Marília volta novamente a ser destaque negativo nas manchetes dos principais jornais do Brasil de forma negativa. Em pleno DIA MUNDIA SEM TABACO, uma operação que despertou a capital nacional do alimento logo nas primeiras horas desta manhã de terça feira (31).

O tabagismo é uma doença causada pela dependência química da nicotina e oferecer tratamento aos que desejam parar de fumar é uma importante estratégia de controle do tabagismo. O dia mundial sem tabaco foi criado em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis, justamente relacionadas ao tabagismo. Pior que alimentar o vício, é a grande cortina de fumaça que ocorre por trás dos impostos sonegados de empresas que há anos fraldam o sistema tributário.

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA-SP), órgão composto pela Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz-SP), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), deflagrou nesta terça-feira (31) a operação Nuvem de Fumaça e MARÍLIA VIU A COBRA FUMAR…

A ação visou subsidiar investigações conjuntas de combate à
sonegação e à fraude fiscal estruturada no ramo de tabaco, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com o cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Criminal de Araraquara nas cidades de São Paulo, Marília, Araraquara, Bady Bassit e Taubaté, e de bloqueio de bens imóveis, veículos de luxo, embarcações, aeronaves, marcas e direitos creditórios do grupo econômico reconhecido em decisão proferida pela Justiça Cível de Araraquara.

Na capital nacional do alimento, um dos locais que “recebeu a visita para o café da manhã” foi um escritório no Edifício Torre de Halley, na rua Maranhão, confluência com a rua Carlos Gomes, no centro da cidade. A operação contou com apoio da Procuradoria Estadual e do Ministério Público Estadual e chamou a atenção de todos os que passavam pelo local.

Além da visita no referido prédio comercial foram cumpridos mais três mandados em três residências. Os investigados seriam Luiz Antônio Duarte Ferreira ( Conhecido como Cai Cai, ex presidente do MAC ) e seus filhos José Felipe Duarte Ferreira e Luiz Antônio Duarte Ferreira Filho.

O alvo principal da operação foi uma distribuidora de cigarros responsável atualmente por uma dívida superior a R$ 213 milhões com o Estado de São Paulo, fruto de contumaz e sistemática inadimplência tributária e de uma sofisticada blindagem patrimonial por meio de estruturas societárias nacionais eoffshores. O grupo econômico ora reconhecido é sucessor de uma das maiores devedoras da União, cujo montante em tributos federais supera R$ 3 bilhões

De acordo com as investigações, a sonegação fiscal e a preordenada
inadimplência tributária envolvia, além da blindagem patrimonial, operações simuladas de produção e circulação de cigarros e importação irregular do produto efetivamente comercializado.

Os mandados foram cumpridos por 40 auditores fiscais da Receita
Estadual, 14 promotores de Justiça e nove procuradores do Estado, além de nove servidores das três instituições e de equipes dos batalhões da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

O ex-dirigente do Tigrão, seria suspeito de permanecer como dono do negócio sem aparecer nos registros oficiais, com a empresa em nome de terceiros. Por volta das 11 Hs da manhã, os coordenadores da operação, DrºMarcio Araujo ( diretor fiscal da Sefaz ) e Drº Davi Cordioli ( procurador do Estado Paulo ) concederam uma entrevista coletiva ao JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA e demais veículos de comunicação presentes detalhando as informações acima mencionadas, sendo que, algumas perguntas mais específicas não foram respondidas pelo fato da ação correr em segredo da justiça.

“As buscas apreenderam materiais físicos e digitais para robustecer as informações já apuradas na investigação e que comprovam a fraude de mais de R$ 200 milhões em recursos do ICMS. O objetivo é buscar o real beneficiário desse esquema”, disse o diretor fiscal da Sefaz, Marcio Araujo.

“Essas pessoas teriam montando outra empresa em nomes de laranjas e mantido a mesma pratica delituosa. É um esquema complexo que envolve blindagem de patrimônio e circulação fictícia de mercadoria. Todo o grupo foi criado para não pagar impostos”, afirmou Araújo.

A operação fez bloqueio de quase cem imóveis, veículos de luxo, embarcações, aeronaves, marcas e direitos creditórios do grupo econômico reconhecido em decisão proferida pela Justiça.

“Essa pratica é adotada para que o Estado consiga recuperar o dinheiro perdido com a fraude no pagamento de impostos”, afirmou o procurador do Estado Paulo David Cordioli

Apenas a título de curiosidade o ex presidente maqueano Luizinho Cai Cai é tio do ministro de Desenvolvimento Regional, Daniel de Oliveira Duarte Ferreira. Em tempo; o citado ministro não é alvo da operação, nem sócio da empresa, no entanto, o pai do ministro consta como um dos fundadores da investigada, mas que teria deixado a companhia no ano 2005. Dentro de nosso espaço democrático, o espaço está aberto para que as partes envolvidas possam se manifestar.

DIRETO DO PLANTÃO DE POLICIA

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