Marília realmente é um caso à parte quando o assunto é a administração da prefeitura municipal nas últimas décadas. O que deixa a transparecer é que realmente TUDO não passa de um grande teatro, onde as famosas “trocas de farpas” são peças de textos decorados para um ilustre expectador chamado eleitor mariliense, que infelizmente tem a memória curta e não se atenta para o traiçoeiro movimento das pedras deste tabuleiro político.

A exemplo do que ocorreu no dia 22 de novembro, quando a Câmara aprovou por nove votos favoráveis e quatro contrários, as contas da Prefeitura referentes aos anos de 2003 e 2004, na gestão do ex prefeito Abelardo Camarinha (Podemos), na noite de ontem, segunda feira (29 ), não foi diferente, contas aprovadas. E no fim, todos acabaram felizes para sempre…….

A única diferença é que na ocasião, dia 22, apenas 9 vereadores decidiram por derrubar o parecer do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), que era pela rejeição do exercício financeiro daqueles períodos. Acompanharam o parecer da principal corte em contas do estado, os vereadores Junior Moraes (PL), Junior Féfin (PSL), Rogerinho (PP) e o presidente da Casa de Leis, Marcos Rezende (PSD).

Na noite de ontem, segunda feira (29), as contas dos exercícios do ano 2016 ( Vinicius Camarinha ) e 2017 ( Daniel Alonso ) que continham também pareceres desfavoráveis do Tribunal de Contas do Estado (TCE) foram aprovadas por doze dos treze vereadores. Com louvor, apenas o vereador Júnior Féfin (PSL) votou contra a aprovação das mesmas e ainda justificou na tribuna afirmando que tudo isto servia apenas para comprovar a incompetência dos responsáveis pelo departamento financeiro do executivo. A citação dele se justifica porque as contas de 2018 e 2019 também receberam pareceres contrários do TCE-SP e serão também votadas em plenário. Já querem saber o resultado ???

A exemplo do grande Maestro Abelardo Camarinha, os dois não compareceram ao plenário para realizar as suas defesas, conforme lhes é permitido, afinal parecia tudo muito bem articulado. Houve até vereador conclamando na tribuna uma defesa um tanto questionável, declarando que a não aprovação poderia comprometer o futuro da vida política dos mesmos. Oxente, você eleitor conseguiu entender essa ???

É bom esclarecer que o processo de votação dos pareceres do TCE são essencialmente políticos e quem tem a máquina na mão ou o poderio e o capital politico de decisões acaba por definir o placar. Votação histórica com um placar de 12 votos a 1. Afinal quem são os técnicos do TCE-SP para questionar a impecável, eximia e perfeita gestão da prefeitura de Marília ???

Enfim, a vida política de cada um não foi maculada e viveram felizes para sempre para desfrutar de mais alguns mandatos em cargos eletivos. Não estamos aqui acusando ninguém ou tampouco insinuando, mas, é muito estranho o que ocorre nos bastidores da prédio interligado entre a rua Bahia e a rua Bandeirantes. Em outros municípios tal episódio despertaria no mínimo um debate fervoroso na tribuna e não um silêncio misterioso.

Paira no ar de muitos intelectuais e veteranos da política local já uma desconfiança reinante e que aumenta a cada dia nos diálogos de grupos nas redes sociais; ” ESTARIAM JUNTOS E MISTURADOS EM PRÓL DA MANUTENÇÃO DE UM PSEUDO-SISTEMA ???”.

Nos faz lembrar dos grandes embates nacionais envolvendo os personagens Fernando H. Cardoso (PSDB) e Luis Inácio Lula da Silva (PT), que na realidade não passava de uma teatro, pois acima da troca de farpas, estava o projeto político de ambos para o país que mescla o socialismo com o comunismo. EM OUTRAS PALAVRAS, UM ACABA FAZENDO CAMPANHA PARA O OUTRO E FAVORECENDO O PROJETO IDEOLÓGICO DE AMBOS. Pelo visto, o modelo fez escola país à fora.

Enquanto isso, o pobre eleitor mariliense segue cercado de pedágios, sem a AME+, perdendo as UBS’s, sem médicos nos postos de saúde, com um péssimo serviço de transporte coletivo, sem opções de laser e sem a chegada de grandes indústrias para aumentar as ofertas de trabalho ou tampouco projetos inteligentes de exploração do turismo e de inovação em mobilidade urbana. Uma cidade realmente planejada para se transformar em província, onde os únicos investimentos focam em condomínios fechados em sua maioria com irregularidades com relação ao que reza o plano diretor e algumas iniciativas comerciais. Resta saber a quem realmente interessa esse jogo que penaliza ano a ano a terra de Bento de Abreu ou do Pereirinha como queiram. SERÁ QUE ELES BRIGAVAM MESMO OU ERA SÓ TEATRO ????

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