O primeiro levantamento realizado em 2024 pelo Índice de Preços Toledo(IPT) identificou uma inflação de 2,66% nos produtos da cesta básica em supermercados. O consumidor que gastava R$ 941,01 para comprar a cesta básica no mês anterior passou a ter de desembolsar, em média, R$ 966,05.

O grupo de produtos de Limpeza apresentou uma inflação de 15,83%, com destaques para o desinfetante (fragrância de pinho/500ml), com acréscimo de 29,58%, e o sabão em barra (5 unidades), com aumento de 24,08%.

Seguindo a tendência de alta, o grupo de Higiene Pessoal apresentou uma inflação de 3,27%, com destaques para o desodorante spray (90-100ml), que teve aumento de 21,24%, e o absorvente aderente (8 unidades), com alta de 9,19%.

NÃO SE ASSUSTE: Preço das frutas dispara nas feiras e supermercados

Este ano, o verão em todo o país está com as temperaturas acima do normal. Para se refrescar, nada melhor que uma salada de frutas bem gelada. Contudo, este ano está complicado, pois o preço das frutas, sendo da estação ou não, está nas alturas, bem como a temperatura. Com pouca chuva e muito sol, a colheita de muitas frutas típicas do verão ficou comprometida, fazendo o preço aumentar e algumas delas sumirem das prateleiras dos mercados, nas feiras e também da mesa de muita gente. 

“Está um absurdo. Banana, abacaxi, maracujá e acerola foram as frutas que mais subiram de preço. Antes a gente comprava a caixa da acerola, por exemplo, de R$60 a R$70. Agora está na faixa de R$130 a R$140, só a acerola. O saco do maracujá mesmo está custando R$100. Mesmo assim, até o momento, não estamos repassando para os clientes, não”, falou um feirante. 

2024 trará Aumentos Recordes para os Preços de Arroz e Feijão no Brasil

Na culinária brasileira, arroz e feijão são mais do que apenas pratos típicos, eles são considerados alimentos básicos fundamentais para uma dieta balanceada. No entanto, recentemente o país tem enfrentado um aumento considerável no preço desses produtos. Em 2023, o preço do arroz registrou um aumento de 16%, atingindo o maior patamar dos últimos 15 anos, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Mas quais são as causas desses fenômenos no mercado alimentício brasileiro e global?

A explicação para esse aumento reside em diferentes fatores presentes tanto ao nível nacional, quanto internacional. Embora o Brasil tenha uma produção de arroz considerável, o país não está imune a influência da economia global. No exterior, a Índia é apontada como um dos principais responsáveis. Considerando que o país é responsável por 40% da produção mundial de arroz, a decisão do governo indiano de implementar restrições à exportação de arroz em julho contribuiu significativamente para a redução da oferta e consequente aumento do preço dessa commodity no mercado. Além disso, o Brasil enfrentou problemas climáticos que prejudicaram a safra e atrasaram o plantio da próxima safra.

O que esperar para o ano de 2024?

As previsões para o próximo ano não são animadoras. De acordo com especialistas, a dupla feijão e arroz deverá enfrentar ainda mais desafios em relação ao aumento de preço causados pela instabilidade nas safras e pelo aumento das cotações internacionais. Esse cenário coloca à prova a promessa do presidente Lula de intervir no mercado, quando necessário, para estabelecer reservas reguladoras e controlar os preços dos alimentos – uma estratégia que até agora não obteve sucesso.

Já é possível notar os efeitos dessas tendências?

Sim. O feijão preto, por exemplo, recentemente atingiu preços recordes, chegando a cerca de R$ 400 por saca para o produto de alta qualidade importado da Argentina. Já o arroz, levou o preço da saca a se aproximar de R$ 140 no Rio Grande do Sul, o maior produtor do país. No Mato Grosso, as cotações variam entre R$ 160 e R$ 170 por saca, um valor histórico, acima dos preços da soja. Estes são sinais claros de que o mercado já sente os reflexos dessas mudanças.

Como equilibrar essa situação?

Para tentar organizar esse cenário desafiador, algumas medidas são propostas pelos especialistas. Por exemplo, a celebração de novos acordos comerciais pode ajudar a equilibrar essas variantes do mercado. Além disso, a criação de medidas para incentivar o produtor, como a facilitação no processo de plantio, também está na agenda. Essas são tentativas de não prejudicar o produtor e continuar atendendo a demanda interna e externa de modo equilibrado.

Diante deste cenário, é importante para o consumidor estar ciente desta situação e, na medida do possível, buscar alternativas para uma dieta equilibrada e economicamente viável. O mercado está em constante mudança e é essencial estar atento para saber como se adaptar a essas variações.

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