“O perigo mora ao lado”. Assim, pode ter sido considerada a mobilização da quadrilha que aterrorizou recentemente a cidade de Araçatuba. Desde a tarde de ontem, sexta feira (1º) já é noticia em todo o país, através do site UOL a publicação do jornalista Jozmar Jozino, afirmando de acordo com os depoimentos que, a base utilizada pelos bandidos, ficava a 53,1 quilômetros de Marília, mais precisamente em uma chácara no pequeno e pacato município de Gália. Resta agora, saber quem era o proprietário. Confira a íntegra da reveladora matéria;

Quando assinou a carta de livramento condicional em 8 de abril deste ano, Carlos Eduardo da Rocha Dias, 26, foi advertido pelo juiz Flávio Artacho, da Vara das Execuções Criminais de São José do Rio Preto (SP), de que deveria se recolher para o repouso noturno das 22h às 6h.

Carlos, entretanto, não cumpriu a ordem judicial. Segundo a Polícia Federal, o criminoso, condenado a 14 anos e cinco meses por roubo e tráfico de drogas, confessou a participação no ataque às agências bancárias de Araçatuba (SP) na madrugada de 30 de agosto deste ano.

Ele estava em um veículo com a mulher Tamires Regina da Silva, 32, quando foi preso por policiais militares nas proximidades da rodovia Doutor Elyeser Montenegro Magalhães. Em Campinas, policiais civis prenderam Clayton Manoel da Silva, 27, que também admitiu envolvimento no crime.

Na audiência de custódia presidida pelo juiz federal Emerson José do Couto, Carlos declarou que foi contratado por uma mulher chamada Vanessa para ser olheiro da quadrilha e avisar sobre qualquer movimentação policial na rodovia.

Vanessa o orientou a permanecer na estrada das 22h do dia 29 de agosto às 4h do dia seguinte, perto do Posto Texas. Carlos recebeu um telefone celular para passar as informações ao bando. Ele afirmou ao juiz federal que iria receber R$ 5.000,00 pelo serviço prestado aos assaltantes.

Tamires confirmou que acompanhou o marido, mas alegou que não tinha conhecimento do que ele iria fazer. Ela revelou que pegou o carro emprestado de sua irmã. Acrescentou que quando começou a ouvir os tiros em Araçatuba, se assustou e pediu para Carlos parar o veículo.

Suspeitos por roubo em Araçatuba confessam participação no crime

Clayton também foi ouvido na audiência de custódia. Ele disse ao juiz federal que foi contratado pela quadrilha para ficar em uma chácara na cidade de Gália (SP), onde deveria dar suporte aos comparsas. Contou ainda que receberia R$ 30.000,00 pela participação no crime.

Consta no depoimento de Clayton que ele citou os prenomes de dois homens que também teriam participado do ataque às agências bancárias em Araçatuba. Um deles teria cumprido pena com Clayton em um presídio de Tremembé (SP).

Chácara em Gália foi base para ataque de quadrilha em Araçatuba - Notícias  sobre giro cidades - Giro Marília Notícias

Segundo apurações da Polícia Federal, Carlos foi processado e condenado por roubo e tráfico de drogas. Tamires não ostenta antecedentes criminais. Clayton também respondeu a processos por roubo e tráfico de drogas.

O juiz federal Emerson José do Couto converteu a prisão em flagrante dos três acusados em prisão preventiva. O magistrado determinou também a quebra do sigilo telefônico e telemático deles.

Na decisão, o juiz observou que os criminosos agiram com extrema violência, pois levaram pânico e terror à Araçatuba, causando as mortes de dois inocentes e lesões graves em outras três pessoas, uma delas vítima de explosivos, que teve as pernas amputadas.

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