Os motivos e as razões são inexplicáveis para cada caso, porém os casos continuam acontecendo em uma proporção crescente, levando-se em consideração os 6 casos registrados em dezembro de 2022 e os dois registros de janeiro deste ano. Ao todo são 9 casos em 65 dias, com uma média de praticamente um caso por semana, projetando o dobro de ocorrências até o final de 2023 em comparativo com os anos anteriores.

Nossa reportagem teve acesso a mais registro que acaba destacando Marília de forma negativa no estado de São Paulo. Segundo consta, um paciente do HEM (Hospital Espírito de Marília), interno por dependência química, atentou contra sua própria vida usando como modus operandi o enforcamento. Fato teria ocorrido na última terça-feira(31).

Como de praxe, não temos como conduta divulgar o nome da vítima, até por respeitar a dor dos familiares, mas trata-se de um homem de 42 anos e que ainda foi encontrado inconsciente, sendo rapidamente transportado por uma unidade do SAMU até o HC (Hospital das Clínicas), porém, ontem, quinta-feira(2) o paciente teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu, indo a óbito.

Foi requisitado exame necroscópico. Caso registrado na CPJ (Central de polícia judiciária) e passa a ser investigado como morte suspeita. A exemplo das demais matérias publicadas envolvendo casos desta natureza, aproveitamos mais uma vez o espaço para fortalecer nossa campanha de conscientização, aguardando ainda uma iniciativa mais ousada de nossos governantes que vai muito além de CAP’s e PSF’s. É preciso uma medida ampla de enfrentamento como já citamos em matéria exclusiva sobre o assunto.

Os 5 sinais mais sutis de um suicida

Os sinais de alerta de suicídio devem ser levados muito a sério. Existem alguns sinais que são óbvios, como falar sobre suicídio e morte, mas outros são muito mais sutis e podem ser facilmente perdidos.

É importante conhecer os sinais, principalmente para quem tem fatores de risco para suicídio. A detecção precoce de sinais de alerta pode levar à ajuda profissional e tratamento de saúde mental e pode até salvar uma vida.

As estatísticas mostram que todos precisam estar mais atentos ao risco de suicídio e aos sinais de alerta. Se alguém de quem você gosta está mostrando sinais de comportamento suicida, você pode tomar medidas para obter ajuda.

Mas, há sinais que nem sempre são claros ou fáceis de ver. Algumas pessoas escondem muito bem seus sentimentos e intenções. Saiba mais sobre como é o comportamento suicida e você poderá ajudar a salvar uma vida.

Fatores de risco de suicídio

O suicídio não discrimina. Qualquer pessoa de qualquer raça, sexo, idade ou nível socioeconômico pode sentir-se suicida em qualquer momento de suas vidas. Mesmo alguém que parece feliz ou “tem tudo” pode ser vulnerável ao suicídio.

No entanto, existem certos fatores de risco a serem considerados. Estas são situações, condições e outros fatores que colocam algumas pessoas em maior risco de se tornarem suicidas:

  • Ter uma doença mental, especialmente depressão, transtorno bipolar, transtorno de ansiedade ou transtorno de conduta e, especialmente, uma doença mental não tratada
  • Ter um transtorno de uso de substâncias
  • Estar gravemente doente, viver com uma doença crônica ou terminal, ou sentir dores significativas de longo prazo
  • Sofrendo de lesão cerebral traumática
  • Situações de vida estressantes, especialmente aquelas que são prolongadas, incluindo bullying ou problemas de relacionamento
  • Situações repentinas estressantes ou traumáticas, como a perda de um familiar
  • Ter sofrido trauma e abuso na infância
  • Ter acesso a meios letais
  • Ser exposto ao suicídio de outra pessoa
  • Tentativas de suicídio anteriores
  • Uma história familiar de suicídio

Ter fatores de risco para o suicídio não significa que seja inevitável. No entanto, se você ou alguém de quem você gosta tem um ou mais desses, deve estar especialmente atento e alerta para sinais.

Sinais de alerta mais fáceis de ver

Não existe realmente um padrão típico de comportamento para alguém que é suicida, mas existem sinais de alerta comuns. Você pode ver um ou mais desses em alguém que pensa em suicídio. Estes são os sinais geralmente claros e fáceis de observar:

  • Falando sobre morrer ou querer morrer
  • Falando sobre se sentir vazio, sem esperança ou sem saída para os problemas
  • Mencionando fortes sentimentos de culpa e vergonha
  • Falando sobre não ter um motivo para viver ou que os outros estariam melhor sem eles
  • Retirada social e isolamento
  • Distribuindo itens pessoais e resolvendo pontas soltas
  • Dizendo adeus a amigos e família

Sinais de alerta de suicídio menos óbvios

Infelizmente, também existem sinais de suicídio que são fáceis de acidentalmente ignorar. Mesmo as pessoas próximas ao suicida podem não perceber o quão profundamente desesperadas elas se sentem. Aqui estão cinco sinais que você precisa saber que podem indicar que alguém está pensando em suicídio:

  1. Quaisquer mudanças incomuns no comportamento. Isso é comum para alguém que é suicida, mas é fácil ignorar porque as mudanças podem não parecer relacionadas à depressão ou desesperança. Por exemplo, alguém que você conhece que geralmente é gentil pode ficar zangado e agressivo. Ou alguém que está triste e lutando contra a depressão pode repentinamente ficar calmo e aparentemente feliz e em paz. Outras alterações podem incluir aumento do abuso de substâncias ou alterações incomuns de humor.
  1. Mudanças nos padrões de sono. Uma mudança na forma como alguém dorme é um sinal de depressão, mas também de comportamentos suicidas. Alguém que está se sentindo suicida pode dormir mais do que o normal, lutando para sair da cama. Eles podem dormir menos, sentir insônia e ficar acordados até altas horas e, no dia seguinte, lutar contra a fadiga. Quer seja um sintoma de suicídio ou não, esses tipos de mudanças nos hábitos de sono são motivo de preocupação e devem ser abordados.
  1. Acessando meios letais. Esse sinal pode ser potencialmente óbvio, como se um ente querido dissesse que comprou uma arma. No entanto, coletar meios letais também é um importante sinal de alerta que pode ser escondido. Alguém pode começar a estocar comprimidos sem que ninguém perceba. Eles são fáceis de esconder. É importante estar ciente de qualquer meio letal ao qual você esteja preocupado de que a pessoa possa ter acesso. Com o acesso, o risco de suicídio aumenta.
  1. Distância emocional. Alguém que está se sentindo suicida pode se desligar da vida em geral, das outras pessoas e das atividades típicas. Eles podem parecer emocionalmente distantes das pessoas, independentemente de terem se isolado socialmente ou não. Agir indiferente diante de situações emocionais pode não parecer um comportamento suicida, por isso é importante observar esse tipo de comportamento e reconhecê-lo como um potencial sinal de alerta ou sintoma de depressão. Na mesma linha, alguém que se sente suicida pode perder o interesse nas atividades normais, no trabalho e em casa, e nas coisas de que antes gostava.
  1. Dor física. A dor e o desconforto físico costumam ser ignorados como sintomas de depressão e também de suicídio. Se alguém que você conhece reclama com frequência de qualquer tipo de dor, como dores de cabeça, distúrbios digestivos ou apenas dores no corpo em geral, fique alerta para outros sinais de depressão ou suicídio. Se o indivíduo não tiver uma explicação fácil para a dor, como uma história de enxaqueca ou uma lesão atlética causando músculos doloridos, você deve estar especialmente preocupado.

O que fazer se alguém parecer suicida

Com uma maior consciência disso e dos sinais menos sutis de pensamentos suicidas, é mais fácil saber quando buscar ajuda. Mas o que você faz se alguém que você conhece está exibindo esses sinais?

Em primeiro lugar, se alguém está realmente ameaçando suicídio, falando sobre fazê-lo, ou tem ou está solicitando ativamente meios letais, ligue para o 190 ou 188 e obtenha ajuda de emergência. Não os deixe sozinhos.

Se a situação não for tão imediata, mas você suspeitar que alguém é suicida, converse com essa pessoa. Mencionar suicídio ou discuti-lo não vai levar ninguém ao limite e fazê-los agir. Fale com essa pessoa em particular, ouça sem julgamento e seja compassivo. Pergunte diretamente se está pensando em suicídio.

Sugira também que busquem ajuda profissional e ofereça opções para tornar a etapa mais fácil de lidar. Forneça um número nacional de atendimento ao suicídio (como o 188 – Centro de Valorização da Vida) e descubra com quem eles se sentiriam mais à vontade para falar, como um médico de confiança ou um conselheiro religioso. Peça a ajuda de outras pessoas queridas se estiver tendo dificuldades para chegar a alguém que parece suicida.

O suicídio é um problema crescente e, infelizmente, alguns dos sinais de comportamentos suicidas são sutis e difíceis de detectar até que seja tarde demais. Esteja atento a todos os sinais de alerta e, acima de tudo, observe se alguém de quem você gosta parece estranho ou diferente. Ofereça ajuda, forneça opções de tratamento e esteja lá como um amigo que irá ouvi-los e apoiá-los. É importante levá-lo a uma clínica especializada para tratar esses pensamentos suicidas e outras coisas que podem estar interligadas a ele. 

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