Outro prato brasileiro, o Vatapá, também integra a lista no 16º lugar

Em um bom churrasco brasileiro há um corte específico que não pode faltar: a picanha. O ponto dela é pessoal de cada um, mas a presença dela é unanimidade nos churrascos. E não é à toa que ela venceu como o melhor prato do mundo segundo o TasteAtlas.

Todos os anos, a plataforma, que é um guia online de viagens para o turismo gastronômico, realiza um ranking com os 100 melhores pratos típicos do planeta e, neste ano, o Brasil ocupa o primeiro lugar.

A premiação leva em conta a votação popular internacional de ingredientes, pratos e bebidas. A picanha recebeu 4,75 estrelas dos votantes. O guia recomenda, ainda, três restaurantes com a picanha “mais icônica”, sendo eles: Churrascaria Palace, no Rio de Janeiro, Churrascaria Chama de Fogo, em Gramado, no Rio Grande do Sul, e Casa da Picanha Penedo, em Itatiaia, no Rio de Janeiro.

Outro prato brasileiro na lista é o Vatapá, que ocupa o 16º lugar, com 4,61 estrelas de avaliação. Os restaurantes Dalva e Dito, em São Paulo, e Casa da Gamboa, em Salvador, sevem os melhores vatapás, segundo a plataforma.

Veja o ranking:

  1. Picanha – Brasil
  2. Roti Canai – Malásia
  3. Phat Kaphrao – Tailândia
  4. Pizza Napoletana – Itália
  5. Guotie – China
  6. Khao Soi – Tailândia
  7. Butter Garlic Naan – Índia
  8. Tangbao – China
  9. Shashlik – Rússia
  10. Phanaeng Curry – Tailândia
  11. Pappardele al Cinghiale – Itália
  12. Amêijoas à Bulhão Pato – Portugal
  13. Pempek – Indonésia
  14. Báhn Mì Thit – Vietnã
  15. Tom Kha Gai – Tailândia
  16. Vatapá – Brasil
  17. Dakos – Grécia
  18. Leche de Tigre – Peru
  19. Carne Asada Tacos – México
  20. Cağ Kebabı – Turquia

Quilo da carne sobe drasticamente no Brasil em 2024

O preço médio do quilo da picanha subiu 2,45% no primeiro semestre deste ano e atingiu a marca de R$ 71. O dado é de um levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA) que foi divulgado pelo site Poder360 nesta segunda-feira (15).

De acordo com o levantamento, o valor do quilo do corte em 2023 era de R$ 69,30, o que significa que o salário mínimo vigente durante a maior parte do ano passado – de R$ 1.320 – permitia que os brasileiros adquirissem 19,1 quilos de picanha. No primeiro semestre deste ano, esse número teve uma leve alta e chegou a 19,9 quilos.

O melhor resultado da série histórica do IEA, no entanto, foi em 2019, o primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ainda sem o impacto da pandemia na economia, os brasileiros poderiam adquirir cerca de 23 quilos de picanha em uma época em que o salário mínimo estava em R$ 998 e o preço do corte da carne era de R$ 43,50.

REFORMA TRIBUTÁRIA E A CARNE

As discussões sobre o preço da carne voltaram a acontecer nos últimos dias após a Câmara dos Deputados aprovar o principal texto de regulamentação da reforma tributária do consumo. Durante as deliberações, foi aprovado um destaque do Partido Liberal (PL) que determinou alíquota zero para as proteínas animais.

Após a votação, deputados de esquerda e ligados ao governo tentaram enaltecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela isenção do imposto da carne. No entanto, o que foi ocultado é que o próprio Ministério da Fazenda tentou barrar essa proposta, mas acabou não conseguindo.

Quais fatores influenciam a alta no preço da picanha?

Além do contexto econômico nacional e global, as decisões políticas também impactam diretamente no preço dos alimentos. Recentemente, com as discussões sobre a reforma tributária, houve uma movimentação no Congresso Nacional que resultou na aprovação da alíquota zero para proteínas animais, o que em teoria deveria reduzir o custo ao consumidor final. Contudo, a complexidade do sistema tributário brasileiro e outras variáveis de mercado continuam a pressionar os preços para cima.

Expectativas para o futuro da carne no Brasil

Olhando para o futuro, muitos economistas são cautelosos ao projetar um cenário para os preços da carne bovina. Dependendo de fatores como políticas governamentais, variação cambial, e dinâmicas de exportação, podemos enfrentar tanto uma estabilização nos preços quanto uma nova onda de aumentos. Para os consumidores, fica a necessidade de ajustar orçamentos e, quem sabe, buscar alternativas mais econômicas para manter a qualidade da alimentação sem comprometer demais a renda familiar.

Engajados com o monitoramento constante dessas variações, podemos entender melhor a economia e tomar decisões mais informadas. Para a indústria alimentícia e para os consumidores, acompanhar esses movimentos é fundamental para se adaptar às mudanças do mercado que impactam diretamente no cotidiano e no bolso de cada um.

Aumento de 2,45% no preço do quilo da picanha em 2024

Alíquota zero para proteínas animais aprovada na reforma tributária
Variações de preço e a capacidade de compra do consumidor brasileiro
Com o aumento observado e as políticas em jogo, seguir de perto essas alterações torna-se uma prática essencial para todos os envolvidos, desde produtores até consumidores finais.

DIRETO DA REDAÇÃO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.