María Corina Machado estava inscrita para participar das primárias que antecedem eleições de 2024

A Controladoria-Geral da Venezuela confirmou que a candidata opositora María Corina Machado, inscrita para participar das primárias de outubro que antecedem as eleições presidenciais de 2024, está inelegível para concorrer a cargos de eleição popular por um total de 15 anos. A informação foi dada pelo deputado José Brito, na sexta-feira (30), mesmo dia em que o TSE do Brasil votou para deixar Bolsonaro inelegível.

Em documento compartilhado pela assessoria de imprensa de Brito, a Controladoria indicou que Machado está inabilitada para exercer cargos eletivos após uma investigação ao seu patrimônio que atenta contra “a ética pública, a moralidade administrativa, o Estado de direito, a paz e a soberania” na Venezuela.

O órgão apontou que foram encontrados erros e omissões nas declarações juramentadas de patrimônio, avaliadas no âmbito da auditoria aos bens de Machado.

– Da mesma forma, foi determinada a existência de fundos administrados por justificar que representaram uma porcentagem de cerca de 50% dos recursos administrados no período avaliado, constituídos por depósitos e notas de crédito de origem desconhecida em bancos nacionais e operações de depósitos e notas de crédito de origem desconhecida em moeda estrangeira – acrescentou.

A Controladoria assinalou que Machado participou no “esquema de corrupção orquestrado” pelo ex-deputado opositor Juan Guaidó, que propiciou o “bloqueio criminoso” da Venezuela, assim como o “saque flagrante” das empresas e riquezas da nação no exterior, com a “cumplicidade de governos corruptos”.

– O bloqueio solicitado por María Corina Machado, em conluio com o usurpador Juan Guaidó, entre outros, gerou a apreensão de 4 bilhões de dólares [R$ 19,16 bilhões] mantidos no sistema bancário internacional – sustentou.

Além disso, a Controladoria disse que os antichavistas pediram a aplicação de sanções e “bloqueio econômico” contra a nação, que gerou “danos à saúde do povo venezuelano”.

A Controladoria-Geral da República não especificou a partir de quando começou a contar essa inabilitação política, já que em 2015 a instituição aplicou essa medida por um ano, com o argumento de que Machado não incluiu “conceitos” de natureza trabalhista em sua declaração juramentada de bens, o que a impediu de concorrer ao cargo de deputada no Parlamento, à época.

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