CHIADEIRA GERAL. Em uma pequena volta nas primeiras horas desta manhã em alguns bairros de nossa cidade e conversando com alguns moradores foi possível constatar a ira e revolta dos mesmos diante da inércia do DAEM frente a mais um capítulo da falta de água na cidade.

Você não está lendo uma notícia repetida. Se na quarta-feira publicamos a falta de água em praticamente 50% da cidade por rompimento em uma adutora do rio do peixe, eis que na quinta-feira, uma nova nota foi emitida, desta feita, pela falta de energia elétrica no sistema de distribuição devido as fortes chuvas. Confira na íntegra as notas publicada pela assessoria de imprensa;

1ª NOTA: A Prefeitura de Marília, por meio do DAEM (Departamento de Água e Esgoto de Marília), informa que na terça-feira (17), por volta das 10h, houve um pequeno rompimento da adutora do Rio do Peixe na primeira estação de bombeamento próximo à rodovia SP-333. Esta adutora é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 50% de Marília e, com isso, diversas regiões da cidade poderão sofrer desabastecimento, principalmente as regiões central, oeste e norte.
O DAEM já iniciou as atividades para consertar a adutora, mas os serviços devem ser finalizados somente no início da tarde de hoje (quarta-feira). Neste período, o DAEM solicita aos moradores dos bairros que economizem, fazendo o uso racional da água.
Diretoria de Divulgação e Comunicação 
Prefeitura de Marília

2ª NOTA: A Prefeitura de Marília, através do DAEM (Departamento de Água e Esgoto de Marília), informa que a falta de energia elétrica devido às chuvas da madrugada de hoje (quinta-feira, dia19) paralisou novamente o sistema de produção e distribuição de água do Sistema Peixe. Ontem (quarta-feira) este mesmo sistema esteve paralisado durante toda a manhã para o conserto de uma adutora. Com a falta de energia, o abastecimento de várias regiões é prejudicado. Todo o sistema de produção de água da cidade depende de energia elétrica e a falta deste recurso afeta diretamente o abastecimento. A previsão de normalização do abastecimento é no início da tarde de hoje (quinta-feira), mas em algumas regiões podem levar mais tempo, pois todo o sistema (redes e reservatórios) está vazio. Com isso o DAEM pede à população que economize água nesse período

Enfim, os amigos (as) que já conhecem a conduta e postura do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, marcada justamente por não se omitir diante de situações como esta, sabem que não poderíamos nos silenciar e fingir que nada está acontecendo. Fato é que; esta semana que se encerra foi marcada por estas duas notas de interrupção no abastecimento de água e curiosamente já próximo aos dias que antecedem o martelo final para se saber qual a empresa ficará responsável pelos destinos e ações do DAEM nos próximos 30 anos, incluindo política de investimentos e valor da tarifa aos consumidores.

O que estaria acontecendo de fato?

Nossa reportagem manteve contato com engenheiros especialistas, ex-funcionários e ex-diretores da autarquia que nos forneceram alguns dados importantes e por unanimidade desabafaram, o DAEM É VIÁVEL, DESDE QUE NÃO SEJA EXPLORADO POLITICAMENTE.

Segundo as informações colhidas, o sistema do rio do peixe por exemplo tem capacidade de captação de 1 milhão e 800 mil litros de água por hora, mas estaria captando apenas metade disso. A razão seria uma só; o sucateamento dos maquinários com a falta de manutenção.

Para ser mais claro; o sistema dispõe de 3 bombas, sendo que uma já há muito tempo está quebrada. A nova nota ainda não saiu, mas nesta madrugada um novo problema ocorrido no rolamento de uma das bombas teria gerado uma nova intercorrência e com isso todo a estrutura de captação estaria funcionando apenas com uma bomba reserva, acarretando sobrecarga e lentidão na captação. Apenas metade da capacidade e necessidade da cidade está indo para a rede.

O resultado é este que você dona de casa, chefe de família, está encontrando ao abrir as torneiras de sua casa ou comércio. Uma captação de apenas 900 mil litros de água por hora, aproximadamente que mal dá para abastecer um terço da cidade. Podem apostar ainda irão dar um jeito de publicar uma nota desqualificando essa informação e rotulando de FAKE, como sempre fazem. Deveriam explicar isto, para a população do Jardim Marajó que desde o dia 1º de janeiro, sofre com a falta de água e também do Jardim Bandeirantes, quase na mesma situação.

Pior que isto, é o ar que chegam as torneiras que infelizmente acabem sendo debitados em conta, e olha que já sugerimos um aparelho para ser instalado nas casas para bloquear a passagem de ar, mas somos apenas um pequeno jornalista gritando na imensidão do deserto contra um sistema que só aprova seus próprios interesses. Para ter acesso à matéria exclusiva sobre este assunto basta dar um clique no link abaixo;

Porque a exemplo das grandes indústrias, o departamento não dispõe de geradores para se evitar a falta de energia elétrica?

Sem medo nenhum de falar, O QUE FALTOU MESMO FOI UMA POLÍTICA DE INVESTIMENTOS para a sustentabilidade e independência do sistema que abastece toda a cidade. O que falta hoje é uma câmara municipal que possa criar uma comissão paralela de estudos do plano diretor da cidade para checar as aberrações que afrontam o saneamento de qualidade da cidade, a mobilidade urbana, entre outros, focando somente no foco principal que é a exploração imobiliária através da construção desenfreada de condomínios de alto padrão.

Vamos citar um exemplo; em uma quadra temos dez residências pela margem direita e dez pela margem esquerda, totalizando 20 residencias com uma média de 3 pessoas por família, totalizando então 60 pessoas que consumindo água das mais diversas formas em uma rede distribuidora de água construída há décadas e uma rede coletora de esgoto do mesmo tempo.

De repente, quatro casas são vendidas e no lugar é construído uma torre residencial com 10 andares, sendo 4 apartamentos por andar. Em uma conta rápida. Em um espaço onde 12 pessoas consumiam o líquido precioso, hoje 120 pessoas somadas às outras 48 consomem água da mesma rede que fornecia para 60 ´pessoas. São exatamente 108 pessoas acrescidas em uma mesma rede de consumo. Onde está o planejamento?

Marília está colapsando em todos os sentidos e o jogo de interesses dos atores envolvidos acabam vedando os olhos para esta realidade. Mas voltando ao assunto da energia elétrica, essencial para o funcionamento de todo o sistema. Se acabar a energia, fatalmente se queima uma bomba e lá se vai mais dois ou três dias onde de trinta a cincoenta mil pessoas ficam sem água nas torneiras.

A instalação de geradores para assegurar a continuidade do funcionamento dos sistemas em caso de falta de energia está entre as principais adequações realizadas por uma empresa séria para a segurança e eficiência operacional das unidades. Um investimento estimado em não mais de R$ 5,5 milhões na aquisição e instalação dos equipamentos.

Para quem não sabe, são fontes de energia próprias, acionadas automaticamente em caso de falhas elétricas. Os investimentos deveriam ser uma prioridade para a autarquia, mas ninguém sabe explicar o porquê nunca se pensou nisto. O pacote pode incluir geradores móveis, utilizados em unidades de pequeno porte, sem gerador fixo, durante desligamentos programados ou emergenciais realizados pela distribuidora de energia elétrica. Nesses casos, os equipamentos asseguram o funcionamento das unidades operacionais até que o fornecimento de energia seja retomado integralmente.

Os equipamentos móveis podem evitar que determinada comunidade fique sem água, por exemplo, durante a interrupção do fornecimento de energia para a execução de serviços na rede elétrica. O investimento em geradores é um reforço importante na estrutura dos sistemas e contribui para minimizar intercorrências operacionais que podem impactar na distribuição de água. Poderíamos citar aqui, inúmeras cidades que com planejamento estratégico realizaram este investimento para preservar os equipamentos e poupar a população.

Guia completo de geradores de energia - Generac Brasil

Investir em geradores de energia em empresas e na indústria, garante autonomia energética e elimina a preocupação com a instabilidade no abastecimento. Além disso, a utilização de geradores também pode trazer economia aos negócios. Isso porque evita a parada na produção, perda de materiais e insumos e pode ser utilizado como item estratégico em horários de pico de consumo.

Principalmente neste último ano e agora em 2022, as faturas de energia elétrica passaram a ficar mais caras por conta da escassez de água. Para driblar este problema, os geradores podem ser utilizados nos horários mais “caros”, diminuindo o consumo da rede.

Para garantir ainda mais comodidade, indicamos a instalação do Quadro de Transferência Automática (QTA), que servem tanto para programar os geradores para serem ativados nos horários de pico de consumo, quanto para acionar automaticamente a partida quando há interrupção de energia elétrica. Mas, infelizmente, agora a vaca já foi para o brejo. A empresa que irá assumir o DAEM poderá até investir, mas claro, quem vai pagar a conta é você.

Tudo é uma questão de amor a essa cidade. Tudo é uma questão da seriedade na gestão dos recursos públicos e claro, a conscientização da população mariliense na hora de votar. Este é um sistema que transformou a cidade em um balcão de negócios a ponto de abdicar do maior patrimônio dos munícipes e nem sem importar da maior riqueza que temos correndo de forma gratuita embaixo de nossos pés, chamado aquífero Guarani. Ninguém em sã consciência responsável poderia fazer isso. Abre-se um adendo aqui dentro da responsabilidade que não recaí somente nesta administração que ficou incumbida apenas dar a famosa machadada final. Verdade seja dita, O SUCATEAMENTO DO DAEM JÁ VEM DE OUTRAS ADMINISTRAÇÕES, como já citamos aqui de forma muito bem detalhada, nos seus mínimos detalhes. Vide o penúltimo episódio ocorrido em 2015.

Nos últimos anos tem-se observado a intensificação da busca por elevados padrões de eficiência nos serviços de abastecimento de água. Após a recente crise do setor de geração passou a existir uma maior preocupação com os desperdícios no consumo de energia. As despesas com energia elétrica constituem, em geral, o segundo item de maior valor na composição de custos nos órgãos e empresas prestadoras de serviços de saneamento, a qual é consumida principalmente em equipamentos de bombeamento de água ou esgoto.

Esse trabalho apresenta um estudo de caso realizado recentemente na cidade de Araraquara-SP que é abastecida majoritariamente com água subterrânea e que citamos como exemplo dos tantos casos que pesquisamos como jornalista interessado no assunto. Os objetivos do trabalho realizado por uma equipe chefiado pelo gestor local, foram a elaboração de um diagnóstico das condições de instalação e operação dos poços profundos, a identificação de possíveis desperdícios de energia e a elaboração de diretriz para otimização dos custos de bombeamento.

Os resultados obtidos indicaram que a renovação dos sistemas de bombeamento de dez poços gerarão uma economia de 30% no consumo de energia elétrica. Eis a diferença de uma cidade planejada, onde os políticos e empresários discutem políticas públicas em prol do bem comum e não somente praticam a política. Existe uma diferença muito grande entre se servir da política e usar da política para servir o povo.

Esse veículo de imprensa JAMAIS irá passar recibo para a incompetência administrativa ou omissão diante de situações que oprimem a população como um todo. Não assinamos notas de empenho para nos silenciarmos diante da situação vexatória do trabalhador que não tem água no chuveiro para tomar um banho depois de um dia cansativo de trabalho. Jamais podemos nos calar diante do desespero da dona de casa que precisa fazer almoço para seus filhos e lavar a roupa.

AQUI NÃO TEM OPOSIÇÃO, APENAS TEMOS POSIÇÃO diante de uma situação que leva a assinatura de uma administração que assinou um documento em cartório e gravou vídeos afirmando que o DAEM era viável e não precisava ser vendido ou terceirizado. De uma administração, onde um diretor chegou a imprimir milhares de folders afirmando que as contas da autarquia estavam sanadas.

Para encerrar, infelizmente, diante do exposto, compete a nós, informar que as notícias não são das melhores, ou seja; este final de semana ainda teremos falta de água. E olha, que não falamos nem metade, como, por exemplo, o termo “água suja” que substituí “bosteiro” no sistema de abastecimento em algumas situações. MAIS DO QUE INFORMAR, SE FAZ NECESSÁRIO CONSCIENTIZAR E EXPLANAR. JORNALISMO COM PROFISSIONALISMO E VERDADE A SERVIÇO DO POVO.

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