A semana que se encerra com mais nomeações divulgadas para auxiliar na administração do estado de São Paulo nos próximos 4 anos. A equipe do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), oficializou novos nomes para compor o seu primeiro escalão à partir de 2023 no Palácio dos Bandeirantes.

Para a Secretaria de Turismo, Tarcísio escolheu o pastor e também deputado federal Roberto de Lucena (Republicanos), que já havia comandado a mesma pasta durante um período do governo Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente eleito e hoje adversário do bolsonarismo.

Outro anuncio muito aguardado foi para o comando da Secretaria da Segurança Pública, que ficará com o deputado federal bolsonarista Capitão Derrite (PL), ex-oficial da Polícia Militar que já comandou um pelotão da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), tropa de elite da PM.

Como já era aguardado, apesar de algumas resistências, foi oficializada a ida do ex-ministro Gilberto Kassab (PSD) para o comando da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política, em outras palavras, ele será o homem forte do governo.

Outros dois nomes do segundo escalão do governo também foram anunciados. O médico infectologista Esper Kallas para a presidência do Instituto Butantan e a procuradora Inês Coimbra para o cargo de procuradora-geral do Estado – ela havia sido nomeada para o mesmo posto pelo atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB) em abril deste ano. Kallas, cientista reconhecido da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) fazia parte da equipe de transição do governo.

Os anúncios foram feitos pelo coordenador da transição em São Paulo, Guilherme Afif. Ele afirmou que Tarcísio havia tido uma reunião no Palácio dos Bandeirantes antes da coletiva e que estava preso no trânsito.

Derrite foi capitão da PM e criará uma situação inédita na história da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Os tenentes-coronéis da corporação, oficiais de maior patente, e o futuro comandante-geral, terão agora de prestar continência para um colega de fardas de patente mais baixa e que já deixou a corporação. Ao falar rapidamente com jornalistas, ele minimizou o eventual constrangimento. “Sou deputado eleito e reeleito. Com a instituição, os coronéis, já tenho uma boa relação até pelo exercício do mandato”, disse.

A chegada de Derrite também deve criar atritos com a Polícia Civil paulista, corporação que ao longo dos 27 anos da gestão do PSDB no Estado recebeu menos investimentos. A tradição tucana no Estado foi indicar membros do Ministério Público para a função.

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