Governadores que já estiveram alinhados com o ex-presidente Jair Bolsonaro sinalizam que devem faltar ao ato organizado pelo Palácio do Planalto no 8 de janeiro. Entre os motivos apresentados por eles estão férias, e compromissos pré-agendados, conforme levantou o jornal O Globo.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos, foto, à direita), é um dos que levará falta. Ele está em viagem à Europa e retorna ao Brasil apenas em 9 de janeiro, dia seguinte ao ato. São Paulo também não será representado pelo vice-governador, Felício Ramuth (PSD), que estará em viagem à China.

Na ausência de governador e vice, o comando do estado ficará a cargo do presidente da Assembleia Legislativa. No caso de se Paulo seria o deputado estadual André do Prado. Ele é filiado ao PL, mesmo partido de Jair Bolsonaro e até o momento não confirmou presença, indica o jornal.

Bolsonaro foi o principal cabo eleitoral de Tarcísio ao governo de São Paulo e o ex-ministro da Infraestrutura é apontado por muitos como herdeiro político do ex-presidente.

Outro governador que teve Jair Bolsonaro no palanque em 2022 foi o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo, foto, à esquerda).

De acordo com apuração de O Globo, a Secretaria de Comunicação de Minas informou que a agenda do governador “ainda não está definida”. Recentemente, Zema trocou farpas com o presidente Lula por entraves na negociação envolvendo o pagamento da dívida pública do estado à União.

Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, foi o primeiro a informar que não iria comparecer. Ele está de férias em Miami, nos Estados Unidos, onde fica até o dia 15 de janeiro.

Durante a apuração dos ataques às sedes dos Três Poderes o Supremo Tribunal Federal (STF), decisão do ministro Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo por “conduta dolosamente omissiva”.

O ministro levou em consideração o que observou como postura de omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência do Distrito Federal no episódio. Moraes elencou dentre os motivos a falta de policiamento adequado, a permissão para que mais de 100 ônibus ingressassem em Brasília sem escolta e a inércia no desmonte do acampamento bolsonarista no QG do Exército.

O governador de Santa Catarina, Jorginho Melo (PL), também não deverá comparecer. A assessoria informou ao jornal que ainda não havia sido informada do convite, mas o gestor já alegou que deverá ficar no estado para “compromissos previamente marcados”.

O mesmo acontece com o governador do Rio, Claudio Castro (PL). O Palácio da Guanabara respondeu que ele teria uma reunião do secretariado marcada para o dia 8 de janeiro. Recentemente, Castro apareceu em fotos ao lado de Jair Bolsonaro e do deputado federal Alexandre Ramagem, que deve ser o candidato do PL a prefeito do Rio de Janeiro.

Ainda não foi divulgado o formato do evento, mas nas palavras do presidente Lula, ele será para “lembrar o povo que houve uma tentativa de golpe, que foi debelado pela democracia do país”.

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