A mobilização foi estratégica e acontece justamente à 4 dias de um processo eleitoral onde mais uma vez a instituição é um instrumento importante de persuasão de voto. A estratégia é a mesma, anuncio de recursos e mais recursos, envio de equipamentos e ampliações, mas, estadualização que seria de crucial importância, NADA. Tudo é uma fachada..

A manhã desta quinta feira (29), apenas escancarou publicamente uma verdade que estava “acobertada” sacrificando alunos, funcionários e principalmente os pacientes que sofrem as consequências nas macas espalhadas pelos corredores do Hospital.

A decisão pela mobilização e paralisação das atividades no dia de hoje, aconteceu em assembleia realizada pelo DACA ( Que representa os universitários da Famema ) na noite de ontem (28). Os alunos não compareceram às aulas e nem aos plantões nos hospitais, prejudicando ainda mais o atendimento aos pacientes, mas, não restava outra alternativa, ou seja; Aguentaram até onde era possível.

Segundo o DACA ( Diretório Acadêmico ), cerca de 200 alunos participavam da mobilização na manhã de hoje, mas o objetivo era continuar com as manifestações até que todas as reivindicações sejam atendidas. Os trabalhadores não foram convocados para participar, mas foram orientados sobre os motivos do protesto

A lista de reinvindicação é extensa e cita a Garantia de acesso aos estágios do internato com preceptores em todos os espaços e carga horária adequada; Programas de residência com aulas, carga horária e prática adequadas, além de preceptores nos espaços de formação especializada; Laboratórios próximos ao prédio da Monte Carmelo ou da Unidade de Educação; Inclusão de restaurante universitário e praça esportiva no campus; Fim do teto de gastos; Fim do assédio moral aos estudantes e residentes; Construção de quadro de funcionários; Concursos públicos para docentes com possibilidade de carreira acadêmica; Retorno das bolsas de monitoria; Garantia da carga horária de cada matéria e grade curricular mínima;

Os alunos ocuparam a entrada da instituição, na avenida Monte Carmelo, em um protesto onde os próprios classificaram como “sucateamento do ensino” com reflexo no atendimento a pacientes. Isto é gravíssimo…

Se o ensino está debilitado e nestas condições, o HC em si, passa também por questionamentos polêmicos. A redação do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA recebe inúmeras denuncias não só de pacientes, mas de funcionários que ficam impedidos de se identificar com receio de sérias retaliações.

Entre elas, desde a escala de plantões que fica escondida, até médicos que segundo a denuncia constam na escala, mas não aparecem, colocando residentes ou acadêmicos para atender. Reclamações pelo excesso de cargos comissionados ( inclusive a esposa de um vereador ) e a falta de funcionários nas diversas alas. O questionamento até do local onde é feito a higienização das roupas, há cerca de 400 quilômetros de Marília.

Chove rios de dinheiro, mas, segundo as denuncias é normal encontrar camas quebradas ( vide foto abaixo ) e cadeiras de rodas precárias. A última fica por conta da criação de um tal 5S, para exigir qualidade, onde não existe nenhuma. Muitos comissionados, até de outras cidades comandando e poucos fazendo. Triste realidade.

Podem até dizer que uma coisa não tem nada a ver com a outra, mas se analisarmos por exemplo a situação de Bauru e outras cidades, constataremos que os problemas são os mesmos e só foram solucionados à partir do processo de estadualização. Curiosamente, nenhum candidato de Marília ousa proferir este discurso, deixando tudo como esta nas mãos de uma fundação.

Em nota a diretoria da Faculdade de Medicina de Marília (Famema) agendou reunião para discutir reivindicações dos estudantes para dia 6, após o processo eleitoral, conotando mais uma vez a prática de empurrar os problemas com a barriga, priorizando os velhas práticas politiqueiras.

Apenas para finalizar, em Bauru a estadualização foi conquistada pelo ex deputado e desafeto de alguns políticos de Marília, Drº Pedro Tobias. Em nossa cidade, a instituição é constantemente palco de politicalhas por parte de um grupo político que apenas colhe os “Louros” do que é semeado. Outros deputados de outras cidades já tentaram abraçar a causa para solucionar a situação, mas o processo estranhamente sempre é travado. ISTO É LASTIMÁVEL. ESTADUALIZAÇÃO JÁ PARA RESOLVER TODOS OS PROBLEMAS.

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