Órgão foi criado em 2019 para ampliar o ensino voltado aos deficientes auditivos  

No que foi interpretado como uma forma de atingir a ex-primeira dama Michele Bolsonaro, o presidente Lula, entre discursos de paz e amor, assinou o Decreto 11.342/23, que extinguiu a Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (Dipebs), que foi criada no âmbito do Ministério da Educação, em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

O órgão tinha como meta a implementação de políticas educacionais voltadas para o ensino bilíngue, o fomento de pesquisa e formação na área de educação de surdos, além da criação de escolas com ensino de Libras. Até o momento não há uma pasta substituta.

A Educação Bilíngue de Surdos ganhou visibilidade quando a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, defensora da proposta, fez um discurso em Libras durante a posse de Bolsonaro, em 2019, e incentivou a criação da nova diretoria do MEC.

A Dipebs sempre foi ocupada por um surdo. Com a nova estrutura regimental do Ministério da Educação, que extinguiu a Dipebs, os surdos temem qual vai ser o direcionamento do novo governo em relação ao ensino da educação especial.

A deputada federal eleita Amália Barros (PL-MT) criticou a nova medida adotada pelo MEC. A parlamentar classificou a extinção do órgão como um “retrocesso”.

“Não estão levando em consideração anos de lutas da comunidade surda por uma educação bilíngue e de qualidade”, disse a parlamentar. A postagem foi compartilhada por Michelle Bolsonaro.

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