é onde se produz o T-Cross.

Na fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, onde são produzidos o Novo Virtus, Novo Polo, Nivus e Saveiro, a Volkswagen protocolou férias coletivas de dez dias para os seus dois turnos de produção a partir de 10 de julho.

“Todas as ferramentas de flexibilização estão previstas em Acordo Coletivo firmado entre o sindicato e colaboradores da Volkswagen”, informou a montadora.

Metalúrgicos da General Motors aprovam layoff com estabilidade no emprego

Em assembleia realizada na terça-feira (27), os metalúrgicos da General Motors (GMCO34), concordaram com o acordo de layoff proposto pela montadora. A decisão visa enfrentar a atual crise no setor automobilístico e preservar os empregos dos trabalhadores e foi tomada em conjunto com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, no interior paulista.

Pelo acordado, cerca de 1.200 trabalhadores poderão ser afastados temporariamente de suas funções por um período de até dez meses. Nesse intervalo, os funcionários terão garantia de estabilidade no emprego, ou seja, não poderão ser demitidos. A GM continuará pagando o salário líquido dos funcionários, sendo parte destinada ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), e os benefícios, como vale-alimentação e plano de saúde.

Além disso, sem o recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) nessas condições, a GM pagará 8% – taxa relativa ao que seria depositado no benefício – como forma de compensação

Os trabalhadores em layoff na GM e afetados pela paralisação na produção da Volkswagen não terão desconto de Imposto de Renda.

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