Uma compilação de 15 estudos sobre saúde chegaram a uma conclusão: ser otimista faz bem à saúde do coração. Ao todo, 229 mil pessoas foram analisadas. O estudo foi publicado no periódico científico JAMA Network Open. Neste domingo (29), em que se comemorou mundialmente o “Dia Mundial do Coração”.

Segundo o portal R7, em média, o acompanhamento dos estudos foi de 13,8 anos, variando de 2 a 40 anos. Para as pesquisas, foram utilizados estudos realizados nos Estados Unidos, Israel, Austrália e países da Europa, publicadas entre novembro de 2001 e janeiro de 2017.

De acordo com os resultados, uma visão otimista da vida está associada a um menor risco de doenças cardiovasculares, inclusive infarto e AVC. As pesquisas também mostram que o pensamento negatio, por outro lado, aumenta o risco desses problemas. Para os cientistas que realizaram a compilação, o otimismo e o pessimismo são mentalidades modificáveis, alvos relevantes para a intervenção clínica.

Um outro estudo, publicado recentemente na revista Proceedings of National Academy of Sciences, também revelou que pessoas otimistas tendem a ter a vida mais longa. A pesquisa constatou que os participantes com os níveis mais altos de otimismo apresentavam de 50% a 70% mais chance de viver até os 85 anos ou mais. Além disso, tiveram uma vida útil mais longa do que os menos otimistas.

Cerca de 69 mil profissionais de saúde do sexo feminino, entre 58 e 86 anos, e 1,4 mil homens, entre 41 e 90 anos, nos Estados Unidos, participaram do estudo. Eles foram acompanhados de 10 a 30 anos, respectivamente. Entre as questões apresentadas, haviam perguntas que avaliaram o nível de otimismo, além de questões sobre condições de saúde e hábitos de vida.

Estudos anteriores já havia relatado que pessoas mais otimistas são menos propensas a sofrer doenças crônicas e morrerem prematuramente, mas esse levantamento é o primeiro a relacionar otimismo com longevidade, ressaltam os pesquisadores.

Para os pesquisadores, pessoas mais otimistas tendem a ter hábitos mais saudáveis, como maior probabilidade de praticar mais exercícios e menor probabilidade de fumar. Essa característica pode estender a expectativa de vida.

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