O deboche do presidente à Operação Sequaz, que evitou assassinato de Moro, gerou moção inédita pela Comissão de Segurança. Simultaneamente, Deputados de vários partidos apoiaram o documento de iniciativa do PL pedindo a cassação de Luiz Inácio.

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizada da Câmara dos Deputados aprovou nota de repúdio ao presidente Lula, pela declaração sobre a Operação Sequaz, da Polícia Federal, que, em 22 de março, prendeu nove integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) por planos de assassinar o senador Sergio Moro (União-PR) e outras autoridades.

No dia seguinte, Lula riu, ao ser questionado sobre a operação, e afirmou que se tratava de “uma armação do Moro”. Para a comissão, que aprovou a moção apenas com cinco votos contrários (de quatro deputados do PT e um do Psol), o pronunciamento de Lula “significa um total desrespeito à Polícia Federal e também a todas as autoridades públicas que estavam sendo ameaçadas e correndo o risco de ter suas vidas ceifadas pela criminalidade”.

Na nota, os parlamentares afirmam que o presidente faltou com o decoro que o cargo exige. “Não podemos permitir e encarar com naturalidade a fala do presidente da República que desmoraliza publicamente aquela instituição.”

Com a nota de repúdio, a Comissão de Segurança reafirma “nosso respeito pela instituição Polícia Federal e por todas as autoridades públicas que são ameaçadas em razão de suas funções”, escreveram os parlamentares. O presidente da comissão, Ubiratan Sanderson (PL-RS), disse que se trata de “uma fala desprezível e ameaçadora à lisura da Polícia Federal e aos

Pedido de impeachment contra Lula é protocolado na Câmara

Nesta quarta-feira (29), a bancada do PL apresentou o pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT), divulgando à imprensa as razões que fundamentam o documento protocolado na Câmara dos Deputados.

O líder da oposição, Carlos Jordy (PL-RJ), e o vice-líder, Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), foram os primeiros a falar sobre o “superpedido” que foi assinado não apenas pelos deputados da sigla, mas também de outros partidos.

Jordy declarou que as falas do petista contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foram decisivas para a formulação do pedido.

– Lula tem feito ataques, tem desgovernado o país, criado um caos. Fizemos um pedido com as últimas falas, falas que demonstram total desrespeito à nossa democracia, ameaçando o ex-juiz Sergio Moro quando ele manifesta seu projeto de vingança.

O parlamentar se refere a dois momentos: a fala de Lula a um site de esquerda dizendo que voltou ao poder para f**** com o ex-juiz da Lava Jato. E também sobre ser “armação” a investigação da Polícia Federal que desarticulou um esquema preparado pela facção criminosa PCC contra Moro e sua família.

– Tudo isso configura crime de responsabilidade pela falta de liturgia e o desvio de finalidade – completou Jordy.

Orleans e Bragança explicou que esse pedido de impeachment foi possível, porque os parlamentares estão se conscientizando da falta de projeto e da desgovernança que marcaram os primeiros meses do governo Lula.

O parlamentar listou alguns crimes que foram citados no superpedido: quebra de decoro, desvio de função e ameaça. Orleans e Bragança também falou sobre outros problemas causados pelas decisões do presidente, como o desequilíbrio fiscal e a intervenção em direitos já adquiridos.

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) declarou que apoiou o projeto e que espera que a população brasileira demonstre nas ruas o mesmo apoio ao impeachment de Lula que eles demonstram nas redes sociais, pois o apoio popular é importante para que o projeto avance no Congresso Nacional.

– O país não pode continuar à deriva (…). Pedimos à população brasileira todo apoio demonstrado nas redes sociais. Povo na rua, impeachment de Lula!

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